Sexta-feira, como já é de costume, o Zé começa a fuçar na
internet para saber o que teremos de eventos para o fim-de-semana.
Ele sugeriu a peça “Pirou?” que estava em cartaz no Teatro Liceu.
Fiquei animada com o título, por ser comédia, só que...
Na sinopse estava escrito: "trata-se de um grupo de atores-terapeutas que entram neste tratamento
junto com a platéia". Huum, não gostei nada disso! Falei para o Zé que ia acabar sobrando pra gente. Então ele desistiu e resolveu fuçar mais um pouquinho.
Passado alguns minutos, ele manda outro e-mail com outra
sugestão. A peça “Ninguém é de Ninguém”, romance, de Zíbia Gasparetto, pelo
espírito Lúcius.
Dei uma olhada na sinopse e achei interessante. O Zé ficou meio receoso (tem os motivos dele.rss) mas aceitou de irmos ver esse espetáculo.
Dei uma olhada na sinopse e achei interessante. O Zé ficou meio receoso (tem os motivos dele.rss) mas aceitou de irmos ver esse espetáculo.
Na noite de sexta-feira ele foi na bilheteria do teatro comprar os ingressos. Ele está ficando ousado.rss Comprou os lugares B18 e B19, 2ª
fileira, bem ali... NO MEIO. Que perigo!
Mas ainda bem que essa peça não envolvia a platéia, pelo
menos não no sentido de ter que interagir com eles. Envolvente foi, porque
chorei bastante. A história é um pouco dramática. Faz-nos pensar e repensar nas
nossas atitudes, em acontecimentos pelo qual passamos. Lembrei-me de algumas
palavras da minha irmã (que provavelmente vai ler o que estou escrevendo),
quando eu estava revoltada com o fim do meu casamento. Na época não entendi,
não aceitei.
Voltando a peça... Tive a impressão de que conhecia um ou outro ator, mas pelo jeito, foi só impressão mesmo. Todos são
muito bons, até porque o enredo exige muita concentração, devido a quantidade
de “falas”. O Dr.Aurélio chegou até a se perder em alguns momentos, o que fez a
platéia dar boas risadas. E eles (atores) também.rss
Sergio Lelys produtor e diretor do espetáculo, nos proporcionou momentos de descontração e muitas gargalhadas no papel da empregada Nicete. Ele também fez o papel de um dos membros do “Centro Espírita”.
Acredito que a maioria das pessoas que foram assistir a esse
espetáculo sejam kardecistas ou, no mínimo simpatizantes, porque apesar do que
diz na sinopse: que ‘Ninguém é de Ninguém
é um espetáculo para as mais amplas e
diferenciadas plateias, não havendo restrições de religiões, doutrinas ou
crenças’, acho que os católicos praticantes (ou como diz a linguagem popular
“mais fervorosos”) e os evangélicos não iriam gostar nada, afinal, no espetáculo
houve sessões (encontros) onde os espíritos se manifestam. Se bem que, acredito
que essas pessoas, nem se atreveriam a ir assistir essa peça sabendo de antemão
do que se trata. Mas... Sei lá. Existem curiosos pra tudo!!rss![]() |
Folder do espetáculo - à direita Sérgio Lelys |
Sinopse:
Após levar um golpe do sócio Neumes, a empresa de Roberto –
ele trabalha no ramo da construção civil – vai à falência. Gabriela, que além
de sua esposa é uma mulher muito bonita, independente e batalhadora, assume a
responsabilidade financeira da família com a ajuda de sua fiel amiga Nicete,
que cuida de sua casa e dos filhos sempre de bom humor e alto astral, não permitindo
que a família desmorone. Roberto, muito machista e com conceitos ultrapassados,
não se conforma com a situação e entra em profunda depressão, levando-o a
aliar-se à Gioconda, esposa de Renato, um empresário de alto poder aquisitivo
que acaba por despertar um ciúme doentio em Roberto, uma vez que é patrão de
Gabriela. No decorrer da história, Roberto contará com a ajuda de um médico
psiquiatra, o Dr. Aurélio, para sair dessa terrível crise na qual ele se
encontra.
Com mais de um milhão e
meio de cópias vendidas em todo o país, a obra “Ninguém é de Ninguém” de Zíbia
Gasparetto, pelo espírito Lúcius – chega no Teatro Brasil Kirin.
Há quem pense que sentir ciúme é provar que se ama ardentemente.
Até descobrir que ele transforma sua vida amorosa em dolorosa tragédia, que termina em amarga separação.
Há quem pense que sentir ciúme é provar que se ama ardentemente.
Até descobrir que ele transforma sua vida amorosa em dolorosa tragédia, que termina em amarga separação.
O enredo torna evidente
que, se fizermos as contas, perceberemos que sofremos mais com as pessoas que
amamos do que com aquelas que nos odeiam. Distante da visão idealizada do amor,
no enredo, o sentimento é retratado em diversas vertentes e mostra casos em que
relacionamentos com ciúme se tornam um tipo de obsessão.
O espetáculo emociona e o espectador leva para casa uma linda lição de vida.
O espetáculo emociona e o espectador leva para casa uma linda lição de vida.
Ninguém é de Ninguém é um espetáculo para as mais
amplas e diferenciadas platéias, não havendo restrições de religiões, doutrinas
ou crenças. A peça é um romance,
uma história de superação onde se é possível rir, emocionar e refletir sobre
ciúmes, apego, traição e principalmente sobre o falso e o verdadeiro amor, percebendo-se
que a vida afetiva é um constante exercício de autodomínio, e que só possuímos
a nós mesmos, pois Ninguém é de Ninguém.
A concepção da direção prima como foco principal o texto e o ator em suas potencialidades como intérprete, abrindo mão de uma cenografia realista. O desenrolar da história fica a cargo de uma narração, magistralmente interpretada pelo ator Elcio Romar que transporta o espectador para dentro da história que está sendo encenada. O texto traz uma dose de humor inteligente e sofisticado, o que permite a platéia além de se emocionar e refletir, também se divertir com algumas personagens tão reais que parecem conviver conosco em nosso cotidiano.
A concepção da direção prima como foco principal o texto e o ator em suas potencialidades como intérprete, abrindo mão de uma cenografia realista. O desenrolar da história fica a cargo de uma narração, magistralmente interpretada pelo ator Elcio Romar que transporta o espectador para dentro da história que está sendo encenada. O texto traz uma dose de humor inteligente e sofisticado, o que permite a platéia além de se emocionar e refletir, também se divertir com algumas personagens tão reais que parecem conviver conosco em nosso cotidiano.
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