A saga do dente

Há muito tempo não sentia dor de dente.  Mas estou com uma que já não sei mais o que fazer. Porque dentista eu já procurei. E a dor continua. Agora, se um dentista não consegue resolver isso, quem vai?

Tudo começou no dia 10/08, quando passei por uma cirurgia do penúltimo dente, do lado esquerdo. Cirurgia para extração da raiz e colocação do pino para implante.

Dia 19/08 tirei os pontos. E alguns dias depois comecei a sentir dor de dente.

Não sabia dizer ao certo qual dente doía, porque doía todo o lado esquerdo. Doía a ponto de latejar. Doía até o ouvido.

Entrei em contato na clínica para marcar uma consulta e assim verem o que estava acontecendo. Consegui para o dia 31/08.

Quem me atendeu foi a doutora Luciane. Ela me anestesiou e ia abrir o último dente. Ela viu na radiografia que eu tinha uma obturação (que era bem antiga) bem grande. E poderia estar ali o problema. Nisso veio até a sala, a doutora Teresa. É ela que vai colocar o meu implante. Ela falou que tinha visto as minhas radiografias. Disse que o último dente estava muito alto e devia estar pegando no dente de cima, por isso a dor. Ela disse inclusive que poderia ter trincado a raiz. Então, a princípio, ela orientou a doutora Luciane a desbastar um pouco o dente. Isso deveria resolver o problema. E acabar com a dor. E assim foi feito.

Esse procedimento custou R$ 170,00. A doutora Luciane receitou antiiflamatório para eu tomar durante três dias. Ela falou que, se a dor continuasse após esses três dias, era para eu marcar com a doutora Cristiane, para fazer o tratamento de canal. Passados cinco dias eu continuava com dor. Isso porque tomei dois dias o que a doutora Luciane receitou e ele não fez nem cosquinha. Mudei por conta (na verdade indicação de uma amiga) para o Nisulid. Esse sim aliviava a dor. Mas foi parar e era dia e noite com dor latejante.

Eu já estava irritada por causa da dor e preocupada com os gastos que estava tendo. Vendo todo esse meu drama o Zé fez convênio para mim, meio às pressas, na Uniodonto.

E já usei o convênio no mesmo dia. Fui na noite do dia 06/09 Pronto Socorro da Uniodonto. Relatei o que vinha sentindo. A dentista tirou uma radiografia. Abriu meu dente e começou o canal. Ela fez alguns procedimentos e falou para eu procurar minha dentista para finalizar o canal. A única coisa que perguntei para ela: vou continuar com dor? Ela me garantiu que não.

Fui para casa aliviada. Mas foi só passar o efeito da anestesia e lá estava eu com dor novamente. 

Entrei em contato na clínica para marcar para continuar o tratamento de canal. 

Consegui para o dia 09/09. Chegando ao consultório relatei toda a saga para a doutora Cristiane. Ela abriu e o dente e fez o procedimento. Depois, por uns 15 dias (mais ou menos) fiquei sentindo dor. 

Retornei no último dia 07 (semana passada) para finalizar o canal. Comentei que senti dor. E perguntei se era normal. A doutora Cristiane não soube responder. Enfim... Se ela não sabe. Quem deverá saber?

Duas consultas e o canal foi finalizado. Paguei à ela R$ 430,00 do exame microscópico. 

Na próxima semana, dia 20, tenho uma consulta com a doutora Regina, dentista do Zé. Marquei com ela para fazer a restauração (acabamento) deste mesmo dente. Minha esperança é que ela resolva de uma vez por todas. Que coloque um fim à minha dor. Isso se eu não me irritar tanto até lá e já chegar falando que é para extrair este dente. Porque não aguento mais! 

Pós-escrito de 29/10/2020: E não é que a doutora Regina é porreta mesmo! Zé que fala isso. E tenho que concordar, porque ela conseguiu acabar com a minha dor de dente. O que ela fez? Após eu relatar tudo que vinha acontecendo, e mostrar a radiografia, ela abriu meu dente, tirando a restauração provisória que a doutora Cristiane tinha colocado. Ela raspou, olhou (com lupa) e conversou comigo. Falou que não encontrou trinca ou alguma outra coisa que pudesse estar causando a dor. Para saber com certeza, o ideal seria fazer uma tomografia do dente. Mas ela não aconselhava por dois motivos. Primeiro, era caro. Segundo, o dente em questão poderia ser extraído que não faria falta, pois ele não tinha parceiro em cima. Ela até me perguntou porque as outras doutoras não me falaram dessa possibilidade. Ou seja, eu não precisava ter gasto com tratamento de canal. Então ela falou que eu tinha duas opções: Ela faria uma restauração (mais ou menos) e eu marcaria com um dentista para extrair o dente. Ou, ela faria a restauração normal e caso continuasse a sentir dor, marcaria com um dentista para extrair o dente. Decidi pela segunda opção. Quando ela terminou eu até perguntei se era melhor tomar um analgésico por uns dias. Ela falou que não. E completou dizendo que achava que eu não ia mais sentir dor. E não é que ela acertou! Graças a Deus! E a doutora Regina, meus dias de dor acabaram.