sábado, 20 de março de 2021

Riacho Doce

Hoje acordei às 10h. Sabe por quê? Porque fui dormir às 3h30. Sabe por quê?rsrs Ficamos assistindo a minissérie “Riacho Doce”.  Começamos assistir alguns dias atrás. Geralmente assistíamos 03 episódios por noite. Ontem começamos o episódio 29. Como eu sabia que só tinha mais 10 pela frente, não consegui deixar para o dia seguinte. E a hora foi avançando. Zé até falou: _Tá parecendo seus filhos. Meus filhos são de maratonar.rsrs


Autoria: Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn | Colaboração: Márcia Prates | Direção: Paulo Ubiratan, Luiz Fernando Carvalho e Reynaldo Boury | Direção-geral: Paulo Ubiratan | Período de exibição: 31/07/1990 – 05/10/1990 | Horário: 22h30 | Nº de capítulos: 40

TRAMA PRINCIPAL

Riacho Doce é uma tranquila vila de pescadores situada no litoral do Nordeste. Respeitada líder espiritual da comunidade, Vó Manuela (Fernanda Montenegro) pretende que seu neto, Nô (Carlos Alberto Riccelli), herde seu posto e não admite que ele se apaixone. Dotada de poderes místicos, ela fecha o corpo do rapaz para o amor. Por isso, todas as mulheres que se aproximam de Nô se tornam amaldiçoadas.

Em meio a esse contexto, o casal sulista Eduarda (Vera Fischer) e Carlos (Herson Capri) chega ao vilarejo com interesses distintos. Carlos pretende resgatar a carga de um navio afundado, o que provoca suspeita entre os moradores. Já Eduarda busca encontrar algo que lhe dê sentido à vida, em função das recentes crises existenciais pelas quais passara.

Desafiando os poderes da autoritária avó, Nô se envolve com Eduarda, e os dois vivem um conturbado romance. No final, os habitantes de Riacho Doce, incitados por Manuela, atiram pedras em Eduarda, acusada de adultério e de desvirtuar Nô de seu destino. O casal foge em um barco e passa um tempo em alto-mar, até encontrar um local seguro onde possa viver em paz. Assimilando a perda do neto como morte, Vó Manuela toma Cicinho (João Paulo Jr.), filho de Hermínia (Lu Mendonça) para si, e fecha seu corpo, assim como fizera com Nô.

Fonte: https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/minisseries/riacho-doce/

Eu não tinha assistido “Riacho Doce” quando passou na televisão, em 1990. Pela data o Bruno tinha menos de um ano. Acho até que foi uma época que eu trabalhei. Criança pequena e trabalho não combina com dormir tarde. Porque as minisséries passavam beeeem tarde.

O Zé que agitou de assistirmos quando falei que tinha no Globoplay. Falou que era bem legal.

Eu simplesmente amei. O cenário maravilhoso. E não falo só pelo mar não. Os coqueirais. As casinhas em meio a vegetação. Telhado sem laje. Paredes sem reboque e o chão batido. Lembrou minha infância. A simplicidade no falar e se vestir dos moradores de Riacho Doce. Muitos andavam o tempo todo descalços. Também lembrou minha infância.rsrs

O gostoso de assistir programas que aconteceram há décadas é rever os figurinos, os cabelos. O enredo muito interessante, com muitos personagens marcantes. Além de Nô, Eduarda e vó Manuela, outros tiveram destaque: Francisca, Lucas, Capitão Laurindo, Neco, Helena, Dora e tantos outros, que fizeram que a minissérie fosse tão envolvente.

Gostava de ver a vó Manuela com o seu santuário. Sua rezas. Seus benzimentos. Vê-la me fez recordar as vezes que levava meus filhos para serem benzidos. Hoje em dia acho que não existe mais essas mulheres. E homens também. Minha mãe, por exemplo, nos levava no Sr.João. Mas, uma pena que vó Manuela usava seus poderes para o mal também. Na verdade, capricho! Porque não queria deixar morrer a tradição. Mesmo que para isso ela estragasse a vida de jovens, impedindo-os de serem livres para o "amor".

Teria muitas coisas para comentar, mas vou ficar só nessa minha inquietação: Depois que Eduarda se entrega para Nô, ela não consegue mais fazer amor com o marido. Mas, para fazer raiva para Eduarda, Nô faz amor com Luzia. Eu não consigo entender quem diz que ama uma pessoa, mas a trai. Acontece muito. É uma realidade. Mas eu discordo totalmente. Para mim, quem ama não trai. E ponto final.


Agora tem uma música que sempre fui apaixonada. Inclusive Zé toca no violão e canta. Eu não sabia que era dessa minissérie. É a música “O Bem e o Mal”, com o Danilo Caymmi. Ela é tema de Nô, que inclusive toca no violão, durante a noite, enlouquecendo as mulheres de Riacho Doce. Mas a minissérie tem outras músicas lindíssimas. O tema de abertura é uma delas.

Estudo em Mi Maior Opus 10 – Andre Kostelanetz (tema de abertura)
O Bem e o Mal – Danilo Caymmi (tema de Nô)
O Que É o Amor – Selma Reis (tema de Francisca)
Iluminada (Balada N.1 Em Sol Menor) – Itamara Koorax (tema de Eduarda)
Vó Manuela – Ary Sperling (tema de Vó Manuela)
Iniciação – Ary Sperling (tema de Vó Manuela)
O Bem e o Mal – Instrumental (tema de Nô)
Morena – Maria Bethânia (tema de Luzia)
O Sonho se Perdeu – Milton Guedes (tema de Lucas e Francisca)
Flor da Idade – Bebel Gilberto (tema de Dora)
Lamentos do Mar – Ary Sperling (tema de Terezinha)
Pescadores – Ary Sperling (tema geral)


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