segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Não querer ficar na escola

Do sofá da minha sala eu vejo o Colégio Adventista. E de manhã, enquanto coloco o calçado, fico observando os pais, deixando seus filhos.

Hoje um chamou a minha atenção. O pai parou a caminhonete, em cima da calçada, quase em frente a porta de entrada. Desceu do carro e foi até a porta com seu pequeno filho. Que deve ter uns cinco anos.

Ele voltou para o carro e quando estava entrando, o menino veio correndo para o carro. O pai desceu e foi para a porta da escola com o filho.

Ali eles ficaram. Pelo jeito, o pai tentando convencer o filho ficar. Uma outra vez ele virou para ir ao carro, mas o filho correu até ele.

Eu fiquei olhando. Vendo a cena e pensando. Por que será que o menino não quer ficar? Está sofrendo bullying? Não gosta da escola? Da professora? Dos coleguinhas? Ou ele está fazendo manha?

O que o pai deve fazer? Se levar embora e for manha, vai ficar refém do filho (nem parece que estou falando de uma criança). Se obriga a ficar e o menino está sendo oprimido, pode ser muito mal para o futuro dele.

E o tempo foi passando... Eu observando... E os dois lá...

Não sei como terminou, pois precisei ir trabalhar. Espero que tudo tenha terminado bem. Para ambos.

Eu espero que aquele pai tenha tido a sabedoria de entender o que está se passando com o filho. Porque eu não tive! Explico...

Passei por isso. Quando a Letícia estava na segunda 2ª série. Teve uma manhã que ela não quis ir para a escola.

Ela e o Danilo estudavam no período da manhã, na E.E.André Fort. E o Bruno na E.E.Profª Hercy Moraes. O Rubens levava os três de carro.

Naquela manhã a Letícia deu um show. Chorou. Gritou. Parecia uma perereca agarrada nos cantos da porta do carro. Sei que o Rubens não conseguiu que ela entrasse no carro.

Lembro que falei que ela ia ficar em casa, mas que, se pensava que ia ficar no vídeo game ou assistindo televisão, estava muito enganada.

Ela ficou em casa. E eu não me lembro de termos tido alguma conversa, de mãe para filha. De adulta para criança. Ao menos uma conversa. Esse episódio faz parte de mais um, da série “meus arrependimentos”.

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