Quanto mais o tempo passa. Conforme a idade está
avançando eu estou ficando medrosa. Não que eu fosse muito corajosa. Só que alguns
medos que eu não tinha, agora eu passei a ter.
Não sei se isso acontece com todos. Ou pelo menos com
algumas pessoas. Espero que sim.rsrs
Tem alguns medos que já são antigos. Que não me
incomodam mais.
Um deles é dirigir. Eu não dirijo. Eu atribuo um pouco
pela falta de oportunidade de não ter podido pegar em um carro quando era mais
jovem. Afinal, quando se é jovem somos mais corajosos. Ninguém da minha casa
tinha carro. Lembro que o primeiro carro da família foi um Passat que minha mãe
comprou. E quando ela comprou, eu já estava casada.
Também não sei nadar. Nunca quis fazer aula de
natação. Uma porque não tinha condições financeiras. E quando podia, já tinha
medo. Isso porque fiquei traumatizada. Eu afoguei quando era pequena. Lembro-me
de estar com a família em um lugar que tinha piscina. Eu devia ter entre 07 e
10 anos. Eu escorreguei e graças a Deus minha irmã (Silvana) me puxou. Saí da
piscina e me deitei do lado de fora. Minha nuca doía muito.
Agora eu nunca tive medo de andar pelas ruas à noite.
Até porque a partir da 6ª série (quando eu tinha então 13 anos) eu comecei a
estudar a noite.
Só que de uns tempos para cá, venho ficando receosa
de andar de noite, pelas ruas. Também, só ouço coisas ruins acontecendo. Não
sou de ficar vendo os noticiários, mas não dá para ficar completamente
alheia aos acontecimentos. Um fala aqui. Outro fala ali.
Eu não tenho costume de ficar perambulando à noite
pelas ruas. Isso só acontece quando o Zé viaja. E ele viajou. E quando isso
acontece eu volto sozinha da academia. A distância entre a academia e o
apartamento não é tão grande. E quando o treino termina não é tão tarde.
Mas ontem fiquei realmente convencida de que estou
ficando medrosa. Voltei da academia a pé. Era 20h20min. Sempre procuro caminhar
pelas ruas e avenidas mais movimentadas.
Só que ontem estava muito frio. E não tinha (quase) ninguém nas ruas. Fiquei
com medo viu! Fiz quase todo o trajeto – rezando.
Graças a Deus cheguei bem. E prometi a mim mesma que
não andarei mais sozinha – à noite. Deus ajuda, mas não podemos abusar.
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