Convivendo com as diferenças

Teve uma época da minha vida que me sentia “um peixe fora d’agua”, “uma estranha no ninho”, sentia que não pertencia a este mundo. Isso por não concordar com a maioria.

Quando este sentimento de exclusão é com as pessoas de um modo geral, não me entristeço tanto, afinal não sou obrigada a pensar como o mundo. Problema é quando sinto isso em relação à família.

Não é de hoje que tenho pensamentos diferentes da minha família. Senti muito forte essa diferença na época da eleição. Para quem me acompanha, sabe que não votei no Bolsonaro. Não o odeio. Mas também não o tenho como “mito”. Também não sou petista. Como alguns já me acusaram. Não sou partidária. Meu voto depende de eu gostar ou não do político.

Agora vi outra diferença entre nós. Eu não vou tomar a vacina. Primeiro porque tenho medo (de agulha, de injeção, de vacina). Tanto que nunca tomei a vacina H1N1. Por aí podem ver que vacina não é muito minha praia. Fujo enquanto puder. Agora, quanto à vacina da Covid tenho certo receio, porque acho que foi produzida muito rápido. Não estou julgando os Biomédicos, só acho que “a pressa é inimiga da perfeição”. E por fim, acho que a maioria das pessoas que estão ansiosas para tomar, é porque tem muito medo do vírus, e por causa disso ficaram praticamente isoladas durante todo este tempo. Eu não fiquei isolada, como já falei em outras postagens. Minha vida seguiu dentro do que foi possível,  sempre tomando os devidos cuidados. Isso não quer dizer que não tenho medo do vírus. Tenho! Mas não posso viver em função dele.

Mas, voltando sobre as diferenças, no sábado eu expus minha opinião no grupo dos irmãos sobre a vacina. Até porque vi algumas matérias sobre a não eficácia da vacina nos idosos. E estava um pouco tensa porque minha professora de Pilates tinha tomado na quinta-feira e teve uma reação muito forte (febre e dor no corpo). Fiquei preocupada com minha mãe. Mas, tanto ela, como meus irmãos vão tomar, independente de qualquer coisa. Principalmente a questão da reação. Não ouviram falar de reações. E do que ouviram, disseram ser Fake News.

Mesmo aborrecida ou incomodada com tudo isso, tenho minha opinião, e não vou mudar só porque estou praticamente sozinha. Pensa que não me questiono se a errada não sou eu? Afinal, a maioria está do outro lado.

Enfim... Se eu estiver errada, e preciso mudar de opinião, o tempo dirá. E se vou tomar a vacina, também só o tempo dirá.