Semana passada a Tati disse que assistiu a esse filme. Comentou meio por
cima. Inclusive que é baseado em uma história real. Foi falar isso e fiquei
interessada. Anotei para assistir quando pudesse. Hoje deu. Ele está na
Netflix. Assistimos eu e o Zé.
Título original: Il Treno dei Bambini
Data de lançamento: 05 de dezembro de 2024 em Netflix | 1h 46min
Direção: Cristina Comencini | Roteiro Cristina Comencini, Furio
Andreotti
Elenco: Christian Cervone, Barbara Ronchi, Serena Rossi
Gênero: Drama, Histórico
Sinopse: O Trem Italiano da Felicidade é um longa de adaptação do
romance best-seller de Viola Ardone. A narrativa situa-se em 1946, na cidade de
Nápoles, logo após a Segunda Guerra Mundial. Amerigo Speranza (Stefano Accorsi)
é um garotinho de sete anos que nunca saiu de Nápoles, onde mora com sua mãe,
Antonietta (Serena Rossi). Seu mundo é composto por ruas e pobreza, mas tudo
mudou quando o mesmo embarca em um dos trens da felicidade, rumo a uma aventura
extraordinária que mudará sua vida para sempre. Ali, a criança passará o
inverno no Norte e conhece a jovem Derna (Barbara Ronchi), que o receberá e
cuidará dele. Ao lado de Derna, Amerigo adquire uma consciência que o colocará
em uma escolha dolorosa a respeito da sua vida. Ele levará muitos anos para
descobrir a verdade: quem te ama não te segura, mas te deixa ir. O filme
explora temas como pobreza, resiliência e humanidade, oferecendo uma visão
emocionante e profunda de uma Itália marcada pela guerra, mas cheia de
esperança.
Terminei de assistir ao filme e fui dar uma olhadinha na internet. Queria
saber mais. Vi que os personagens são fictícios. Mas o trem realmente existiu.
As crianças ficavam uma média de seis meses com as famílias do Norte e depois
voltavam para casa.
Muito triste a cena em que as crianças ficam apavoradas, pois temiam o
que poderia acontecer com elas, depois que entrassem no trem. Tinha umas
senhoras que falavam que elas estavam sendo levadas para serem torturadas ou
mortas. Coitadinhas.
Os pais também ficavam apreensivos, mas confiaram em Maddalena, uma jovem
que encabeçava a viagem e se responsabilizava pelas crianças.
No fim a gente dá risada porque, achando que iam fazer mal para elas, as
crianças resistiam a todo gesto ou tentativa de ajuda dos adultos. Por exemplo,
assim que desceram do trem elas foram para um alojamento onde serviram comida
para elas. Mas elas não queriam comer. Achavam que a comida estava com veneno.
Foi preciso que Maddalena comesse um pedaço da mortadela, para que perdessem o
medo e comessem a comida.
Enfim, cada criança foi acolhida por uma família. Elas recebiam
alimentos, roupas, educação e carinho. Pois até isso muitas vezes não recebiam
de seus pais, pois eles estavam muito ocupados tentando sobreviver.
Eu gostei muito do filme e da história em si. Muito reconfortante saber
que crianças tiveram oportunidade, e que pessoas que podiam
mais, se ofereceram para acolhê-las. Não consigo imaginar isso, hoje em dia. As pessoas andam cada vez mais egoístas. Infelizmente!
E para finalizar, no filme tem uma frase, que conheço escrito de outra maneira, mas com o mesmo sentido, e que acho muito intensa e verdadeira: quem te ama não te segura, mas te deixa ir.