Foram quase 12 horas de viagem. Tiveram duas paradas, sendo a primeira de
uma hora, e a segunda de meia hora. A primeira aconteceu depois de umas quatro
horas de viagem e nela teve a troca de motorista.
Durante a viagem eu e a Rosi conversamos muito. Baixinho, porque os
passageiros dormiram. Eu e ela dormimos um pouco, mas na maior parte da viagem
foram somente cochilos. A Rosi estava com a rinite atacada. Pior que deixou o
remédio na bolsa, dentro do bagageiro. Ficou sofrendo a viagem e o dia inteiro,
pois tomou o remédio só quando chegamos no hotel.
Chegamos em Arraial do Cabo e o ônibus parou no estacionamento onde já
estavam outros ônibus. E um monte de jardineiras que iam nos levar até o cais.
Descemos e ficamos esperando a nossa jardineira. Eu com uma vontade de fazer
xixi. Como tinha acabado o papel higiênico do banheiro resolvi deixar para ir em
algum banheiro do cais. Má ideia!
A jardineira demorou. Chegando na praça, a guia - Glaucia, não liberava a
gente porque tinha que passar as instruções. Mal ouvimos o que ela falou e
caminhamos - quase correndo - em direção ao cais, para ir ao banheiro.
Depois de esvaziar a bexiga, ficamos no cais, comendo, olhando as
barracas de souvenires, tirando fotos e observando o vai e vem das pessoas.
A Glaucia nos deu a pulseira que estava escrito "Pelicano" o
nome da nossa escuna. Tivemos que ficar próximo dela, esperando por uns trinta
minutos, pelo menos, até que liberaram a nossa entrada.
Entramos na escuna e nela me sentei e fiquei. Infelizmente não pudemos
descer em nenhuma praia. A marinha não liberou por causa do tempo. Estava
ventando muito. Dizem que é comum acontecer de não liberarem mesmo. Com isso
quem aproveitou o passeio era quem mergulhava. A escuna fez duas longas
paradas. Nessas horas eu circulava um pouco. E tirava fotos.rsrs
A paisagem é linda. O mar de um azul espetacular. Fiquei admirada se ver
a vegetação nas montanhas, muitos cactos. Me lembrou o Atacama. Achei estranho
perto da água tantos cactos.
Voltamos para o cais, com uma certa demora, pois não apareceram para
pagar, duas pessoas que consumiram na escuna. Chegou uma hora que todos dentro
da escuna, já cansados de esperar, começaram a gritar: Bruna Vitória... Carlos
Santos. Mas nada dos dois.
A escuna encostou e eu e a Rosi saímos em disparada. Eu não queria nem
saber. Queria almoçar. Nós paramos em um restaurante que fica do lado da praça
onde a gente ia se encontrar para pegar a jardineira. Tinha muita gente, por
isso o almoço demorou um pouco. A gente comendo e a Glaucia perguntando no
grupo onde a gente (eu e a Rosi) estava. Deu o horário combinado para pegar a
jardineira. Vi o pessoal indo em direção do ponto da jardineira e a Rosi no
caixa, pagando. Desespero 3!
Eu fiquei esperando-a já do lado de fora do restaurante. Saímos correndo
e quando chegamos no ponto, já estavam todos lá. Menos a jardineira. Aliás, ela
demorou uns dez minutos para encostar. Que raiva.
De volta ao estacionamento, entramos no ônibus e seguimos para Macaé. A
viagem durou um pouco mais de duas horas. Chegamos já era noite.
Sobre a noite e o dia em Macaé, conto na próxima postagem.
P.S.: Quando a gente estava dentro do ônibus, começaram os comentários sobre o dia. Quem ficou na terra e conheceu as praias locais, disseram que adoraram. Que as praias são lindas, etc. E nós que fomos na escuna, não vimos praia nenhuma. Nem podemos dizer que conhecemos Arraial do Cabo.
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