sábado, 18 de abril de 2020

Milagre na Cela 7

Depois de um pouco de relutância, hoje decidi assistir este filme. Não que ele seja ruim. Pelo contrário. Os comentários e indicações são muito positivos. O problema é que não teve um que não chorou. Como eu já sou manteiga derretida, fiquei enrolando. Mas depois da mancada de ontem à noite, melhor não ficar escolhendo filmes. Quando falei para o Zé que ia ver “Milagre na Cela 7” ele perguntou quem indicou. Ele anda meio “com o pé atrás” com as minhas escolhas. Disse que eu não estou acertando a mão.rsrs
Título Original: 7. Koğuştaki Mucize
Data de lançamento: desconhecida / 2h 12min 
Direção: Mehmet Ada Öztekin
Gênero: Drama
Nacionalidade: Turquia
Sinopse: Separado de sua filha por ser acusado de um crime que não cometeu, um homem com deficiência intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso pela morte da filha de um comandante. Ele passa a contar com a ajuda de seus companheiros de cela e de quem também está do outro lado das grades.
Que filme fantástico! Maravilhoso! Emocionante!
Um filme que, do começo ao fim, a gente passa por vários sentimentos. Eu senti raiva do pai da menina que morreu, apesar de entender o que ele estava sentindo.
Senti muita pena de Memo. Que judiação. Como sofreu aquele pobre inocente.
Senti encantamento pela Ova. Que menina linda e talentosa. Aliás, todos os personagens são fantásticos. 
O enredo, os personagens, a fotografia, tudo muito bem construído, para dar ao telespectador momentos de emoção. Acho que ainda não tinha assistido nenhum filme turco. Gostei demais!
Em uma cena, quando o comandante (pai da menina que morreu) foi conversar com a testemunha, eu me levantei e fui ao banheiro. Sabia o que ia acontecer e não queria ver. Fui, enrolei um pouquinho e quando voltei... O Zé tinha pausado o filme. Ele não entendeu a minha saída de fininho. Ainda não aprendeu que quando saio e não peço para pausar é porque estou fugindo para não ver.
Primeira coisa que fiz assim que terminou foi colocar no grupo que tinha assistido. A Deborah e o Danilo tinham indicado fortemente para assistirmos.
Contando a história de Memo (Aras Bulut Iynemli), um pai que sofre de deficiência intelectual e é condenado injustamente à pena de morte, a produção é um remake de um longa sul-coreano aclamado de 2013. Mas ao contrário da sua versão original, que se encaixava em um gênero de drama e comédia, o filme turco se baseia muito mais no fator emocional do que em risadas. 
No longa, Memo vive em um pequeno vilarejo da Turquia com a filha, Ova (Nisa Sofiya Aksongur) e a avó, Fatma (Celile Toyon Uysal). Mas quando ele se envolve em um acidente que culmina na morte da filha de um importante comandante do exército, Memo é acusado de assassinato e condenado à morte, começando um drama pesado que passa pelo protagonista sendo espancado pelo suposto crime que cometeu, a morte da avó de Ova, e a jornada de Memo para entender ao certo o que está acontecendo com ele mesmo.
Durante o desenvolvimento do filme, Memo passa a se relacionar com seus colegas de prisão, principalmente com Askorozlu (Ilker Aksum), um tipo mafioso que passa a confiar em Memo quando o protagonista salva sua vida de uma tentativa de assassinato. Como retribuição, Askorozlu consegue exercer sua influência fora da prisão para trazer Ova para dentro, e promove uma reunião entre pai e filha na própria cela. Já neste momento, nenhum prisioneiro realmente acredita na culpa de Memo, e um sentimento de união por um bem comum une os companheiros de cela.
Em sua visita à cadeia, Ova passa pelos prisioneiros questionando qual é a “doença” de cada um, isto é, o que os levou para o confinamento. Na cena, Ova encara Yusuf (Mesut Akusta), um indivíduo que vive perturbado pelo misterioso crime que cometeu no passado. Ao se explicar para Ova, Yusuf dá a entender que matou sua própria filha. Mais tarde, quando ele conversa com o prisioneiro Hafiz, que serve como mentor espiritual do grupo, Yusuf explica que nunca será perdoado pelo que fez, e por isso não reencontrará sua filha na vida após a morte. “Se machucou sua própria filha, precisa ajudar outras crianças”, lhe responde Hafiz. O diálogo é um momento chave para entender o desfecho de Milagre na Cela 7
Quando a forca parece um fim inevitável para Memo, é a vez de seus companheiros de prisão entrarem em ação para salvar um inocente. No fim de Milagre da Cela 7, Memo não é salvo por um testemunho, mas sim pela união de forças de seus companheiros de cela, do Diretor Nail (Sarp Akkaya) e o guarda da prisão Faruk (Deniz Celiloglu). No dia da execução, Faruk organiza uma bagunça em setores distantes da cadeia, que faz com que grande parte da guarda esteja ocupada no momento. Ainda, dois amigos de Askorozlu (os mesmos dois responsáveis por infiltrar Ova na cadeia) causam um acidente veicular com o carro do comandante que estava à caminho da execução. Assim, não haveria testemunhas para ver o que realmente aconteceu na cadeia aquela noite.
No caminho de Memo à forca, ele é surpreendentemente retirado do corredor e troca de lugar com Yusuf, que é executado em seu lugar. Para o prisioneiro que se oferece como tributo (em um plano anteriormente discutido com Askorozlu e combinado com Nail e Faruk), esta é a redenção que pode salvar sua vida. Sem encontrar um perdão pelo crime que cometeu com sua filha, Yusuf vê a oportunidade de trocar sua vida pela de um inocente, que poderia seguir sua vida com uma filha pequena. Depois do enforcamento de Yusuf, Nail leva Memo até Ova e a entrega a única lembrança que o prisioneiro deixou para trás, uma cigarreira: “O homem que lhe enviou isso também te enviou seu pai”, diz o diretor para a criança. 
Memo e Ova são então colocados em um navio, com destino para fora do país e a justificativa de que fugiram para escapar a violência policial. Na prisão, a morte de Memo é registrada, e Yusuf, desaparecido, é considerado fugitivo, como se houvesse escapado no caos da noite da execução. O filme então retorna para Ova crescida e prestes a casar, segurando a cigarreira que foi lhe dada pelo homem que salvou seu pai.

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