terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rio de Janeiro

5ª viagem – Rio de Janeiro (avião) Dias 28 e 29/01/2012 - Hotel IBIB’S

Ainda emocionada tentarei descrever uma das maiores emoções da minha vida.
Tudo começou assim:

De: José Olímpio
P/: Margareth
Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2012
 09:44h

Oi Amore!

Acordou no horário? Tudo bem? (...achei você "meio tristinha" ontem...)

Eu tô com muita vontade da gente "dar uma viajadinha" de moto (preferencialmente), ou de carro, neste findê... iríamos, no Sábado, prá alguma cidadezinha por aqui perto mesmo, e voltaríamos no Domingo (ou seja, 1 só pernoite de hotel).

Eu vi no site do INPE / CEPTEC que Sábado talvez não chova (...a probabilidade é pequena), e que Domingo não deve chover mesmo!

O que você acha? Topas?

Beijo.



Tinha consulta no Sábado, dentista (marcada desde 2011) e sabendo que a partir do dia 04/02 teria início nossas tão aguardadas aulas de “dança de salão”ou seja, finais de semana comprometidos até o mês de Maio. Não foi preciso pensar muito, liguei desmarcando a consulta e disse ao Zé (meu noivo/meu amado) que ele poderia planejar nossa pequena viagem para o final de semana.


De: José Olímpio
P/: Margareth
Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2012
10:22h

Amore,

OK, vamos então viajar neste findê.
É mesmo, eu tinha esquecido... vamos ter aula de dança todo Sábado... quem sabe não podemos usar a passagem de avião neste Sábado e Domingo mesmo...

Beijo
.



Para onde vamos? Deixo essa tarefa para ele que é expert nessas aventuras. Resumindo... até o final da tarde ele  já tinha feito reservas no hotel e comprado as passagens de avião (minha 1ª viagem de avião) com destino ao Rio de Janeiro.
A partir deste momento procurei manter a calma, não ficar muito ansiosa e muito menos me dar a chance de sentir medo.
Sábado 28/01 acordamos cedo e fomos de ônibus até o Aeroporto (1º passeio de ônibus com meu amado). Na sala de embarque ficamos sabendo que o aeroporto Santos Dumont/RJ estava fechado devido a chuva. Solução... sentar e esperar. Cheguei a pensar: _Talvez seja para não ir, ô medo!
Minutos depois decolamos com destino ao aeroporto do Galeão, chegando lá nos levaram de táxi (cortesia da Azul) até o hotel que era perto do aeroporto Santos Dumont.
Chegando no hotel (pouco mais de 2 da tarde) trocamos nossas vestes e... rua, afinal a fome já batia na porta do estômago. Nós tínhamos pouco tempo para conhecer a cidade. Pegamos um táxi e a condutora muito simpática por sinal nos levou até a praia de Ipanema, passando pela praia de Copacabana e Botafogo. Parou para que eu tirasse algumas fotos (Copacabana Palace) e foi durante todo o percurso nos contando um pouco sobre a cidade e também o que deveríamos tentar visitar e lugares que deveríamos evitar ou ter atenção redobrada.
Em Ipanema fomos logo procurar um lugar legalzinho para almoçar e depois, caminhada no calçadão. O tempo estava nublado com uma leve garoa ou maresia. Meu traje era shorts, blusa de frio e boné. Não posso deixar de comentar que fiquei frente a frente com um dos meus ídolos da adolescência Morten Harket ex-vocalista da banda “a-ha”. Sem ter a certeza de que era ele mesmo, não tirei nem uma foto, que pena!
(...fiquei inconformada com isso por vários dias!... ter perdido a oportunidade de, pelo menos, tirar uma foto do lado dele!... estava tão fácil e disponível... ainda mais que o meu amado fala inglês, e poderia facilmente ter um diálogo com ele, pedindo permissão para a foto).
Depois de caminharmos um pouco, já estava escurecendo, os chuviscos cada vez mais forte e com o frio aumentando, resolvemos voltar ao hotel. O retorno foi de ônibus. Chegando, depois de um capuccino e de um banho quente, adormeci, tão profundamente que perdi a oportunidade de visitar a “Marquês de Sapucaí” (templo do Carnaval carioca), tão pertinho de onde estávamos, que estava tendo um “ensaio” (gratuito) das Escolas de Samba do Rio (...para o Carnaval, que aconteceria dentro de algumas semanas).
Acordei no meio da madrugada com um pouco de fome. Comemos um lanche que meu amado foi buscar no barzinho do hotel e voltamos a dormir.
 Domingo amanheceu com uma chuvinha gostosa (que não deu trégua a noite toda) que se arrastou até o momento que decolamos.
O retorno foi tranqüilo, eu parecia uma criança com o rosto grudado na janela (do avião) olhando e apreciando a paisagem que se formava abaixo de nós.
Foi uma viagem meio que relâmpago. Explicar a sensação de voar, não tem como, é indescritível!! Estar acima das nuvens, e poder admirar o “espetáculo” (tão belo!) do sol batendo acima delas, apesar da chuva que caía lá embaixo). Tive um pouco de medo, sim. E esse medo foi mais forte na decolagem e nos momentos em que o avião fazia curva. Quanto ao hotel, luxuoso, confortável, demais. E o Rio de Janeiro? É bem como diz a música: Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, coração do meu Brasil. Devido ao tempo (chuva) e ao tempo (poucas horas) não pudemos conhecer muito (por ex., Cristo Redentor, Jardim Botânico, etc.) mas o pouco que conhecemos e os momentos que vivemos antes, durante e depois,  foi inesquecível.

P.S.: Os trechos em vermelho são colaboração do Zé.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Carta à Mirinha

Após ler esta carta (que me emocionou), pedi permissão ao autor para transcrevê-la aqui no meu Blog. Uma carta que nunca chegou ao seu destino, acredito que foi escrita como um meio de desabafar, “talvez” não com a intenção de que ela chegasse ao destino.
Achei por bem não citar o nome do autor (que talvez com um pouco de esforço pode ser visualizada na imagem, bem como a data em que foi escrita) se bem que ele disse que não haveria o menor problema.

*** Ela começa assim:

Doce e querida Mirinha,


Acordei hoje feliz, e ao mesmo tempo muito triste...
Sonhara com você há poucos minutos antes de acordar, e sua presença estava ainda tão forte, que senti quase que a poder tocá-la...
Cheguei a um lugar “um tanto quanto antigo” (deve ter sido “no campo”), pareceu-me um celeiro, percebi sua presença em outro aposento do lugar, e não a chamei (preparando nosso reencontro de uma forma “especial”, “rara”).
Abro então uma bolsa (mala?) repleta de pequenos frascos de vidro... alguns poucos estavam quebrados... começo a retira-los delicada-e-cuidadosamente... presinto você cada vez mais próxima... o coração acelera... o tilintar dos vidros enche o ar exóticamente... há o perigo de me cortar... mas a sensação é maravilhosa, excitante...
Você surge então na porta... (traz consigo um cavalo??) ... me vê... e não nos falamos... só nossos olhares se encontram... você se surpreende ... de uma forma tão doce... que me dá vontade de chorar (como agora...).
Seus cabelos cacheado-dourados, soltos, te emolduram (juntamente com sua “aura”)...
Continuamos a olhar um para o outro de uma forma tão feliz, e palavras não conseguiriam expressar nossas sensações (nem agora consigo...).
A última coisa que me lembro foi que nos abraçamos... infinitamente... emoção à flor-da-pele..., acordei...
Eis o motivo da minha tristeza – foi só um sonho – tão real que ainda sinto você em meus braços... Que pena!
Por que esse mundo insiste em separar as pessoas “raras”, “especiais”?
Não importa, pois resta-me saber que, quando nos reencontrarmos, um dia, seja lá onde for, será infinito...

foto: by Margô (arquivo pessoal)
** clique na imagem para ampliar

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Se eu não te amasse tanto assim - Fábio Jr.

Eu e você frente a frente...
É o medo e o desejo;
É desconfiança e a esperança;
É o grito e o silencio;
É o gelo derretendo o fogo...
Eu e você frente a frente
É ter sempre que me confrontar;
Encarar os meus erros e as minhas razões...
As minhas verdades e as minhas ilusões;
Meu poder e a minha impotência;
A minha liberdade e os meus limites...
Quando eu tô na sua frente,
Eu sinto toda a minha dor,
Mas só na sua frente eu posso sentir todo o meu amor.

Texto: Luiz Antonio Gaspareto

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Flores para uma "Flor"

Foto by Margô (arquivo pessoal)

Ela está ocupada com alguns afazeres domésticos mas, percebeu que ele está demorando. Tinha saído para ir à lavanderia, não levaria mais de 30 minutos.
A campainha toca, ela olha pelo “olho mágico” e só consegue ver flores. Meio sem saber o que fazer, abre a porta. Ali está ele, bem à sua frente. Em uma das mãos um lindo buquê de “Flores do Campo” e na outra as roupas que acabara de pegar na lavanderia.
Ela sorri, com os olhos marejados pela emoção, pega as flores e tasca-lhe um beijo.
Nesses pouco mais de 6 meses que estão juntos, ela já perdeu as contas de quantos buquês já recebeu. Ele é uma pessoa especial dotada de uma GRANDE sensibilidade uma qualidade quase que escassa nos últimos tempos.
_ Uma flor não pode ficar muito tempo longe de suas amigas. São essas as palavras que ele utiliza quando questionado (ela questiona por achar que não merece tanto). Para ele não precisa ser uma data especial ou ter um motivo condizente.
 E as flores, ah... as flores. A qualidade varia entre rosas e flores do campo. Geralmente um cartão as acompanha. As vezes o entregador(a) vem trazer, outras ele mesmo se encarrega da tarefa. Tão cuidadoso até mesmo um vaso ele já comprou para poder acomodá-las melhor, se bem que ela sempre reclama por ter que desfazer os embrulhos, sempre tão lindos ou tão lindos quanto as flores.
Ele... um Homem especial!
Ela... uma Mulher de sorte!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Congonhas e Ouro Preto

4ª viagem (2ªparte) Ouro Preto – De 28/12 à 30/12/2011 - Pouso do Chico Rei

Deixamos a cidade de Tiradentes no dia 28/12, quarta-feira, logo após aqueele café da manhã.rss O Zé queria passar por Congonhas para me mostrar as obras do “Aleijadinho”. Sinceridade... não gostamos da cidade, muito “barranco”, barulho, bagunça, uma verdadeira poluição sonora e visual. O Santuário “Basílica do Senhor Bom Jesus de Congonhas” e as esculturas ficam bem lá em cima. Não entrei na Basílica, queria mesmo era ver as esculturas dos 12 profetas(1)  Passei uma por uma, observando, fotografando e tentando entender alguns detalhes, algumas características que são próprias deste escultor. Lugar calmo, contemplativo.
Pensamos em almoçar lá, no alto, mas desistimos. A gente queria mesmo era seguir viagem (chegar logo) rumo ao nosso segundo destino... Ouro Preto.
Como tem chovido as estradas estão um pouco esburacadas, alguns pontos da serra desbarrancando, mas correu tudo bem. Logo entrando em Ouro Preto o Zé ligou o GPS para não perdermos muito tempo, até porque as ruas estavam bastante movimentadas, carro e gente pra todo lado. Chegamos direitinho, sem maiores transtornos.

Sobre a pousada (suspiros), fiz esta postagem à parte porque ela merece.
Ficamos hospedados no quarto nº 6 Pablo Neruda e “que” quarto... O pessoal que trabalha na pousada como já era de se esperar, gente fina, atenciosos, simpáticos. Quando limpavam o quarto, deixavam um Ferrero Rocher em cada cama, fiquei encantada com tanto mimo. Como chegamos tarde, saímos para dar uma volta, só para fazer reconhecimento da área.rss Tudo é perto, logo virando a esquina estava a Praça Tiradentes, sentamos para apreciar o movimento. Voltamos à pousada para tomar banho e saímos para jantar, procuramos um restaurante com música “ao vivo”, encontramos um que estava bastante cheio (e depois que a chuva aumentou ele ficou ainda mais cheio, pois quem estava do lado de fora teve que se ajeitar lá dentro), mas parecia bom e a gente já estava com fome. Na quinta-feira, dia 29, como sempre fazemos, tomamos um café bem reforçado e saímos para conhecer a cidade, caminhamos calmamente apreciando tudo, as lojas (entramos em algumas), visitamos a Casa da Moeda, circulamos na feirinha, e entramos em duas igrejas. Almoçamos e continuamos caminhando, como o tempo fechou e começou a cair uma chuva forte, paramos em um café (bem chique) para nos abrigar e é claro, tomar um capuccino com pão de queijo. Voltamos para a pousada para descansar um pouco, depois do banho, saímos para jantar. Como estava friozinho fomos comer uma lasanha (que por sinal estava deliciosa) em um restaurante diferente pois ficava no subsolo, era bem pequeno, poucas mesas, as paredes de tijolo(sem reboque), com música ao vivo (o mesmo músico da noite anterior).

No dia 30 após o café nos despedimos e começamos nosso retorno para casa, afinal os preparativos para o reveillon nos aguardava.

Gostei muito de Ouro Preto. Nunca vi tanta gente em uma região só, também, ficamos bem no centro. É uma cidade que tem bastante jovens (O Zé disse que muitos são estudantes) e muitos, muitos turistas. Inclusive na pousada me pareceu que a maioria dos hóspedes eram turistas. O Zé até chegou a se comunicar com um francês.rss Uma cidade com muitas igrejas. O Teatro que fica ao lado da pousada estava fechado então não conhecemos. Uma pena que choveu muito (deu até para ver um filme na pousada), o que atrapalhou um pouco transitar pela cidade, mas acredito que conhecemos a maioria dos atrativos que a cidade oferece.
Foi uma experiência maravilhosa, inesquecível. O Zé disse que estava preocupado se eu ia gostar, afinal são cidades históricas. Realmente nunca fez parte dos meus planos fazer uma viagem dessas. Eu não gostei... EU AMEI.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pouso do Chico Rei - Ouro Preto

O Pouso do Chico Rei é recomendado pelo guia 4 rodas: É uma das pousadas mais antigas de Ouro Preto e, já hospedou personalidades como, Vinicius de Moraes, Pablo Neruda e Simone de Beauvoir. A maioria dos quartos fica na casa principal, do século 18; três unidades, mais baratas, dividem um banheiro e, há outras três unidades mais espaçosas em ala anexa, com  acesso externo. Hoje é a queridinha dos estrangeiros que adoram os ambientes com jeitão de casa e o atendimento personalizado dos donos. Conhecida como: Pouso do Chico Rei, pousada da História, morada das Artes, por possuir um valor histórico e cultural no maior acervo arquitetônico barroco do mundo, inserida no trajeto Museu Aberto Cidade Viva. Seus quartos recebem o nome de um de seus hóspedes: 1 – Vinicius de Moraes, 2 – Scliar, 3 – Burle Max, 4 – Guignard, 5 – Jorge Amado, 6 – Pablo Neruda, 7 – Lili e Ninita, 8 – Elizabeth Bishop, 9 – Maysa.
A pousada está localizada no coração da cidade, numa rua tranqüila, mas dentro do centro cultural e gastronômico, a dois minutos da Praça Tiradentes, permitindo fácil acesso, à pé, a todas as mais importantes atrações da cidade, e a 7 minutos a pé do centro de convenções. 

A HISTÓRIA
O Pouso do Chico Rei está instalado em magnífico solar da Rua do Carmo, ou Rua Brigadeiro Musqueira, como assinala a placa, em referência a uma personalidade local do século XIX. Ao seu lado se acha a Casa da Ópera de Vila Rica, o mais antigo teatro em atividade nas Américas, inaugurado que foi em 6 de junho de 1770, pelo contratador do ouro João de Sousa Lisboa. Ao pé da Capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo, erguida pelo arquiteto e mestre carapina português Manuel Francisco Lisboa e embelezada por seu filho, Antônio Francisco, o genial Aleijadinho, o Pouso reina sobre bela e envolvente paisagem. Na moldura das montanhas, um chalé do Oitocentos e a ladeira do Carmo completam o cenário. A dois minutos da Praça Tiradentes, ele se encontra no coração da cidade monumento.
Em 1953, a dinamarquesa Lili Ebba Henriette Correia de Araújo (1907-2006), viúva do pintor pernambucano Pedro Correia de Araújo (1881-1953), decidiu fixar-se em Ouro Preto. Seu marido adorava passar temporadas na velha Capital mineira, desenhando e pintando no atelier mantido no casarão por ele comprado nas Lajes, o chamado Solar dos Motta, que havia pertencido ao Visconde de Caeté, primeiro presidente da Província de Minas, e ao Barão de Saramenha.
Associada à pintora Ninita Moutinho (1915-1989), do Rio de Janeiro, Dona Lili resolveu comprar o belo sobrado que o arquiteto e historiador Sylvio de Vasconcellos tinha acabado de restaurar junto ao Teatro de Ouro Preto. Elas imaginaram abrir um pequeno hotel, com móveis de época e objetos de arte, além de um restaurante e um antiquário, para acolher o público sofisticado que começava a se interessar por Ouro Preto, além da legião de intelectuais que, desde a década de 20, instigada pelos primeiros modernistas, passara a peregrinar em Ouro Preto.
Uma escola de bom gosto
O mobiliário criteriosamente escolhido, entre o melhor que os antiquários então esbanjavam, peças selecionadas do artesanato local, flores, obras de arte e requinte na anfitrionagem fizeram de imediato do Chico Rei uma legenda. Mais do que um pouso, Lili e Ninita criaram uma escola de bom gosto. As habilidades admiráveis da dinamarquesa, exímia na bricolagem e no preparo de pratos rápidos e surpreendentes, e a descontração da carioca, dona de singular humour, ensinaram a Ouro Preto o verdadeiro charme das pousadas e do ambiente histórico, despertando a cidade para as potencialidades do turismo.
O grande pintor Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) amava o Pouso e ornamentou as portas de um grande armário de canto, na sala de jantar, nelas pintando os nomes de Lili e Ninita. Vinícius de Moraes compôs um poema para exaltar as maravilhas do Chico Rei. Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir ali chegaram, com Zélia e Jorge Amado. O pintor Carlos Scliar, em suas temporadas na cidade, gostava de jogar cartas com D. Lili, na copinha do Pouso. A poeta norte-americana Elisabeth Bishop (1911-1979) ia tomar chá e falar do restauro de sua residência nas Lajes, a Casa Mariana, inteiramente promovido por Lili.
D. Graciema e Rodrigo Mello Franco de Andrade, vizinhos, freqüentaram a casa. O secretário americano Henry Kissinger e o ministro francês Jack Lange se hospedaram no Pouso.
Cida Zurlo, professora de Botânica da Escola de Farmácia da UFOP, diz que Lili sabia tudo: pintura, culinária, marcenaria, restauração, decoração. De suas mãos saíam sempre criações inigualáveis, recorda.
De Paris a Ouro Preto
Nascida na Dinamarca, Lili deixou Copenhague muito jovem, a fim de estudar pintura em Paris. Por indicação de amigos, foi tomar aulas com o pintor brasileiro Pedro Correia de Araújo, em seu atelier da Rue Campagne Première, em Montparnasse. Pedro residia em Paris desde a proclamação da República no Brasil (1889), porque seus pais, nobres pernambucanos, se auto-exilaram na França, acompanhando a Princesa Isabel e o Conde d’Eu em seu banimento. Amigo de Henri Matisse, o pintor brasileiro vivia intensamente o ambiente artístico de Paris e era reconhecido pela qualidade de sua obra.
Lili e Pedro se casaram em 1929 e resolveram se transferir para o Brasil. Passaram por Recife e se radicaram no Rio de Janeiro. O casal teve dois filhos: o escultor Pedro e o paisagista Luís. Logo, o pintor começou a participar das rodas de artistas plásticos e intelectuais, integrando-se na vertente carioca do movimento modernista. Também em 1929 voltaram ao Brasil Guignard e Roberto Burle Marx, que haviam estudado na Alemanha. O pintor Cândido Portinari e o poeta Murilo Mendes tinham papel importante no Rio da época.
Pedro Correia de Araújo dedicou-se às paisagens montanhosas e florestais do Rio de Janeiro, sobretudo concentrado na figura feminina, grande tema de sua obra. Sem comercializar os desenhos e óleos, ele acumulava a produção e administrava a herança familiar como fonte inesgotável de renda.
Foi assim que adquiriu o casarão das Lajes, em Ouro Preto, que faria Lili Correia de Araújo mudar-se para a cidade, após seu falecimento. Residindo nas Lajes, ela fez do Pouso do Chico Rei a primeira pousada do circuito histórico de Minas e um exemplo que, mais de meio século depois, permanece vivo nas mãos de seu neto Ricardo Correia de Araújo, atual dirigente do Chico Rei.

Um nobre africano em Vila Rica
Lili e Ninita escolheram o nome do legendário príncipe africano escravizado para o pouso inaugurado na antiga Vila Rica. Segundo a tradição, amparada por documentos setecentistas, como livros de irmandades estudados pelo historiador norte-americano Donald Ramos (Universidade de Cleveland, Ohio, EUA), Chico Rei era um chefe africano escravizado após guerras tribais e vendido, com seus familiares, para o Brasil. Ele e a família foram comprados por um senhor de escravos de Vila Rica e tiveram a sorte de não se dispersar.
Trabalhando intensamente e economizando ouro, nos cabelos frisados e nas unhas, Chico Rei teve meios para comprar a carta de alforria do filho e, em seguida, a sua própria liberdade. Depois, cuidou de libertar os familiares e chegou a ter a sua mina, que o tornou um homem rico. Essa mina pode ser visitada, no bairro de Antônio Dias, logo depois da Ponte do Palácio Velho da Encardideira.
O rei negro participou da construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz. Ele comparecia às solenidades religiosas ricamente vestido, acompanhado em cortejo pelos familiares. Remonta a esse costume o desfile dos congados, que os africanos e afro-descendentes passaram a realizar em momentos festivos e nas celebrações do Rosário.
Fonte: http://www.pousodochicorei.com.br/index.html

Tiradentes

4ª viagem (1ªparte) – Tiradentes (carro) De 26 à 28/12/2011 – Pousada Padre Toledo

Acordamos na Segunda-feira, arrumamos as malas e saímos, gostamos de tomar café em alguma parada e, assim fizemos. Paramos também para almoçar (já passava das 14h e a gente ainda estava na estrada) em um restaurante na beira da estrada, comidinha típica mineira... arroz, feijão, bife acebolado e batatas fritas, estava uma delícia, ou eu estava com muita fome.rss
Chegamos em Tiradentes no final da tarde, com chuva (normal nessa época), o Zé fez o check-in, deixamos as bagagens no quarto e  saímos para conhecer um pouco a pousada e a cidade. Essa pousada fica bem no centro, vendo a entrada parece pequena mas é comprida, tem até piscina. Tem uma sala de estar (que fica entre os quartos) elegante, espaçosa. O quarto era pequeno, bem aconchegante, com bastantes janelas, uma delas com vista para as montanhas e lá em cima... parecia uma *igrejinha que por curiosidade fomos conhecer. O café da manhã é servido em uma sala que fica atrás da recepção. Anexo à pousada tem o restaurante que é bastante chique e caro também e detalhe, não aceitava cartões (o que vimos de clientes entrando e saindo quando viam que não aceitava cartão). A estadia dava direito ao café da manhã e sopa no restaurante.
No dia seguinte (terça-feira), logo após o café, e que café da manhã. Pão, bolo, pão de queijo... tudo mineiro. Então, depois de nos empanturrarmos, saímos para conhecer e explorar tudo que fosse possível. Começamos pela igreja “Nossa Senhora do Rosário dos Pretos”, ficava bem próximo da pousada (na rua de trás), depois fomos conhecer a igreja dos ricos, nas duas acompanhamos a história contada pelos guias. Visitamos um centro Cultural e vimos alguns quadros... estava acontecendo naqueles dias uma exposição denominada "Exposição Terra Esperança”. Caminhamos pelas ruas do centro visitando as lojas. Quando deu a hora (da fome.rss), paramos para almoçar e de novo, quis comer uma comida típica mineira, igual comi na estrada.rss Durante a noite choveu bem fininho (o que não nos impediu de sair), tomamos a sopa servida no restaurante anexo ao Hotel, depois descemos para o centro, paramos em um barzinho com música “ao vivo” para tomar um aperitivo e apreciar mais um pouco daquele lugar maravilhoso.


O Zé programou esta viagem ( providenciou as reservas) assim que soube que eu teria férias coletivas no final do ano, como seriam duas cidades para conhecer, precisaríamos de tempo para o passeio. Ficamos esperando ansiosos pelo dia 26. Apesar de que muita coisa aconteceu antes, como outras viagens (não programadas) e nosso noivado no dia de Natal.
Quanto a cidade "Tiradentes", achei um barato as ruas, todas calçadas com pedras, uma maior que a outra, impressionante, andar de carro por elas... missão "quase" impossível, dava dó.rss A cidade é bem pequena, pacata, nunca vi tanta "viela", e os comércios... tudo bem interiorano, as agências bancárias... não aguentei, tive que tirar foto.rss  Conhecemos duas pessoas interessantes. Quando chegamos tinha uma senhorinha que estava na recepção, ela voltava todos os dias, ficava sentadinha lá, acho que pra passar o tempo... moradora da cidade. E um senhor que ficava no restaurante, muito alegre, simpático e atencioso. Pessoal de cidade pequena são acolhedores mesmo e sendo mineiro então uai... Saudades deles... da cidade. Voltaria mais vezes, apesar de ser longe.
* A igrejinha estava fechada, achamos esquisita a cruz de madeira que tinha umas ferramentas e outros apetrechos afixados nela (não tinha nada explicando).