6° dia - San Pedro do Atacama - Paso de Jama - Chile

Segunda-feira:

De todas as noites, essa não foi a melhor delas. Fez muito frio. E o quarto não era dos mais aconchegantes. Mas consegui dormir. O café também não foi dos melhores. Friozinho assim pede um leite com café e pãozinho com manteiga. Mas só tinha o café. E não era dos mais saborosos. Mas como disse na postagem anterior, é o que tinha. E essa viagem é de aventura. Não de luxo! Então não tem que reclamar. E não estou fazendo isso. Apenas um comentário.

Estava bastante frio de manhã. Hoje foi dia de passar na fronteira. No briefing o Everson explicou os procedimentos. Que tinha que passar um guichê de cada vez. E por último seria a vistoria nos baús das motos e a van. Eu estava preocupada com o balde de biscoitos que estavam na van.  Mas, graças a Deus deu tudo certo! Passamos!!

Briefing

Logo que saímos de "Pastos Chicos" 

Visão maravilhosa do vulcão e seu topo branco

Parada no posto para abastecimento - antes da fronteira

O percurso foi tranquilo. Muitas imagens deslumbrantes. Um céu azul como nunca vi. De longe avistamos os vulcões com seu topo esbranquiçado. Imagens de tirar o fôlego. Fizemos uma parada para tirar foto com o vulcão no fundo. Ali peguei mais duas pedras para o Bruno. Dali já dá para ver a cidade - San Pedro de Atacama.

Fizemos uma breve parada (os motociclistas nem desceram das motos) na entrada da cidade para tirar mais fotos. Estava muito sol e calor. Acredito que eles queriam mais era chegar no hotel para tirar aquelas roupas quentes.

Chegamos no hotel pouco mais de 13h. Estamos hospedados no Hotel Corvatsch. Ele é bem grande na horizontal. Vários quartos um do lado do outro. Muito verde. Adorei!

Só que nem tive tempo de apreciar muito, pois foi só o tempo de descarregar as malas, trocar de roupa e encontrar com o pessoal na recepção para irmos almoçar. Tudo tinha que ser muito rápido porque às 16h a gente ia sair para conhecer o Valle de La Luna.

O almoço foi no restaurante "Delícias de Carmem". Para chegar nele é só sair do hotel pela esquerda e virar a esquerda novamente. Dividimos a mesa e os pratos com o Sérgio e a Vânia.

A Vânia e o Sérgio

Os passeios para o Valle de La Luna e para o gêiser que faremos amanhã foram reservados pelo Everson quando ainda estávamos lá em Susques. A agência é do dono do hotel que estamos hospedados. Hoje conheci a Idiana, a dona do hotel. Ela é brasileira - de Foz do Iguaçu. A história dela é bem simples. Ela veio a passeio em San Pedro e conheceu o marido dela. Casaram e tiveram dois filhos. Uma menina e um menino.  As encomendas que trouxemos são da mãe para ela. Ela ficou bem contente e agradecida por termos levado as encomendas.

O passeio no Valle de La Luna foi bem legal. Ainda bem que ganhamos boné quando estávamos indo, porque o sol estava de arder. Para ter uma ideia, levamos garrafinha com água. Ela chegou a ficar morna de tão quente que estava. Pior que nem adiantava procurar sombra. Nada de árvores. Só a montanha. Eu gostei bastante da vista. Aliás, as paisagens que tenho visto durante o percurso, são maravilhosas. Não entendo como o Zé diz que tem cliente que dorme – na van. Eu tenho feito a viagem – como diz o Henrique - com “zóio de Mônica”.rsrs

O que não estava nos meus planos era entrar na “Caverna de Sal”. Podíamos ter ficado no banco – na sombra – junto com o Gil, a Cris e o Marcelo que não quiseram entrar. O Sr.Florêncio – nosso guia, falou que quem tinha claustrofobia, quem era muito grande (caso do Marcelo) ou quem tinha problema em abaixar muito não devia entrar. Eu não tenho nada disso. Na verdade não gosto muito de lugar apertado, ou essa sensação de ficar embaixo da terra, por isso estava decidida a não entrar. Eu e o Zé fomos caminhando, junto com o pessoal. Nossa intenção era ir até a entrada da caverna. Chegando nela eu fiquei tentada. E com vergonha de não entrar, afinal o Sr.Florêncio estava junto – e ele é bem responsável. E para fechar fomos convencidos pelo Mauro e Bia, que estavam logo atrás da gente. O Mauro contou que já tinha entrado lá em outra viagem que fez para o Chile e disse que a gente ia sobreviver.rsrs Então decidimos entrar. O Zé ligou a lanterna do celular dele. Tinha pontos que a gente tinha que ficar praticamente na horizontal. Saí de dentro da caverna feliz da vida. Sentindo-me realizada! UMA AVENTURA PARA FICAR NA MINHA HISTÓRIA!

Saindo da caverna (eu estava imunda), fomos de van conhecer as “Três Marias” e depois fomos ao Mirador para ver o pôr do sol. Nós e mais uma centena de pessoas.rsrs Que visão mais linda dali. Tanto do sol, como de tudo a nossa volta. 

Em vários lugares vi pedras empilhadas como essa da foto

Voltamos para o hotel já passava das 20h. Nem fomos passear na cidade. Faremos isso amanhã. Agora, depois de um banho, o Zé foi buscar empanadas em um armazém que fica na frente do hotel. Vamos comer aqui mesmo, no quarto e em seguida cair na cama. Aproveitar o aconchego desse quarto maravilhoso. E temos que dormir cedo mesmo, porque amanhã sairemos às 6h para ir conhecer os gêiseres.

lado direito da cama

lado esquerdo da cama

cama de solteiro no pé da cama de casal. Usamos ela de depósito de coisas.rsrs

Ps. O Zé não ia amanhã. Ele disse que passou muito frio quando foi. Não queria que eu fosse por causa do frio, e porque sabe que não gosto de acordar muito cedo. Outro fator era o valor. Sei que o passeio de hoje + o gêiser ficou 35.000 pesos por pessoa (o equivalente a 210 reais).  Só que comentei com ele que as mulheres falaram que iam entrar na piscina e disseram que era para eu ir de biquíni também, pois me fariam entrar. Então, enquanto estávamos no mirador, aguardando o sol se pôr, vi quando o Zé se afastou um pouco e ligou para o Everson perguntando se teria lugar para ele. Ou seja, decidiu ir ver o gêiser também. Acho que quer ver se vou entrar na piscina mesmo.rsrs