terça-feira, 11 de junho de 2019

O golpe

Nós fomos para Paris sabendo que era para tomar cuidado com as bolsas, carteiras, celular, etc. Principalmente nos trens, ônibus e metrôs. E como foi o que mais fizemos por lá, estávamos bem atentos. Mas, infelizmente, por uma bobeada caímos em um golpe que não tínhamos conhecimento. Enquanto tudo acontecia, nós até desconfiamos (eu, Eliane e Bruna), só que lá no fundo a gente não acreditava isso ser possível, afinal estávamos em oito pessoas. E foi tudo muito rápido. Foi assim...

A gente estava indo para o Château de Versailles. Pegamos o ônibus externo e fomos até a avenida de France (conforme indicação do mapa do Zé). Chegando ao ponto o Gabriel acionou o GPS do celular e fomos caminhando até a Estação Bibliothèque François-Mitterrand. Chegando nela, após eles (Zé, Gabriel e Rafael) olharem mapa, GPS e mapa da estação, nós descemos as escadas para pegar o metrô. Lá dentro não tinha quase ninguém (nem guichês, nem funcionários do metrô). De repente surgiu um homem, muito bem vestido (de terno) conduzindo um grupo com uns três (ou quatro) estrangeiros (segundo o Zé eram americanos). O Zé foi até ele e perguntou sobre o trem para Versailles. Conversa vai, conversa vem (em inglês), ele falou que teríamos que comprar tickets, pois o nosso Navigo não servia no sábado. E na confusão - acho que alguém falou que quando a moça vendeu não falou isso - esse homem falou que não servia na área que iríamos. Ele quis dizer que o Palácio era fora da zona cinco. E sabe quanto cada ticket? 25 euros cada pessoa (só as crianças não pagavam). Multiplica por 4,7754463? Bom, meio que convencidos seguimos esse homem que nos conduziu para o nível superior, em um caixa eletrônico para comprar os tickets. Ele ficou falando com os americanos e apresentou outro homem (que disse ser funcionário do metrô) que iria ajudar orientando a compra dos tickets. Nós (eu, Eliane e Bruna) ficamos de longe olhando. Geralmente fazíamos isso. Deixamos para os homens essa parte de locomoção. Só vimos o Zé colocando o cartão na máquina. E o homem falando que a máquina não estava passando cartão. Que teria que ser dinheiro. Ouvi-os (o Zé eu sabia que não tinha a nossa parte) falando que não tinham tudo isso de euro (no caso 150 euros). Sei que, segundo eles, o cara colocou o cartão dele na máquina de onde saiu os tickets, o Gabriel deu os 150 euros para ele. Com os tickets na mão ele começou a caminhar e pediu que o seguíssemos. Disse que ia nos levar até o ponto do ônibus que teríamos que pegar para chegar até a estação próxima de onde finalmente pegaríamos o metrô até Versailles. Bonzinho ele, não é? Só que não!

Ele nos deixou no ponto, entregou os tickets e sumiu. Nisso nós já estávamos quase certos de que tínhamos sofrido um belo de um golpe. As desconfianças aumentaram quando vimos que o Navigo passou no ônibus. Ou seja, não era porque era sábado e não estávamos fora da zona cinco. Nossa esperança era que o Palácio estivesse fora da zona, e por isso tivemos que comprar os tickets. Perdemos a esperança quando vimos nos letreiros que fica acima da porta do metrô que Versailles estava dentro da área do Navigo. Última tentativa de ainda ter esperança de que não tínhamos sido enganados... Perguntar para a moça do setor de informações da estação. Descemos do metrô e a primeira coisa que fizemos foi falar com duas funcionárias da estação. Se vissem a cara de uma delas quando falaram o valor que pagaram pelos tickets. Enfim, o malandro vendeu dois tickets de 1 euro e 50 e os outros de 3 euros. A essa altura estávamos cansados e muito chateados. Com certeza, se não tivessem comprado os ingressos não teríamos ido. Teríamos voltado para a estação para procurar aqueles malandros e dar uma surra neles. Brincadeira.rsrs Mas que deu vontade, isso deu. Você acha que eles iam ficar lá?  Deviam estar longe, afinal já tinham ganhado o dia com a gente.

Bom, moral da história. A pressa é a inimiga da perfeição. E a união faz a força. Se tivéssemos tido calma, e nos juntado para conversar, acredito que teríamos percebido que era golpe.

Primeiro: o cara falou que o Navigo não funcionava de sábado.

Segundo: falou que não funcionava na área de Versailles.

Terceiro: até então a gente não tinha encontrado alguém com boa vontade para nos orientar, e de repente aparecem dois tão gentis.

Quarto: quem coloca o cartão próprio, sem a garantia que vão pagar?

Bobeamos geral! Vivendo, viajando e aprendendo...

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