sábado, 22 de junho de 2019

Oficina de Oração - dia do deserto


Quando dedicamos ao Senhor um dia inteiro (ao menos umas sete horas) no silêncio e na solidão, chamamos a esse dia de deserto.
E hoje foi a décima quinta sessão (e última) da Oficina de Oração que começou no mês de Março. Nos encontros com inicio às 19h, estivemos em oito oficinistas: Iolanda, Marli, Adriana, Silvia, Emerson, Daniela, Adriana Martins e eu. Foram mais de três meses onde aprendemos muitas coisas: a prática do silêncio, a ler alguns versículos da bíblia diariamente, as diversas modalidades de oração e a vivenciar - colocar em prática - o que aprendemos.
Dessa vez eu fui mais disciplinada. Acordava um pouco mais cedo que o meu horário para ler a bíblia e aplicar a modalidade. Agora que os encontros terminaram, quero ver se vou continuar firme, praticando o que aprendi. Se não conseguir volto novamente a fazer a oficina. Se bem que pretendo fazer mais vezes, até porque a gente acaba conhecendo pessoas e o que se aprende com elas é de uma riqueza muito grande.

O deserto foi mais uma vez na Casa de Retiro Betania. A Daniela e a Adriana Martins não puderam participar. Elas vão fazer com outra turma, no dia 29. Junto com a gente, estavam oficinistas de outros grupos.

Eu cheguei no horário marcado 07h30. Reunimo-nos em uma sala e, após todos chegarem, as guias fizeram a abertura (oração, canto) e deram as orientações de como fazer o deserto, que começou oficialmente às 08h30 e terminou às 12h30.

O deserto consiste em silenciar a mente e o coração, e deixar que Jesus nos conduza. Devemos apreciar tudo que há na natureza: as árvores, as flores, os animais, etc. E se sentirmos uma conexão com algum deles, conversar para saber a história deles e também contar a nossa história. Parece coisa de doido, mas não é.rsrs A gente interage com a natureza.

Bom, saindo da sala, a primeira coisa que fiz foi ir ver como estava a florzinha que conheci no deserto do ano passado. Fiquei feliz ao ver que ela está firme e forte. E o melhor... Ela não está mais sozinha.
Como estava sol, apesar de um pouco frio, dessa vez eu fui andar por fora. Dei a volta inteirinha na casa. Sentei perto da horta e achei que ali eu ia conseguir silenciar e entrar em sintonia com algo. Mas chegou um carro trazendo uma irmã. Logo em seguida um furgãozinho trazendo frutas. Fora as mulheres da limpeza que conversavam uma com a outra. Vendo que não ia conseguir o silêncio que precisava, levantei e continuei a caminhar. Fui um pouco no Santíssimo e ali falei para Jesus que estava a disposição dele. Que me usasse conforme a sua vontade.
Fui para fora novamente até que encontrei uma árvore e sentei-me embaixo dela. E ali fiquei. Li um salmo. E fiquei observando as folhas secas caídas no chão. Até que vi uma plantinha.

Pensei que seria com ela que eu ia conversar. Não era! Logo vi três pequenas aranhas saltitando, bem próximas a mim. Confesso que fiquei com medo. Não sei se era para tanto! Mas eu estava no espaço delas. Tinham todo direito de se zangarem. Pensei que talvez fosse com uma delas que eu tinha que conversar. Se ela parasse quieta até poderia. Mas ela não parava.

Eu já estava ficando preocupada. O tempo passando... Eu já tinha visto cachorro, gatos, árvores, flores, aranha, formiga...  E não consegui manter contato com nenhum deles.

Foi então que comecei a observar e ouvir o vento. Toda a manhã e por onde andei, ele se manifestou. E ali, onde eu estava, cada vez que ele passava, chacoalhava os galhos das árvores, algumas vezes derrubando suas folhas. E comecei a refletir. E percebi que o vento é como o problema - as dificuldades - que me atingem de vez em quando. Às vezes eles vêm silenciosos, como uma brisa, somente para eu despertar. Outras vezes vêm com muito barulho, muita força e me derrubam. O importante é que, de qualquer jeito eu me torno mais firme e forte.
Voltamos para a sala onde cada um deu o seu testemunho. Muito legal ouvir o que cada um viveu nas últimas horas. Fizemos leitura da bíblia, cantamos algumas músicas, fizemos algumas orações e recebemos o certificado.
Saímos todas felizes com o dia abençoado que tivemos.


Ainda nos encontraremos na missa das 19h do dia 02 de julho, para assim, oficialmente fechar os encontros.

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