segunda-feira, 22 de setembro de 2025

2° dia de viagem: Chegada em Nice

Entramos na van, no aeroporto de Nice. Uma van preta, chique, confortável e enorme. Eu me ajeitei no banco. Zé tinha falado que do aeroporto até o hotel seria mais ou menos umas duas horas. Saindo do aeroporto o veículo seguiu na avenida por uns metros, deu meia volta pegando o sentido contrário da avenida e mais uns metros, parou. Eu não entendi. Ele falou que tinha chegado no hotel. Não deu nem dez minutos. Não deu nem para esquentar o banco. Inacreditável! O hotel fica em frente ao aeroporto. Era só atravessar a avenida.🤦🏼‍♀️





Eu fiquei até com vergonha do motorista. Ele deve ter pensado: preguiçoso esses dois.rsrs Nosso hotel é o Campanile Prime, caminhamos até a entrada do hotel, entramos e enquanto o Zé fazia o check-in eu fiquei observando, e fotografando tudo. 




Subimos ao quarto para descarregar as malas. E tomar um demorado e relaxante banho. O quarto é estilo ibis. Com vista para o aeroporto.rsrs






A gente estava inconformado. Zé mandou mensagem para a Rosana (da Vereda Turismo), para falar que se a gente for ficar nesse mesmo hotel, na volta, não vai ser necessário pagar translado. Não custa tentar, afinal foi cobrado um pouco mais de R$ 400,00 por pessoa (72 euros) pelo translado.

Quando Zé estava fazendo check-in vi que o restaurante estava funcionando, então descemos para comer nele. Ao lado do balcão da recepção – e entrada do restaurante – tem uma placa com o valor do buffet.

Falamos que cada um ia pegar o buffet quente. Quando fui olhar a mesa do buffet, só tinha arroz e batata frita, que eu comeria. Tinha sobras de carne de porco e de peixe. Não como nenhum dos dois. Então Zé perguntou se tinha lanche. O atendente disse que sim. Então pedi um hambúrguer com batatas fritas. Sentei-me à mesa, enquanto o Zé fazia o prato dele. Não demorou e o rapaz voltou dizendo que não tinha hambúrguer. E sugeriu eu pegar algo do refrigerador que fica na recepção e esquentar no micro-ondas. Sem muita opção, peguei esse.



Peguei o lanche no freezer e não sabia como usar o micro-ondas. Perguntei para a moça da recepção. Ela não me entendia e falou com a outra moça, que fala português. Essa outra moça não soube – ou não quis – me ajudar. A cena era essa: eu segurando o lanche na mão, olhando para elas e elas olhando para mim. Eu já estava quase devolvendo o lanche no freezer e ia deixar por isso mesmo. Nisso veio um rapaz (que pelo jeito é funcionário do hotel), que viu que algo estava acontecendo e parou diante de mim. Eu falei que não sabia usar o micro-ondas. Primeiro ele falou que eu tinha que levar na lanchonete para eles anotarem o preço e eles iam esquentar para mim. Eu falei que o rapaz tinha falado que era para eu escolher o que ia comer e devia esquentar no micro-ondas. Ele colocou o lanche no micro-ondas e foi falar com o rapaz. Sei que ele me falou que o rapaz não sabia nada. Mas percebi que estava zuando o outro, pois os dois estavam rindo. Após esquentar meu lanche, peguei-o e fui me sentar à mesa com o Zé.


Lanchinho sem vergonha. Não gostei. Mas era o que tinha. E vou falar... Não acho que não tinha hambúrguer. Acho que não quiseram fazer, pois faltava 15 minutos para fechar o restaurante. Quando chegamos tinha uma ou duas mesas ocupadas. Não tinha quase nada nas mesas do buffet. E deu para perceber que o pessoal que trabalhava ali não estava muito disposto a nos ajudar. Terminamos e Zé foi até o caixa pagar. Eu me afastei, mas fiquei ali na recepção. Quando ele chegou me falando que tinha dado 41 euros, eu pedi para ver o cupom. Tinham cobrado 17,90 euros pelo lanche. Chamei o Zé e mostrei o valor 8,90. Ele foi no caixa reclamar e devolveram a diferença. A gente que não fica esperto não.🤫

Após comer, subimos para o quarto, para dormir. E dormimos. Eu dormi quatro horas. Acordei era 19h. 

Zé quis ir para a cidade. Trocamos, de roupa, pegamos algumas informações com o recepcionista e caminhamos até o ponto do trem. Estava um noite linda. Céu limpo. Clima ameno.



Foi uma luta entender como adquirir o cartão e carregar. Na máquina tinha opção em italiano e inglês. Zé colocou em inglês, mas difícil entender como funciona. Se a viagem é ida e volta. Ou seja, se o Zé tinha que comprar quatro passagens. Ou duas. Enfim, o Zé pediu ajuda para uma moça. Logo o trem chegou. Estava vazio. Dentro dele ficamos observando os passageiros. Do nosso lado tinha um rapaz tocando violão. Depois ele sentou na nossa frente. Do lado de fora dava para ver os comércios, as construções.


Nossa estação é Parc Phoenix. Descemos na estação Jean Medici. Aqui foi um pouco tenso, porque o Zé passou o cartão, a porta destravou e eu passei. Ele passou novamente o cartão e nada da porta destravar. Fiquei eu de um lado e ele do outro. Pergunta se tem algum funcionário na estação para ajudar? Nenhum. Zé passou por uma passagem que estava aberta. Livres da estação, caminhamos até a Praça Masséna




Chegamos na praça e tinha muita gente na rua. Até de estranhar pois é noite de segunda-feira. Não sabia, mas Nice é a segunda cidade mais visitada da França, então a maioria ali devia ser turistas. Como eu e o Zé.rsrs Fiquei intrigada e ao mesmo tempo achei bonitas as *estátuas iluminas no alto de postes. Sentamos uns minutos para apreciar a beleza daquele lugar e seguimos, até parar novamente na Fonte do Sol, que tem em seu centro uma estátua de mármore do deus grego Apolo e em sua volta outras esculturas e jatos de água.






Caminhamos por várias ruas. Admirando cada prédio, cada escultura, cada estabelecimento comercial. Vimos uma igreja aberta e entramos para dar uma olhada.





A gente estava querendo comer alguma coisa. Pensamos em massa, mas estava um pouco tarde para sentarmos em um restaurante, afinal a gente teria que voltar de trem. Precisava ser algo meio rápido. Paramos para comer em uma Focacceria. Dica de um rapaz de uma sorveteria. Não foi fácil escolher, tinha ingredientes que a gente não sabia o que era. Sentamos do lado de fora da lanchonete. Estava bem gostoso!



Após comer, fomos até a sorveteria (do rapaz que deu a dica da focacceria) pegar um sorvete. Zé pegou de "Lavanda" e eu um de "Rafaello". O passeio estava muito bom, mas era hora de voltar. Apesar de falarem que não tinha perigo ficar andando a noite, o trajeto do ponto do trem até o hotel é bem deserto. 



Chegamos bem no hotel. Agora descansar porque a viagem está só começando...

* As Sete EstátuasAlguns as chamam de Budas, outros de orações, alguns as amam, outros as acham feias. Ninguém é indiferente a elas! As sete estátuas de resina na praça Massena – o centro geográfico de Nice – foram criadas por Jaume Plensa, artista espanhol especializado em arte monumental.

Essas sete figuras representam os sete continentes e a comunicação entre as diferentes comunidades da sociedade atual. O nome dessa criação é “Conversa em Nice”. Além disso, as estátuas são iluminadas todas as noites, com cores que mudam suavemente para simular um diálogo entre elas; é muito bonito e poético.