segunda-feira, 22 de março de 2021

Epidemia do ano 1800

OLHEM QUE BELEZA DE POEMA ESCRITO FAZ 2 SÉCULOS ...

Quando a tempestade passar
E se amansem os caminhos
e sejamos sobreviventes
de um naufrágio coletivo.
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos felizes
Só por estar vivo.

E nós daremos um abraço
ao primeiro desconhecido
e louvaremos a sorte
de manter um amigo.

E aí nós vamos lembrar
tudo o que perdemos
e de uma vez aprenderemos
tudo o que não aprendemos.

Não teremos mais inveja
pois todos terão sofrido.
Não teremos mais desídia.
Seremos mais compassivos.

Valerá mais o que é de todos.
Que o jamais conseguido
Seremos mais generosos.
E muito mais comprometidos

Vamos entender o quão frágil
o que significa estar vivo
Sentiremos empatia
por quem está e quem se foi.

Sentiremos falta do velho
que pedia uma esmola no mercado,
que você não sabia o nome dele
e sempre esteve ao seu lado.

E talvez o velho pobre
Era Deus disfarçado.
Você nunca perguntou o nome
Porque você estava com pressa.

E tudo será um milagre
E tudo será um legado
E a vida será respeitada,
a vida que ganhamos.

Quando a tempestade passar
Eu te peço Deus, desculpe.
que nos tornes melhores,
como você sonhava com a gente.

(K. O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800)

***

Recebi a mensagem acima, na última sexta-feira, da minha amiga Jacqueline. Um lindo poema, com sinceros desejos. Ou expectativas, de quem escreveu. Por aí a gente vê que o que estamos passando não é o fim do mundo. E vemos também que, infelizmente a humanidade não evoluiu muito.

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