Após deixar minha mãe e a Silvana no hospital, fui
para o trabalho.
Durante o dia a Silvana ficou mandando mensagens no
grupo com as medições da minha mãe. Não estavam conseguindo ver os batimentos,
saturação e pressão. Tentaram duas vezes. Eu comentei que o braço esquerdo da
minha mãe estava frio. Se tinham tentado o braço direito. Silvana disse que
tentaram nos dois.
Logo após o almoço ela escreveu que o Claudinho tinha ido
visitar minha mãe. E que o Victor também estava lá. Victor foi para ver minha
mãe e fazer companhia para a Silvana. Ele tinha me falado ontem que iria fazer
isso. Na verdade, ele falou de ficar de acompanhante, mas comentei com ele que, por mais que a Silvana estivesse cansada ela ia ficar. E foi o que aconteceu.
Um pouco antes das 15h a Adriana perguntou se tinha
alguém lá ainda. E depois fez-se silêncio no grupo.
Passou uns minutos e o Zé me mandou mensagem com um áudio para a minha mãe.
Pediu para eu colocar para ela ouvir. Falei para ele que iria ver minha mãe somente
amanhã, então ia mandar para a Silvana colocar para ela ouvir.
Estava mandando mensagem para a Silvana, no
particular, e vi que ela escreveu no grupo dos “irmãos”... A mãe descansou! Eu
ainda, sem acreditar, perguntei se ela tinha morrido. E ela confirmou. E disse
que a Adriana estava com ela. Comecei a chorar.
Saí do trabalho, encontrei com o Bruno e fomos para o hospital. Victor avisou ao Bruno que eles estavam no jardim, na frente do hospital. Fomos para lá. Esperamos junto com a Adriana e Henrique, a Silvana chegar com o papel do médico, atestando o óbito. Logo chegou a Letícia e o Danilo. Henrique, Adriana e Silvana foram para a Setec. Eu e os filhos fomos para a casa da minha mãe.
Chegamos e o Sandro chegou logo atrás. Ele que deu a notícia para o Nego. O pessoal foi chegando aos poucos. Eu fui fazer chá e café. Arrumar as roupas da minha mãe e procurar a Certidão de Casamento.
Silvana, Adriana e Henrique chegaram e encarregaram o Marcos e o Sandro de irem na Serra e Setec levar as roupas e os documentos.
Enquanto isso a Thayse providenciou a imagem e mensagem do velório e enterro. Quando eles voltaram, só faltou definir o horário do enterro, pois tinha que ver no cemitério e isso, somente amanhã cedo. Marcos vai no cemitério logo às 7h e vai nos avisar. E esperar o corpo da minha mãe chegar.
Nessas horas muitas são as perguntas. O nosso consolo
foi a Silvana e Adriana estarem segurando a mão da minha mãe quando ela se foi.
A Silvana contou que minha mãe parou de respirar umas três vezes. Parava e
voltava. A Silvana olhava para a Adriana. E o último a Silvana disse que foi um
bem ruidoso e que o corpo chegou a estremecer. Ela disse que assustou, mas a
Adriana falou que é normal.
O Sandro confirmou. Disse que é o sopro de Deus!
Assim como tem o sopro que dá a vida, tem o sopro da morte. Ouvindo isso
ficamos aliviados, por saber que minha mãe não sofreu.
A Silvana contou mais um pouco do dia. Que ela limpou
a boca da minha mãe e das idas dela atrás da enfermeira. Porque as enfermeiras,
ao não conseguir ver saturação, etc, saíam dizendo que iam falar com o médico e
não voltavam. Então a Silvana ia atrás. Até que uma enfermeira pegou ela pela
mão e falou: você sabe, né? A Silvana disse que falou: eu sei! E voltava para o
quarto. A Silvana sabe, a gente sabe, mas quem quer acreditar?
E ainda não
estamos acreditando!
Aos poucos o pessoal foi indo embora. Eu fiquei na
casa da minha mãe, para ir com a Silvana e o Álvaro, para o cemitério. Estava
exausta, corpo dolorido. Silvana mais ainda. Tomamos Dorflex para conseguir
dormir. Amanhã o dia vai ser duro!
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