sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Ainda estou Aqui

Estava querendo assistir a esse filme desde quando ele ficou disponível no Globoplay. Só não tive oportunidade. Uma por não ter tido tempo livre, sozinha. Outra porque não queria chamar o Zé para assistir comigo. Acho que ele iria fazer críticas. Enfim consegui assistir durante o voo de Guarulhos até Madrid

Data de lançamento: 07 de novembro de 2024 (no cinema) | 2h 15min

Direção: Walter Salles | Roteiro Murilo Hauser, Heitor Lorega

Elenco: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello

Gênero: Drama, Suspense

Sinopse: Ainda Estou Aqui é uma adaptação cinematográfica do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narra a emocionante trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. Ambientada em 1970, a história retrata como a vida de uma mulher casada com um importante político muda drasticamente após o desaparecimento dele, capturado pelo regime militar. Forçada a abandonar a rotina de dona de casa, Eunice (Fernanda Torres/Fernanda Montenegro) se transforma em uma ativista dos direitos humanos, lutando pela verdade sobre o paradeiro do marido e enfrentando as consequências brutais da repressão. O filme explora não apenas o drama pessoal de Eunice, mas também o impacto do regime militar na vida de milhares de famílias brasileiras, destacando o papel das mulheres na resistência. Com uma narrativa profunda e sensível, Ainda Estou Aqui traz à tona questões de perda, coragem e resiliência, enquanto revisita um dos períodos mais sombrios da história do Brasil. A obra é um tributo à força de Eunice Paiva, que, contra todas as adversidades, se torna uma figura central na luta pelos direitos humanos no país.

Eu não sabia quase nada do filme. Somente que tinha a ver com a ditadura militar no Brasil. Mas não sabia que é baseado no livro do Marcelo Rubens Paiva. E que é a história do pai e da mãe dele. E que história triste! Como é a de tantas famílias que sofreram com a ditadura.

Eu nunca assisti nada sobre isso. Porque não tenho estômago. Saber que existiram seres humanos (se é que podemos dizer que são seres "humanos") capazes de tanta brutalidade. Tanta crueldade. Tanta barbaridade. Seres que acabaram com tantas vidas e famílias.

O filme é muito triste e dramático. Ver o que a Eunice passou. Com cinco filhos. Alguns adolescentes. Momento tenso quando ela e uma das filhas são levadas para depor. Ela passando as noites em um quartinho, ouvindo gritos de dor e desespero. Sem saber sobre sua filha. E seu marido. Mas é bom saber que mesmo no meio de gente muito má tem gente boa. Um soldado que levava e buscava ela para depor, falou que a filha tinha ido embora na primeira noite. E ele disse também que não era de acordo com o que faziam lá (torturas).

É muito, muito triste saber que isso aconteceu mesmo. Me solidarizo com tantas famílias que não puderam sepultar seus mortos e mais ainda por aquelas que nem ficaram sabendo ao certo o que aconteceu com eles. 

Quantos maridos, esposas, pais, mães, filhos, filhas foram mortos, defendendo uma causa. E saber que muita gente naquela época e ainda hoje acha que foi merecido. Que a luta (e morte) deles foi em vão.

E pensar que até pouco tempo atrás, algumas pessoas perderam o casamento, o emprego, os amigos, alguns até a vida, por causa de ideais. Valeu a pena?

E a terra continua girando... E o Brasil segue... E a vida continua...  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Ficarei muito feliz com seu comentário. Só peço que coloque seu nome para que eu possa responder, caso necessário. Obrigada!