quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Meu pai, meu herói

Maria era uma menina que chegava a discutir com os seus amiguinhos quando o assunto era “quem tinha o melhor pai”:

_ O meu pai sabe tudo, o meu pai é o mais legal, o meu pai tem o coração mais bonito, etc.

Nesta idade a sua imaginação estava de vento em popa, fantasiava situações onde o seu pai era o personagem principal, o herói, pois ele tinha a resposta para todas as perguntas – ele era o maior.

De nada adiantava dizer a ela para não contar mentiras sobre seu pai, pois ela não sabia distinguir o que era verdade, mentira ou fruto da sua imaginação.

Ela dedicava uma admiração muito especial ao pai.

Quando ela chegava na casa de sua avó, com quem morava, a euforia diminuía.

Ela sempre foi uma menina solitária e mal chegou a conhecer o seu pai, e muito menos a sua história. Sabia apenas que a sua mãe não lhe pudera criar e que a deixou com a sua avó.

Passava a noite sonhando e chorando.

Sentia muitas saudades do pai imaginário.

Jamais soube seu nome pois em seus documentos constavam apenas o nome de sua mãe.

Admirava o pai que não conhecera, fingia o tempo todo que ele teve um papel em sua educação, que lhe dava bons exemplos e que ele era o espelho na formação da sua personalidade.

Em paralelo a isso, Deus sempre esteve presente em sua vida, acompanhando-a tanto no seu desenvolvimento espiritual como no crescimento de sua alma.

Demonstrava tanta força para os seus amigos que eles nem desconfiavam que o seu pai era ausente, irreal e que ela não tinha nenhuma referência sobre ele.

Apesar de tudo, Maria foi suportando os árduos anos da infância. Cresceu, desenvolveu-se profissionalmente e pessoalmente, trabalhou em várias empresas, casou e teve dois lindos meninos e acabou convencendo seu companheiro que cuidaria do lar e do desenvolvimento de sua família.

Tornara-se uma pessoa responsável e exemplo de mãe.

Em virtude do aprendizado que teve durante a sua vida, dedicou-se a trabalhos sociais procurando mostrar aos filhos a importância da unidade familiar, da humildade, da caridade e do amor.

Apesar das turbulências iniciais em sua vida, jamais revelou a seus amiguinhos de infância o motivo pelo qual “tinha o melhor pai”: DEUS.

Aulus Di Toam

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