quinta-feira, 1 de abril de 2021

Eu e a Congregação Cristã no Brasil

Como na postagem anterior contei que um dia eu pertenci a religião “Congregação Cristã no Brasil”, vou explicar como cheguei à ela.

Eu estava trabalhando na Orsatti. Uma empresa de terraplenagem que ficava no bairro Mansões Santo Antônio. Trabalhei lá de 20 de Janeiro de 1988 a 25 de Setembro de 1988. Nesta empresa conheci a mulher que fazia a limpeza. Não lembro ao certo, mas acho que o nome dela era Nice. Dona Nice.

Eu comecei a admirar umas atitudes dela. Por exemplo. Um dia a gente estava conversando. Eu, ela e outros funcionários. Quando começou-se a falar de uma pessoa que não estava ali, a dona Nice imediatamente se retirou. Aconteceu várias vezes. E teve uma vez que eu estava com um problema. E pedi conselho à ela. Ela ouviu e se retirou. Voltou um tempo depois (não sei dizer ao certo quanto tempo) com o conselho. Então perguntei porque ela não falou na hora. Ela falou que tinha ido conversar com o Senhor. Disse que tinha ido ao banheiro dobrar os joelhos e orar, pedindo uma resposta.

Eu gostava muito de conversar com ela. E foi assim que ela me convidou para ir à igreja dela. Ela morava no Jardim São Marcos - ou Jardim Santa Mônica. Esses dois bairros são colados. No fim andava pelos dois. Porque lembro de ter ido na igreja do São Marcos na do Santa Mônica. Fui várias vezes no culto da noite. Fui também de fim de semana. Até começar a ir na igreja que tinha perto da minha casa. Não lembro em qual fui batizada. Com certeza em nenhuma dessas três. Talvez uma na cidade.

Deixei de usar calça comprida. Só usava saias abaixo do joelho. Doei meus brincos, anéis e pulseiras. Provavelmente devo ter deixado de raspar pernas e axilas. Coisas proibidas para adeptos dessa religião.

Nessa época eu já estava noiva do Rubens. Não faço a menor ideia do que ele pensou de tudo isso. Na verdade, a gente não estava bem. Ficávamos indo e vindo.

Uma noite estava no culto, na igreja perto de casa. Teve um momento que falaram no microfone que o Rubens estava na porta e queria falar com Margareth. Não sei porque não ouvi o recado. Só fiquei sabendo quando cheguei em casa e o Rubens estava me esperando. Ele disse que tinha ido à igreja para falar comigo.

Ele foi pedir minha mão em casamento. Disse que o pai dele falou que era pra gente decidir. Ou casava ou separava de vez. O pai dele falou isso porque foi ele que construiu nossa casa (foi o pedreiro). E estava cansado de começar e parar. Pois, cada vez que a gente brigava... Parava a construção.

Eu aceitei o pedido do Rubens e nos casamos no dia 22 de Outubro daquele mesmo ano. Menos de um mês depois do pedido. Por eu não estar frequentando a religião católica e o Rubens não fazer questão, não nos casamos no religioso. E depois de casada não voltei à Congregação.

Hoje, escrevendo esta história, vejo que tudo aconteceu muito rápido. De tudo, o que ficou bem gravado para mim, foram os dois exemplos da Dona Nice: Nunca ficar em um lugar onde estejam falando de quem não está presente. E sempre, antes de tomar alguma atitude, ou falar alguma coisa, dobrar os joelhos e conversar com Deus!

Se aplico isso na minha vida? Nem sempre! Infelizmente!!

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