Eu comentei na minha postagem do filme "Resgate do Coração", que
assisti no dia 28 de dezembro, que estranhei o pedido de separação do marido da
protagonista. Meu estranhamento é porque ele não deu um motivo
"justo e aparente".
Ontem estava navegando na internet e vi uma matéria que acho que explica a atitude dele. Veja o que diz a matéria 👇
Foi-se o tempo em que pessoas acima de 50 anos continuavam em um
casamento morno, apenas por estarem juntas há décadas. Tanto é que vem
crescendo o número de separações nessa faixa etária: cerca de 30% dos
divórcios, atualmente, acontecem após os 50, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) – em 2010, esse índice era de
menos de 10%.
Uma das razões para isso seria o aumento da expectativa de vida, somada à
aposentadoria e ao empoderamento feminino. Já existe até mesmo um termo para
tal fenômeno: “divórcio cinza” ou “grey divorce”, criado por pesquisadores
americanos para definir a tendência que está em alta também nos Estados Unidos
e na Europa.
Com filhos adultos e, muitas vezes, morando fora da casa dos pais, marido
e mulher podem notar uma falta de proximidade mais explícita – o que acaba
fazendo com que repensem a relação. E, com mais uns 30 anos de vida pela
frente, por que não aproveitar o tempo de outra forma, investindo em si mesmo,
realizando aquele projeto que por anos ficou engavetado? Ou até mesmo vivendo
um novo relacionamento.
_ Com o aumento da expectativa de vida e o ganho de qualidade na terceira
idade, as pessoas têm optado por mudanças na sua forma de se relacionar. Muitas
vezes entendem que o casamento pode ser um impeditivo para colocar em prática
planos que cultivam, por isso preferem seguir seu caminho sozinhas ou com
outros parceiros que estejam mais de acordo com seus sonhos — analisa Fernanda
Leitão, tabeliã do 15º Ofício de Notas.
Além de o divórcio não ser visto mais como um tabu, há também a
valorização da independência da mulher. Trabalhar o empoderamento feminino tem
mostrado o quanto é importante a mulher acreditar em si mesma, em todos os
sentidos, e não tolerar mais situações que a façam duvidar do seu potencial,
tenha a idade que ela tiver.
— Com o tempo, senti que minha vida estava amarrada a uma pessoa que não
pensava mais como eu, que não compartilhava os mesmos sonhos comigo. A
separação não foi uma decisão simples, mas ao mesmo tempo, para mim, teve
desdobramentos incríveis. Hoje posso planejar minhas viagens e até traçar
mudanças de carreira — compara a engenheira Fernanda de Souza, de 58 anos, que
há dois terminou uma relação de 27 anos.
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