sábado, 18 de novembro de 2017

Dias cinzentos (parte 6): Os negócios

Eu não parava em pé. Passa os dias e as noites deitada. A maioria das vezes trancada no quarto. O rádio ficava o dia inteiro sintonizado no programa “Momento de fé” do Padre Marcelo Rossi e na programação da Canção Nova. Tentava me alimentar disso, porque no mais, não queria saber de nada. Queria morrer! E ao mesmo tempo pedia a Deus para aguentar mais um dia. E mais um dia. Sabia que o tempo iria me ajudar a superar esses dias cinzentos.
Sabia que tinha que vender os imóveis. Comprar algo para sair do aluguel. Arrumar trabalho. Mas eu só queria ficar deitada.
Quantas e quantas vezes minha mãe foi em casa levar comida. A Jacqueline passava com pão para tomarmos café juntas, e com isso ela me fazia comer. Minha tia Janete também me deu floral de Bach para tomar. Comprou também aquelas vitamina “Centrum de A a Z”. Eu não tinha vontade de nada e emagrecia dia a dia. Nessa época comecei a passar pelo médico do postinho. Inclusive psicólogo. Também usava medicamentos para acalmar.
Mesmo em meio a essa confusão mental que eu vivia, eu dei continuidade nos negócios. Não lembro se fui eu, ou a Adriana que falou para o Diogo que eu estava vendendo a chácara. Como ele mexia com compra e venda de imóveis falou que ia anunciar. Paralelamente mandei fazer uma faixa anunciando a venda e fui colocar na chácara. Nessa fase eu estava sempre com a Jacqueline e a Adriana, correndo atrás dessas coisas. Então, não lembro se a ideia partia de mim, ou delas. E qual das duas me levou para fazer a faixa. Na chácara para colocar a faixa. Já a casa de Araçatuba eu avisei minha prima Lucia Helena que estava vendendo.
Também não lembro como vendi nenhum dos dois. Lembro-me de ter ido ao cartório de Monte Mor para assinar os papéis de venda da chácara. E de ter ido a Araçatuba assinar os papéis de venda da casa. Por quanto vendi lembro menos ainda. Não devo ter pegado muito, porque comprei a casa do Parque Santa Barbara por R$ 39.000,00 e eu só tinha R$ 33.000,00. Os outros R$ 6.000,00 emprestei da cooperativa.
E como fiquei sabendo dessa casa? Tem coisas que a gente diz que é o destino. Eu trabalhei “uma semana” em uma padaria no bairro. E um dia, apareceu lá o Sr.Efrain, que é corretor ali no bairro. Comentei com ele que estava procurando uma casa para comprar e ele falou dessa que eu comprei. Apesar de ser uma casa grande, ela não estava muito cara, porque era na rua de terra e não tinha acabamento do lado de fora.
E assim, vencendo o contrato de 06 meses do aluguel, eu estava me mudando para a casa própria, no Parque Santa Bárbara. Para a mudança contratei novamente o mesmo senhor (e os dois filhos). E a Jacqueline ajudou a levar algumas coisas no carro dela – Parati.
Nessa época, a Adriana estava se afastando um pouco de mim, porque estava cansada da palhaçada minha e do Rubens. Pois, ele ia e vinha quando bem entendia. Mas, sobre isso vou falar na próxima postagem...

P.S. Em outubro de 2014 eu fiz esta postagem sobre o emprego da padaria.
Em junho de 2013 eu fiz esta postagem sobre a casa do Santa Bárbara.

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