Depois de um pouco de relutância, hoje decidi assistir este filme.
Não que ele seja ruim. Pelo contrário. Os comentários e indicações são muito
positivos. O problema é que não teve um que não chorou. Como eu já sou manteiga
derretida, fiquei enrolando. Mas depois da mancada de ontem à noite, melhor não
ficar escolhendo filmes. Quando falei para o Zé que ia ver “Milagre na Cela 7”
ele perguntou quem indicou. Ele anda meio “com o pé atrás” com as minhas
escolhas. Disse que eu não estou
acertando a mão.rsrs
Título Original: 7. Koğuştaki Mucize
Data de lançamento:
desconhecida / 2h 12min
Direção: Mehmet Ada
Öztekin
Gênero: Drama
Nacionalidade: Turquia
Sinopse: Separado de sua filha
por ser acusado de um crime que não cometeu, um homem com deficiência
intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso pela morte da filha de um
comandante. Ele passa a contar com a ajuda de seus companheiros de cela e de
quem também está do outro lado das grades.
Um filme que, do começo ao fim, a gente passa por vários sentimentos. Eu senti raiva do pai da menina que morreu, apesar de
entender o que ele estava sentindo.
Senti muita pena de Memo. Que
judiação. Como sofreu aquele pobre inocente.
Senti encantamento pela Ova. Que
menina linda e talentosa. Aliás, todos os personagens são fantásticos.
O enredo, os personagens, a
fotografia, tudo muito bem construído, para dar ao telespectador momentos de
emoção. Acho que ainda não tinha assistido nenhum filme turco. Gostei demais!
Em uma cena, quando o comandante
(pai da menina que morreu) foi conversar com a testemunha, eu me levantei e fui
ao banheiro. Sabia o que ia acontecer e não queria ver. Fui, enrolei um pouquinho
e quando voltei... O Zé tinha pausado o filme. Ele não entendeu a minha saída
de fininho. Ainda não aprendeu que quando saio e não peço para pausar é porque
estou fugindo para não ver.
Primeira coisa que fiz assim que
terminou foi colocar no grupo que tinha assistido. A Deborah e o Danilo tinham
indicado fortemente para assistirmos.
Contando a história de Memo (Aras Bulut Iynemli),
um pai que sofre de deficiência intelectual e é condenado injustamente à pena
de morte, a produção é um remake de um longa sul-coreano aclamado de 2013. Mas
ao contrário da sua versão original, que se encaixava em um gênero de drama e
comédia, o filme turco se baseia muito mais no fator emocional do que em
risadas.
No longa, Memo vive em um pequeno vilarejo da
Turquia com a filha, Ova (Nisa Sofiya Aksongur) e a avó, Fatma (Celile Toyon Uysal).
Mas quando ele se envolve em um acidente que culmina na morte da filha de um
importante comandante do exército, Memo é acusado de assassinato e condenado à
morte, começando um drama pesado que passa pelo protagonista sendo espancado
pelo suposto crime que cometeu, a morte da avó de Ova, e a jornada de Memo para
entender ao certo o que está acontecendo com ele mesmo.
Durante o desenvolvimento do filme,
Memo passa a se relacionar com seus colegas de prisão, principalmente com
Askorozlu (Ilker Aksum), um tipo mafioso que passa a confiar em
Memo quando o protagonista salva sua vida de uma tentativa de assassinato. Como
retribuição, Askorozlu consegue exercer sua influência fora da prisão para
trazer Ova para dentro, e promove uma reunião entre pai e filha na própria cela.
Já neste momento, nenhum prisioneiro realmente acredita na culpa de Memo, e um
sentimento de união por um bem comum une os companheiros de cela.
Em sua visita à cadeia, Ova passa
pelos prisioneiros questionando qual é a “doença” de cada um, isto é, o que os
levou para o confinamento. Na cena, Ova encara Yusuf (Mesut Akusta), um indivíduo que vive perturbado pelo
misterioso crime que cometeu no passado. Ao se explicar para Ova, Yusuf dá a
entender que matou sua própria filha. Mais tarde, quando ele conversa com o
prisioneiro Hafiz, que serve como mentor espiritual do grupo, Yusuf explica que
nunca será perdoado pelo que fez, e por isso não reencontrará sua filha na vida
após a morte. “Se machucou sua própria filha, precisa ajudar outras
crianças”, lhe responde Hafiz. O diálogo é um momento chave para
entender o desfecho de Milagre na Cela 7.
Quando a forca parece um fim
inevitável para Memo, é a vez de seus companheiros de prisão entrarem em ação
para salvar um inocente. No fim de Milagre da Cela 7,
Memo não é salvo por um testemunho, mas sim pela união de forças de seus
companheiros de cela, do Diretor Nail (Sarp Akkaya) e o
guarda da prisão Faruk (Deniz Celiloglu). No
dia da execução, Faruk organiza uma bagunça em setores distantes da cadeia, que
faz com que grande parte da guarda esteja ocupada no momento. Ainda, dois
amigos de Askorozlu (os mesmos dois responsáveis por infiltrar Ova na cadeia)
causam um acidente veicular com o carro do comandante que estava à caminho da
execução. Assim, não haveria testemunhas para ver o que realmente aconteceu na
cadeia aquela noite.
No caminho de Memo à forca, ele é
surpreendentemente retirado do corredor e troca de lugar com Yusuf, que é
executado em seu lugar. Para o prisioneiro que se oferece como tributo (em um
plano anteriormente discutido com Askorozlu e combinado com Nail e Faruk), esta
é a redenção que pode salvar sua vida. Sem encontrar um perdão pelo crime que
cometeu com sua filha, Yusuf vê a oportunidade de trocar sua vida pela de um
inocente, que poderia seguir sua vida com uma filha pequena. Depois do
enforcamento de Yusuf, Nail leva Memo até Ova e a entrega a única lembrança que
o prisioneiro deixou para trás, uma cigarreira: “O homem que lhe enviou
isso também te enviou seu pai”, diz o diretor para a criança.
Memo e Ova são então colocados em um
navio, com destino para fora do país e a justificativa de que fugiram para
escapar a violência policial. Na prisão, a morte de Memo é registrada, e Yusuf,
desaparecido, é considerado fugitivo, como se houvesse escapado no caos da
noite da execução. O filme então retorna para Ova crescida e prestes a casar,
segurando a cigarreira que foi lhe dada pelo homem que salvou seu pai.
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