quarta-feira, 17 de abril de 2019

Velorio e enterro da dona Odete

O Zé não ficou para o enterro da mãe. Ele estava com viagem programada - as malas prontas. Queria chegar antes de escurecer em Bom Despacho. No dia seguinte iniciaria a viagem para o Acre e de lá começariam a “Expedição Peru”.

Quando recebemos a ligação da Adriana, eu não consegui mais dormir. Fiquei preocupada. Lógico que pensei no que as pessoas iam falar. O único filho não está presente. Mas, por outro lado, sei que, depois que a pessoa morre nada mais faz diferença. O que tinha para ser feito era enquanto ela estava viva. E isso ele fez! Cuidou dela quando foi preciso e despediu dela no hospital.

O velório e o enterro seriam mais para cumprir formalidades. E ele saiu para a sua viagem às 6 horas da manhã. Fiquei eu para dar a notícia para a minha família – e dizer que ele não estaria presente - e ir ao velório e enterro.

O velório começou a partir das 11 horas. E o enterro seria às 16 horas. Eu fui às 14 horas com a Eliane e a Adriana. Eu estava muito nervosa. Não sabia como seria.

Chegando na capela, logo na entrada estavam a Adriana Rangel (companheira da Adriana), a Simone, a Paola, a Adriana e a Beth (prima do Zé). Cumprimentei-as. A Adriana falou que estava encantada com a minha família. Não entendi, mas quando olhei nos primeiros bancos, estavam ali minhas tias: Suzie, Janete e meu padrinho Roberto. Estavam também a Shirlei e o Marquinhos.  Então entendi o que ela quis dizer.

No banco, ao lado e conversando com as minhas tias estava a Maria Inês (ou Marinês – nunca soube direito como é), namorada do Zé Carlos – primo do Zé. Depois chegou o Sandro e a Kelly. O Marcos. E por último o Sergio e a Karen. Quando eu ainda estava em casa, o Marcos tinha ligado, para saber se iam fazer a celebração das exéquias. Falei para ele que não tinha “liberdade” o suficiente para falar sobre isso com as irmãs do Zé. Falei para ele levar os paramentos e caso fosse necessário ele faria. Então, quando ele chegou, foi conversar com a Adriana. Ela falou que sabia que iam fazer, mas não sabia mais nada. E falou para ele ficar a vontade para ver. Às 15 horas ele convidou os familiares e amigos para a celebração.

Ele ficou do lado direito (da dona Odete) e ao lado dele a ministra. Em seguida, ele pediu para os familiares ficarem do outro lado. Ficaram a Adriana, Simone, Paola e Carolina. Eu e Rangel ficamos em frente aos bancos.

Ele explicou que, quando não tem padre ou diácono disponível quem faz a celebração é um ministro ou ministra. No caso ia ser a ministra. E quando, no recinto tem algum padre ou diácono, eles devem assumir e conduzir a celebração. E por isso ele estava ali.

Eu estava preocupada. Com receio das irmãs (mais a Simone) chiarem porque ele é meu irmão. Mas elas tinham que entender que naquele momento ele estava representando Deus. Não a mim! Nem ao Zé! Foi uma cerimônia abençoada. Depois vi algumas pessoas cumprimentando o Marcos e dando os parabéns pelas “belas palavras”. Eu estava tão preocupada com a reação das irmãs que não guardei o que ele falou.

Além dos meus familiares, conversei um pouco com a Rosa, a Luzia, tio Delei e tia Nair. O Carlos da Miami me cumprimentou. Em outro momento, a Sandra – prima do Zé.

Vi por ali o Zezito (marido da Sandra), o Eninho (irmão da Sandra), a Mônica (prima do Zé). Vi que tinha muitos amigos e amigas da Adriana. E outras pessoas que já não sei se eram amigos da Simone, ou parentes.

Eu estava amparada pela minha família, mas não foi fácil ficar ali. Clima hostil*. Por isso entendi perfeitamente o motivo do Zé não fazer questão de estar presente. Afinal, da parte dele, a única pessoa que ele tinha certeza absoluta que amava ele... Estava dentro do caixão. 

* Na próxima postagem vou tentar explicar porque fiquei nervosa e achei que o clima era de hostilidade.

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