sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quero sair!


Uma Sexta-feira normal, como todas as outras. Não, essa não era normal, era o último dia de uma das colegas do departamento (a partir da Segunda-feira ficaríamos somente em duas onde eram quatro). Tinha também que fazer as DIRFs de todos os clientes que eram de responsabilidade minha, mais ou menos 20, sem problema algum, desde que eu soubesse fazer, mas não, eu nunca tinha feito! O último dia para entrega na Receita Federal, dia 28 Segunda-feira, mania de brasileiro, deixa tudo para o último dia.rss
Mas, apesar de tudo isso eu estava tranquila. Estava pronta e como sempre sentei-me no sofá até o relógio marcar 6hs20mins. Pronto, lá vou eu, giro a chave e.... a porta não abre. Tento desesperadamente e nada, aí me lembro que meu filho tem a chave dele, podia ser que a minha estivesse com problema. Corro pego, giro e ....a porta não abre. Vou lá no quarto e chamo meu filho para perguntar se a porta já tinha feito isso com ele alguma vez, ao sinal negativo dele e é claro ele percebendo que a manhã ia ser longa já levantou e veio atrás de mim. Passei pela cozinha peguei uma faca, não lembrava que tinha chave de fenda, ia ter que lembrar onde estava também ia acabar perdendo mais tempo então vai de faca mesmo. Começo a desmontar a fechadura, depois de soltar todos os parafusos, tirar o puxador, vejo que de nada adiantou. Pôxa vida, sou mulher, não entendo muito dessas coisas. Eu já contei que numa dessas já tinha ligado na portaria para ver se o Sr.Antonio (porteiro) podia vir me soltar. Como ele tinha que esperar a troca de turno não podia vir e ficava ligando no interfone para ver se eu tinha conseguido sair, bonzinho ele, né? Mas se eu tivesse conseguido sair estaria passando pela portaria. Minutos que pareciam uma eternidade. Só pensava: hoje não posso faltar, muito menos chegar atrasada no trabalho, preciso sair! No chão já tinha de tudo, porque pensei até em arrancar a porta pelo outro lado, só me faltou um prego daqueles bem grande (para eu bater no parafuso que segura a porta) e um martelo.
Pensei em pular a janela e já o teria feito se não fosse o fato de morar no 4º andar, pensei em escalar a janela da sala e sair na sala do vizinho, foi aí que me veio a idéia. Toca eu na portaria. _Sr.Antonio, o vizinho acorda cedo? ao que ele responde: _ Acorda sim! eu então: _ Me transfere para ele, por favor? E assim eu desesperada, mas sem perder a classe falo ao vizinho: _ Bom dia! sou a sua vizinha do lado, sabe o que é? Estou presa aqui dentro. O senhor pode sair aqui fora, eu passo a chave por baixo da porta e veja se consegue abrir a mesma por fora?
Acabei de colocar o interfone no gancho o vizinho chama, passo a chave por debaixo da porta e o drama continua, porque ele também não consegue abrir. Lá vou eu de novo no interfone: _Sr.Antonio, tem algum chaveiro aqui no condomínio? Bom, resumindo o único chaveiro que ele conhece e me passa o número do telefone é do condomínio da quadra acima. Sei que não são nem 6 e meia da manhã, sei que não são horas de ligar para um chaveiro mas eu precisava muuuuuuuito sair, liguei. O pobre coitado, depois de ser tirado da cama, eu já devia estar falando com voz de choro porque ele pediu para eu esperar só ele lavar o rosto e se trocar que já descia e de repente.....
Eis que a porta se abre(o vizinho conseguiu), pedi desculpas ao chaveiro (não deu tempo nem de perguntar o nome dele), apertei a mão do vizinho agradecendo, deixei ele falando com meu filho e saí correndo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

o destino e as atitudes


O destino decide quem vamos encontrar na vida.
As atitudes decidem quem fica!


(Robert Frost)

O Cisne Negro


Título original:  Black Swan
Data de lançamento:4 de fevereiro de 2011 (1h 43min)
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel mais
Gêneros: Drama, Suspense
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas pessoais, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis). Em meio a tudo isso, busca a perfeição nos ensaios para o maior desafio de sua carreira: interpretar a Rainha Cisne em uma adaptação de "O Lago dos Cisnes".

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-125828/

***
Vi esse filme com minha madrinha. Como de praxe passei antes na casa dela e saboreei uma deliciosa janta. Comi até "inhame" - acho que é esse o nome -comi por curiosidade, para lembrar que gosto tinha, porque já fazia mais de 20 anos que não comia. Na primeira mordida lembrei do gosto e do porque não fazia muita questão de comer sempre.rsrs
Como sempre, não vou no cinema ver algum filme que eu esteja querendo assistir. Geralmente me chamam e como sou uma aproveitadora de oportunidades (diferente de oportunista) não rejeito um convite. Minha madrinha que escolheu O Cisne Negro, fiquei até um pouco apreensiva, mas depois vi que valeu a pena.

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Pós-escrito de 06/01/2018:
Esta postagem estava como rascunho. Pelo que vi comecei a escrever na época e nunca mais voltei para terminar. Esse é um filme que provavelmente não voltarei a assistir. Até porque se quisesse, ele está no Netflix. Mas lembro que achei algumas cenas muito fortes. Algumas deprimentes. Algumas tristes. Não que o filme não seja bom. Longe disso. Elenco bom. A história também. Mas tem coisas que uma vez só basta. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Besouro Verde

Britt Reid (Seth Rogen) é o filho do magnata da mídia mais importante e respeitado de Los Angeles, vivendo uma vida perfeitamente feliz e irresponsável de farras - até que seu pai (Tom Wilkinson) morre misteriosamente, deixando seu vasto império de mídia para Britt. estabelecendo uma improvável amizade com um dos funcionários mais dedicados e geniais de seu pai, Kato (jay Chou), eles veem a chance de fazer algo significativo pela primeira vez em suas vidas: combater o crime. Mas para fazer isso, decidem se tornar foras da lei - eles zelam pela lei infringindo-a, e Britt se transforma no vigilante Besouro Verde, patrulheiro das ruas, ao lado de Kato. Empregando toda a sua engenhosidade e suas muitas habilidades, Kato constrói um armamento que é um exemplo de modernidade retrô, o Beleza Negra, um carro indestrutível cuja potência de fogo equivalente à sua potência em cavalos. Circulando pela cidade numa fortaleza móvel sobre rodas prendendo criminosos com as engenhocas criativas de Kato, o Besouro Verde e Kato rapidamente se tornam populares e, com a ajuda da nova secretária de Britt, Lenore Case (Cameron Diaz), eles vão atrás do homem que controla o sórdido submundo de lA: Benjamin Chudnofsky (Christoph Waltz). Mas Chudnofsky tem seus próprios planos: esmagar o Besouro Verde de uma vez por todas.

Tarde do Domingo, 20/02, acordei cedo (milagre) reflexo do horário de verão que acabara na madrugada e também porque sabia que tinha que preparar almoço, pois estava com visita. O Bruno, amigo do meu filho Bruno veio passar o final de semana com a gente,  dois Bruno em um pequeno apartamento, eu chamava e os dois respondiam, nem adiantava chamar pelo apelido pois também eram iguais, mas conseguimos nos comunicar, daquele jeito!
Estava com a mesa posta, esperando eles para almoçar quando minha menina Tatiane chegou com a irmã Gabriela. Ficamos conversando, enquanto isso almocei e até as acompanhei comendo o bolo que eu havia preparado para o café da tarde.
Papo vai, papo vem e elas me convidam para ir ao Shopping, mais precisamente no cinema, elas iam levar um parente que veio de outro Estado para conhecer o cinema. Perguntei que filme iríamos assistir. A resposta: _ O Besouro Verde em 3D. Convite tentador, adoro filme em 3D! Não pensei duas vezes, fui logo me arrumando e meia hora depois estávamos no Shopping.

Um pouco sobre o filme: Besouro Verde não é como Super Homem que veio de outro planeta e possui super poderes, ou como o Homem Aranha que após ser picado por uma aranha começa a ter poderes. Besouro Verde é um homem comum, por sinal, bastante atrapalhado, o que torna o filme uma comédia em determinados momentos. Por não possuir nenhum super poder, ele conta sempre com a ajuda do companheiro Kato, com o super-hiper-mega carro que os tira de algumas enrrascadas e até mesmo com uma arma de gás que a princípio gera um pouco de confusão nas mãos do nosso atrapalhado herói.
Besouro Verde está mais para estilo Batman e Robin, até mesmo porque eles tentam definir um nome para a dupla, então quem sabe teremos continuação e quem sabe com O Besouro Verde e Marsupial Azul, me parece que foi esse o nome que o Besouro Verde deu à Kato no final.
Um filme que recomendo, pois tem um misto de ação com algumas doses de comédia.

Mas não posso deixar de contar o capítulo final do nosso passeio. Saindo do cinema nos dirigimos ao mercado WalMart onde compramos algumas coisitas. Ficamos eu e o Junior esperando perto da porta, com algumas sacolas. Tati e Gabi estavam na fila para validar o cartão do estacionamento. De repente elas olham para mim e gritam: _ Margô, corre!! E saíram correndo. E eu sem perguntar nada, coloquei-me a correr também. Que cena, os quatro correndo por entre os carros, no meio do estacionamento coberto. Entra no carro, fecha as portas e então perguntei: _ Por que corremos? E a Tati responde: _ Temos 3 minutos para sair do Shopping antes que expire o tempo de permanência que era de 3 horas. Eu só olhei para ela e comecei a fazer a contagem regressiva 60, 59, 58....
Tudo louco! rss

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lisa Stansfield - If I Hadn't Got You

De tempos em tempos me apaixono por uma canção. Não pela letra, que fique bem claro, até porque muitas não tem nada a ver comigo, ou com a minha situação no momento ou mesmo com o que penso, etc. 
Sei lá, escuto e dá aquele “tchan” é paixão, não tem outra explicação. Como ouço na antena 1 e, por ser uma estação que não é nada fácil saber quem está cantando, fico feito louca apavorando o Bruno, para descobrir “o nome da música” ou o “cantor(a)” e, quase sempre ele consegue.
Depois disso tudo, baixar a música e colocá-la no meu celular para ouvir 500 vezes por dia, normal.rss
Faço isso até me apaixonar de novo... por outra, e outra...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Terceira Moça


Um sorriso de satisfação e exclamei: _Fantástico!! É lógico que a moça que estava sentada me olhou, mas nem ligo. Como também nem me importei por acabar a leitura deste livro de pé, no ônibus. Estava muito ansiosa para devorá-lo, faltava pouco, não aguentei chegar em casa.rss
Tenho voltado às leituras e estou dando preferência aos meus dois escritores preferidos, Agatha Christie e Sidney Sheldon. Tenho os meus livros favoritos de cada um guardadinhos na minha estante, este particularmente peguei emprestado (pra variar.rss) como não conhecia o título, chamou minha atenção. E sem mais lenga lenga, vamos à trama:

Título do original inglês : THIRD GIRL
Agatha Christie Ltd., 1966
Editora Nova Fronteira S/A
"Precisa-se de uma terceira moça". Não basta uma? Não bastam duas? Qual o sentido desse apelo aparentemente inusitado e voraz? não, não se trata de um homem às voltas com verdadeira _ ou suposta_desilusão amorosa. É algo muito mais simples: a "terceira moça", pelo menos nesse caso, é aquela que duas outras procuram, em Londres, para dividir_e diminuir, assim_o preço do aluguel de um apartamento. Hercule Poirot tem de se inteirar dessa banalidade para poder enfrentar o mistério de Norma Restarick. Um dia, ela entrou-lhe pela casa inopinadamente, confessando ter "cometido um homicídio". Uma moça dessas muito modernas, de longos cabelos em desalinho, a roupa desajeitada, longe, por certo, de qualquer mania relacionada com o capricho ou asseio pessoal. Uma assassina? Poirot, de início, fica repleto de dúvidas. Não é fácil conhecer a juventude_se o é, por acaso, conhecer alguém, ou algo, efetivamente. Os dados vão sendo reunidos e examinados. Há pistas falsas, como sempre, e em toda parte. O leitor segue os passos do detetive, faz suas próprias investigações e conclui, como de outras vezes, que o mistério policial, afinal de contas, não é tão difícil quanto os outros. (texto transcrito da contra-capa do livro)

Tudo começou quando Norma Restarick, procura Poirot para ajudá-la pois a mesma achava que provavelmente teria cometido um crime. Mas, vendo o detetive ela vai embora, disse não imaginar que ele fosse tão velho, sendo assim, presumiu que não poderia ajudá-la.
Isso apesar de deixá-lo frustrado, motivou-o a tentar saber o que realmente havia ocorrido. Poirot conta com a ajuda da amiga e escritora de histórias policiais Sra. Ariadne Oliver, que motivada pela profissão se torna uma peça importante na investigação, inclusive seguindo suspeitos. Norma é filha de Andrew Restarick um homem de negócios que depois de ter abandonado a esposa e a filha para ir embora com outra mulher para a África do Sul, retorna depois de anos, para tomar conta dos negócios do irmão que falecera. Ele volta acompanhado de uma nova mulher Mary Restarick. 
Norma enciumada pois achava que desta vez teria o pai só para ela, diz a todo momento e à todos que odeia a madrasta, sendo assim uma grande suspeita quando Mary é internada com problemas gástricos, consequencia de envenenamento.
Outros personagens vão surgindo no decorrer da trama, o tio já idoso que quase não enxerga, a memória já não é das melhores, mas que guarda segredos de pessoas influentes da sociedade e Sonia, sua fiel secretária, uma moça jovem, bonita e dedicada. David Baker, namorado de Norma, um rapaz descrito como um "conquistador de jovens" daqueles que não são bem vistos principalmente pelos pais destas jovens. Poirot também conta com a ajuda de detetives e um médico, peça muito importante no momento de desvendar o crime, ou os crimes.
E as peças principais da trama, as outras duas moças, companheiras de apartamento de Norma, as Srtas.Claudia Reece-Holland e Frances Cary. Claudia trabalha como secretária do pai de Norma, Frances em uma galeria de artes, sempre viajando promovendo exposições.
Durante a leitura, várias perguntas vem à nossa mente: Quem Norma teria assassinado? No decorrer da trama chegamos à vítima (alguma coisa tenho que contar, né?) uma senhora cinquentona que, a princípio suspeitava-se que ela tinha se suicidado  jogando-se do 7º andar do prédio onde moram as três moças. Quem era essa mulher? Por que se suicidaria? Ou por que a matariam? E por que, ou quem agrediu a Sra.Oliver (confesso que assustei quando ela foi atingida, achei que tinha sido morta). Quem era o médico que "raptou" Norma mas com o intuito de protegê-la? Quem o contratou, uma vez que ligava dando informações de como ela estava? Que ligação teria o tio de Andrew com esse crime? E Sonia, que segredos escondia essa bela jovem? 
Uma das características de Agatha Christie é descrever cuidadosamente alguns detalhes e os mesmos são por vários momentos relembrados, acredito que esse artifício é utilizado pela escritora com a intenção de provocar no leitor o instinto investigativo, de prestar atenção nas pistas, que nesta trama ocorre: quando Poirot observa e comenta sobre o quadro do Sr.Andrew Restarick, a estranheza dele quando fica sabendo que a Sra.Mary Restarick usa peruca (se bem que era um acessório normal naquela época), quando um bilhete cai de um móvel da falecida Sra.Louise e cai nos pés da Sra.Oliver, um toque aqui, outro ali e Poirot foi juntando tudo, eu acho que não consegui visualizar bem as pistas, pois não cheguei nem perto de acertar o final, já fui melhor nisso.rss
Sei que já tinha lido bem mais de 100 páginas e não conseguia ver sentido em nada, pior ainda estava ficando tudo muito confuso. como sou muito detalhista, fazia a leitura, como sempre tentando chegar à alguma conclusão.
Na verdade queria descobrir antes de Poirot, e olha que me toquei antes dele quando o nome Louise foi mencionado, ele demorou a fazer ligação com as outras peças do quebra-cabeça, pelo menos alguma coisa eu percebi, nem tudo está perdido. Que nada, percebi algumas outras, mas nada que me fizessem chegar perto do que foi o final.
Não podia esperar outra coisa, afinal escrita por Agatha Christie a nossa "rainha  do crime" e deixando a investigação por conta de  sua maior criação Monsieur Hercule Poirot a trama não poderia deixar de ter aquela dose de suspense, e com eles de repente, tudo vira de ponta cabeça, o mocinho vira bandido, a assassina se torna vítima e eu, não passo de uma observadora perplexa (para não dizer com cara de boba) por não ter percebido alguns pormenores, que fizeram a história ter como diria Poirot "une finale magnifique".

Agora vou lá na minha estante escolher qual vai ser o próximo, acho que vou pegar um que li há muito tempo para relembrar, e ver se terei a mesma reação da época"1980", e é claro, volto aqui para contar um pouquinho.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Gestão - aula 2

Um padre está dirigindo por uma estrada quando vê uma freira em pé no acostamento.
Ele pára e oferece uma carona que a freira aceita.
Ela entra no carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas.
O padre se descontrola e quase bate com o carro.
Depois de conseguir controlar o carro e evitar acidente, ele não resiste e coloca a mão na perna da freira.
A freira olha para ele e diz: _ Padre, lembre-se do Salmo 129!
O padre, sem graça, se desculpa: _ Desculpe irmã, a carne é fraca...
E tira a mão da perna da freira.
A freira olha para ele e diz: _ Padre, lembre-se do salmo 129!
Chegando ao seu destino, a freira agradece e, com um sorriso enigmático, desce do carro e entra no convento.
Assim que chega à igreja, o padre corre para as Escrituras para ler o Salmo 129, que diz:
" Vá em frente, persista, mais acima encontrarás a glória do paraíso."

Conclusão: Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, você pode perder excelentes oportunidades.

***
Gestão - aula 1

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A primavera

Para mim não importava. Eu havia aprendido que o amor não carece de presença para existir. Eu passei a minha vida inteira distante do homem amado, e agora, tê-lo assim, tão perto, tão ao alcance dos olhos, já era demais para mim.
Conversávamos horas e horas. Quase nunca tocávamos nos motivos dos nossos sofrimentos. Era uma forma de preservar-lhes a sacralidade. Certa feita, enquanto estendia as mãos para lhe entregar um copo de leite, ele olhou-me com ternura e disse que já poderia morrer feliz. E assim foi.
Quando a primavera cedeu lugar aos calores do verão, Alberto se despediu de mim de forma definitiva. A tarde era bonita e ensolarada. As cigarras gritavam na alegria descompassada de sua ressurreição gloriosa. Ele estava sentado no sofá. Pediu que eu chegasse mais perto e segurasse pela última vez a sua mão. Eu o fiz.
Ele sorriu e perguntou: _ Quer que eu dê algum recado a Deus?
Eu o olhei e com lágrimas nos olhos lhe disse: _ Sim. Diga a Ele que Ele é injusto!
Sorrindo ainda mais, do mesmo jeito que me sorriu tantas vezes naquelas tardes de nossa única primavera, ele completou: _ Não. Ele não é injusto. Ele me permitiu vir morrer ao seu lado!
E foi então que Alberto se despediu de mim com uma frase que ainda hoje não aprendi a esquecer.
Olhou-me com profundidade e disse: _ Uma vida inteira sem flores não é nada diante de uma única primavera florida!
Depois, foi perdendo o sorriso, apertou minha mão, suspirou e morreu.

Melo, Fábio de. Mulheres de Aço e de Flores, ed.Gente, 2008. p.39-40
 Estava conversando com um amigo pela internet e lhe contei esta história, não soube lhe afirmar se era verídica, muito menos onde tinha lido.
É claro que não me contentei enquanto não encontrei de onde tinha tirado tal história.rss Tinha quase certeza que estava em alguns dos meus livros, e de cara fui procurar neste livro do Fábio de Melo, lembro que quando li, muitas histórias me tocaram, ficando na minha memória, inclusive já postei sobre uma outra aqui.
Esta história é sobre uma mulher que viveu naquela época em que o pai escolhia o marido para as filhas. No dia que conheceria seu futuro marido, ela conhece também seu irmão mais novo, Alberto. Desde o primeiro instante que o viu, ela percebe que ele "era seu grande e verdadeiro amor", e percebe também que o sentimento é recíproco. Mas como a "coragem não veio" (são palavras dela) ela se casa, o irmão mais novo vai embora com um tio. Anos mais tarde, Alberto fica com tuberculose e volta para a casa do único irmão para receber os cuidados necessários.
O final da história está descrito acima.
Eu desabafando...  Só não consigo entender como pessoas conseguem reprimir um amor, um amor que muitas vezes está gritando por dentro. Para que ser infeliz, uma vida inteira? Ninguém nunca nos disse que nunca iremos sofrer, só acho que podemos escolher se queremos sofrer por pouco tempo, por muito tempo, ou pela vida inteira. Eu digo por experiência própria, sofri muito, mas por um determinado tempo. Meu conselho: _ Ser feliz ou não, depende só de você!
Caso alguém se interesse, aqui entrevista com Padre Fábio de Melo sobre o livro, assim podem concluir se são somente contos ou histórias verídicas.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Queria ser um Anjo


Queria ser um anjo...
Ser o anjo que vela, o anjo que guarda, o anjo que protege...
Quebrar todas as barreiras elementais e ser apenas... um anjo.
Mas não é permitido a um anjo amar uma única pessoa,
Seu amor não pode ser exclusivo, seu amor deve ser extensivo.
Não é permitido a um anjo chorar por todas as pessoas...
Seu pranto é exclusivo, suas lágrimas devem regar uma por vez,
As flores que brotam em cada alma.

Que anjo posso ser?
Que amor poderei dar?
Que olhos irão me ver?
A quem irei amar?

Queria realmente ser um anjo...
Ter a bondade na face, a sabedoria no olhar,
Saber sorrir, saber confortar...
Saber entender os aflitos, saber ensinar.
Ir ao encontro de todos e, a todos amar.

Queria realmente ser um anjo...
Sorrir ao ver a ventura do vencedor,
Se emocionar com o desespero do perdedor.
Beijar a face daquele que suplica e
Aplacar a raiva do inimigo cruel.

Por fim, queria realmente ser um anjo e
Poder quebrar todas as regras celestiais,
Sentir o amor único e exclusivo,
E chorar por todos os demais.

Queria realmente ser um anjo...
Que ama você... e nada mais.