terça-feira, 28 de abril de 2020

Tia Nice

Hoje é o aniversário de uma das minhas tias preferidas. Tia Nice. Ela é esposa do tio Cláudio, segundo irmão da minha mãe.
A primeira lembrança que tenho da tia Nice, infelizmente não é boa. Ela estava no quarto chorando e sendo consolada por familiares. A mãe dela tinha falecido. Eu tinha 07 ou 08 anos. Lembro de estar na sala de aula (primeira série) e ver alguém da minha família falando com minha professora e depois a cena acima.
Eu tive bastante contato com a tia Nice, porque quando era criança ficava na casa da tia Maria, que é minha madrinha. Já a Silvana é afilhada da tia Nice e ficava na casa dela. Como a casa delas é bem pertinho uma da outra, vira e mexe a gente se via. Ora a Silvana ia na casa da tia Maria. Ora eu ia na casa da tia Nice.
Eu sempre gostei muito da tia Nice, bem como adorava ir na casa dela. Ela sempre me deixou muito a vontade. Sentia que ela gostava muito de mim, também.
Quando criança a gente se divertia muito na casa dela. Lembro que às vezes juntava eu, a Silvana e os outros sobrinhos, filhos da irmã dela. A gente ficava até altas horas acordados e brincando.
Por eu ir bastante na casa da tia Nice, parece (eu ouvi rumores) que rolava um ciúme da tia Maria.
A tia Nice é manicure. E desde que meu tio montou uma loja de produtos importados na casa deles, ela trabalha na loja.
Nas festas a tia Nice estava sempre muito alegre. Sempre animada! Ela gostava de participar de tudo, inclusive quando a gente ia dançar, ela sempre estava no meio. A única coisa que ela nunca gostou foi de ser fotografada. Para tirar uma foto dela, tinha que ser no "pulo".rsrs
Mas ela sempre foi muito reservada. Pelo menos comigo. Ela nunca foi muito de falar sobre sua vida. Não sei se é assim com todos, e talvez por isso ela esteja sofrendo pela morte do tio Cláudio tão intensamente, mesmo anos depois. 
Fiquei feliz quando soube que ela faz Lian Gong no bosque perto da casa dela. Muito bom para distrair e se cuidar. Sinal de que luta pela vida! 
Ela nunca teve muito costume de sair. De viajar. Pelo menos não que eu lembre.
Viagens que eu fiz com ela, lembro de uma que fizemos para Aparecida do Norte e uma para o Santuário onde o Padre Marcelo Rossi celebrava as missas. 
Além das festas da família, fui algumas vezes com ela e os primos no baile do Clube da Vila Marieta. 
A tia Nice sempre foi muito presente na minha vida. Não deixava de ir na Páscoa, no Natal e nos aniversários, na minha casa. Foi nos meus dois casamentos. Sempre foi muito atenciosa e carinhosa, comigo, com o Rubens, com o Zé e também com meus filhos.
Gostava muito de conversar com a tia Nice. Engraçado que com ela eu não tinha receio de falar e ouvir reprovações, ou críticas. Ela não era assim. Ou, se ela fazia, sempre fez de um modo que eu não percebesse. Falo no tempo passado porque faz tempo que não tenho esse contato mais próximo dela. Eu e minha mania de achar que posso estar incomodando, e por isso quase não a visito.
Ela é uma pessoa por quem eu tenho um carinho enorme. Quero muito que ela volte a sorrir como fazia antes.
E hoje, dia em que ela completa mais uma primavera e em plena pandemia, meu maior desejo é que ela tenha muita saúde.

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