sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Voltando à estaca zero (1)

Ontem, após a confraternização, eu e a Fran saímos juntas da pizzaria. Ela chamou o Uber. Esperei ela pegar o Uber e entrei no aplicativo para chamar um pra mim. Nisso atravessaram a rua, vindo para o meu lado um casal com três filhos. O homem empurrava um carrinho de bebê, e ao seu lado uma das crianças. Eles passaram por mim e continuaram andando. A mulher veio até mim. Ela estava com um bebê no colo e ao seu lado um menino de uns sete anos. Ela começou a falar e eu meio que não estava prestando atenção, porque estava com o Uber engatilhado, faltando somente confirmar a partida. Por fim resolvi ouvir o que ela falava. Ela perguntou se eu podia comprar um pacote de fraldas para a filha dela. Falou que o marido estava desempregado.
Como eu estava sem dinheiro, falei que eu teria que comprar. Olhei e vi que na nossa frente, do outro lado da rua tinha uma farmácia. Chamei a mulher e fomos até lá.
Entrando na farmácia, procurei na prateleira e peguei um pacote grande com a fralda tamanho G (que foi o que ela pediu). Fomos para o caixa. Enquanto aguardava a funcionária da farmácia, vi que o garoto estava olhando para as balas. Perguntei se ele queria. Tenho comigo que criança não pode ver as coisas de comer e ficar com vontade. Sei o que é isso. Quando a funcionária chegou no caixa, a mulher disse que o bebê que estava no colo fez cocô. Na verdade ela me mostrou. Tinha vazado e sujado toda a roupa (sabe aquele cocozinho amarelo de bebê? O próprio). Então a mulher pediu para eu comprar fralda para o bebê também.
Falei que então não ia comprar o pacote grande do tamanho G. Pegaria dois pequenos. Um "G" e um "P". E foi o que fiz.
Passei as compras, entreguei para a mulher e saí da farmácia para chamar o Uber. 
Hoje estou aqui pensando...
Sei que devo ajudar as pessoas. É o que eu tenho pedido a Deus, nas minhas orações. Quero ser útil. Mas...
Por outro lado, me vem na mente pensamentos como... 1°) meu neto também usa fralda. Se a intenção é ajudar, poderia ter comprado para ele.
2°) o pacote que a mulher pediu é para a filha de 04 anos. Nessa idade já não era para estar fora das fraldas?
3°) na minha época eu usava fralda de pano nos meus filhos. Hoje em dia até "pedinte" usa fralda descartável. 
Enfim, na hora comprei por vários motivos. O principal é porque não sei se é Jesus que está pedindo. E, se era, agora ele sabe que dei e depois (hoje) me arrependi. 
Sendo assim, no quesito “ajudar ao próximo”, voltei à estaca zero!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Ficarei muito feliz com seu comentário. Só peço que coloque seu nome para que eu possa responder, caso necessário. Obrigada!