quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Sobre as eleições

No último domingo foi dada a largada para as campanhas eleitorais. Fiquei sabendo porque começou a chover candidatos se apresentando nas redes sociais (Facebook/Instagram) e Whatsapp. Tem gente que eu nem sabia que era candidato. 

E conversando com o Zé falamos de dois casos de candidatos que, meses antes começaram a fazer campanha, sem “dar na cara”. Foram espertos! Começaram a angariar eleitores, sem que estes soubessem. Um caso aconteceu comigo e outro com ele.

Meu caso: Em Junho, um rapaz criou uma enquete no Facebook. Na enquete ele pergunta “você acredita em Deus?”. Eu participei. Uns dias depois, ele mandou mensagem agradecendo minha participação e falou que ia fazer todos os dias, pela manhã, um vídeo com uma pequena reflexão bíblica. Assisti e comentei nos primeiros dias... Vi que ele tinha muitas pessoas que curtiam e comentavam. E ele respondia a todos os comentários.

Um tempo depois ele postou no Facebook que estava sentindo - que Deus estava tocando nele - para ele atuar em um projeto. E pediu para que orássemos por ele.

Alguns dias depois ele começou a fazer receitas. O projeto é ser Master Chef? – Foi a pergunta que fiz para mim. Ele mandou mensagem no meu Facebook (e deve ter feito isso com todos os amigos do face) perguntando se eu podia passar meu número do whatsapp porque ele estava criando uma lista de oração. Passei o número e ele começou a mandar links de vídeos no YouTube, segundo ele, com receitas. Eu nunca fui ver. Numa dessa eu já estava pensando que ele estava meio perdido. Afinal qual é a dele? fazer reflexões bíblicas ou receitas? 

Passados mais alguns dias minhas perguntas foram respondidas. Vi no Facebook ele anunciando que estava se candidatando a vereador da nossa cidade. Ele é da mesma cidade que eu. 

Não gostei quando vi a notícia e...  Posso estar enganada, mas acho que ele fez tudo o que fez porque já tinha em mente que ia se candidatar a vereador. Ou seja, usou Deus para angariar seguidores. E se eu estou julgando erroneamente, Deus me perdoe.

Caso do Zé: Nos últimos meses o Zé vem assistindo uns vídeos de um homem que é: músico, espiritualista, e acredita em um monte de coisas que o Zé acredita, e não acredita em um monte de coisas que o Zé também não acredita. Ou seja, os dois têm muita coisa em comum.  Eu ficava até preocupada porque o Zé não é muito de se envolver, ou passar muito tempo em uma coisa. Ultimamente o via com o fone no ouvido, vendo os vídeos desse cara.

Então, no domingo, quando falamos sobre o início das campanhas, o Zé me contou que, alguns dias atrás, esse homem revelou que é candidato a vereador (ele é de outra cidade).  Disse que fez isso a pedido dos milhões de seguidores. Será?  Zé também parou de ver os vídeos.

No fundo eu e o Zé nos sentimos usados. Não pegaram dinheiro da gente, mas nosso tempo. Sei que eles não nos obrigaram, mas souberam como conquistar a gente e outras pessoas.

Você que leu até aqui, me responda, por favor: Você acha que eu e o Zé estamos sendo malvados em pensar isso dos dois? Você acha mesmo, que a candidatura surgiu depois da proposta inicial de cada um? Gostaria de acreditar que estou errada.

Um comentário:

  1. Oi maninha,
    Verdade. Para ser candidato tem que se filiar antes. Não tinha me tocado disso.
    A minha chateação já passou. E obrigada por aliviar o peso da minha consciência.
    Beijo

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Olá. Ficarei muito feliz com seu comentário. Só peço que coloque seu nome para que eu possa responder, caso necessário. Obrigada!