Preciso contar meu sonho dessa noite. Mas já sabe... Sonho é uma confusão
de dar nó. Se para mim, que estava lá, foi assim, imagino para quem vai ler.
Não vai entender nada. Mas quero deixar registrado, porque é muito importante.
Depois de 65 dias que minha mãe faleceu, sonhei com ela. Que eu me lembro, pois já aconteceu de algumas vezes, ao acordar,
ter ficado com a impressão que tinha sonhado com ela. Mas não me lembrava, então
não sei.
Mas hoje foi diferente. Acordei bem na hora que estava ajudando minha mãe
descer uma escada altíssima. Mas antes disso...
Foram duas situações que, para quem entende de sonho, pode ser que
estejam ligadas. Eu não entendo. Malemá sei contar a cena.
Na primeira cena eu estava bem alto. Indo para algum lugar.
Parecia mais que estava fugindo. Olhei lá longe (e mais para baixo) e vi uma criança, parada. Não sei quem
é a criança. Só sei que falaram que eu não podia deixar ela lá. Voltei e peguei
a criança. Protegi ela com meu corpo e comecei a correr. Olhava para trás e via
muita gente vindo em nossa direção. A gente estava em perigo. Falei que a gente tinha que clamar a Jesus, e comecei: Jesus. Jesus.
Jesus. Comecei a diminuir a velocidade e as pessoas foram passando por nós.
Como se a gente nem estivesse no caminho delas.
Na cena seguinte eu já estava em um lugar e vi como se fosse uma cama.
Minha mãe deitada no pé e a Adriana na cabeceira. Fui até a Adriana e ela
estava gelada. Segurei nela, e comecei a agitá-la achando que ela estivesse
morta. Mas não estava. Ela abriu os olhos. Então vi que minha mãe estava me
olhando. Fui até ela. Ela se levantou e desceu. Eu cedi meu braço para ela
segurar em mim. Ela segurou e fomos em direção a uma escada. Começamos a
descer. Ela estava toda plena. Descendo apoiando em mim, e no corrimão. Nisso a escada foi ficando estreita e vi que a
gente estava muito, mas muito alto. Fiquei com medo da minha mãe cair. E ela
nem aí. O Henrique estava lá embaixo. Ele subiu em nossa direção e ficou abaixo
da minha mãe, para segurar caso ela caísse. E ela nem aí. Continuou descendo.
Como eu não tinha mais como dar meu braço para ela, pois só dava para descer de
um, estiquei minha mão e falei para ela agarrar minha mão, caso se sentisse em
perigo. E acordei...
Não fiquei pensando muito nos detalhes do sonho, até porque foi uma
confusão generalizada. Mas tive a sensação de que minha mãe está bem. Sem
dores. Sem travamentos. Fazendo tudo que ela sempre gostou de ser e fazer. Ser
independente. Fazer arte.rsrs
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