Hoje o Zé me deixou na João Jorge.
Cheguei no ponto e o ônibus chegou. Peguei o 1.54. Desci dois pontos antes do
terminal, que fica mais fácil pra ir na casa da minha mãe. Cheguei era 9h30. A
Shirlei estava conversando com minha mãe e pegando algumas coisas que ia levar
na casa da Val, em Jaú.
Quando deu 10h perguntei pra minha mãe
se ela queria ir comigo buscar o Henrique. Ela quis. Fomos caminhando
devagar.
Chegamos na escolinha faltava 10
minutos para abrir o portão. O Henrique estava no parquinho do fundo. Sei
porque vejo a professora e escuto a voz do Henrique.rsrs
Eu e minha mãe sentamos do outro lado
da rua, na sombra. Ela viu uns papelões na lixeira da casa e foi mexer. No meio deles estavam esses dois
livros.
Peguei pra mim. Ainda mais que conheço
os dois autores. Inclusive, Divã eu assisti a série e o filme. Ambos muito
bons.
Quando abriram o portão eu fui buscar o
Henrique. Minha mãe ficou esperando do lado de fora.
Eu pedi para o Henrique encher a
garrafinha de água dele, para eu dar para a minha mãe beber, uma vez que
esquecemos de pegar uma garrafinha com água para ela.
Quando eu falei para o Henrique que a
gente ia para a casa da bisa ele reclamou. Disse que não queria ir. Não é que
ele não gosta da bisa. Ou de ir à casa dela. É que ele sabe que quando vou lá
não brinco muito com ele. Fora que não tem as coisas dele. A quadra.
Caminhamos e ele quieto. Cabeça baixa. Não
falava. Nem ficou observando as coisas na rua, como costuma fazer. Só
caminhava. Eu tentando disfarçar o clima. Pra minha mãe não perceber.
Foi pegando do chão uns folhetos de mercado. Disse que era para fazer aviõezinhos. Não falou de ir na padaria. Não falou de ir na lojinha que agora é na esquina da rua da casa da minha mãe. Não quis nada. Por aí dava pra ver que ele estava chateado. Mas, Henrique é tão bonzinho que não chora.
Não dá show, como muitas crianças fazem.
Ele trocou de roupa e sentou embaixo da
mesa para brincar. Eu fiz o miojo e dei para ele. Ele comeu tudinho e por fim,
bebeu o caldo.rsrs
Eu e minha mãe almoçamos e ela foi
deitar. Eu fui para a área brincar com o Henrique. Até mesmo para não fazermos
barulho e incomodar minha mãe.
Eu fui levando os brinquedos para o Henrique
que foi colocando um do lado do outro, até formar um quadrado, que ele disse
que era a casa dele. Quando terminou, convidou eu para entrar e ficamos
brincando. Ele pediu leite. Fiz. Ele bebeu. Pediu para ficar vendo vídeo no meu
celular. Senti que ele estava com sono. Chamei-o para irmos para a sala. Ele
aceitou.
Sentamos no sofá e não demorou, ele
dormiu. Eu estava quase pra dormir também, mas ouvi que minha mãe acordou.
Então arrumei ele no sofá e fui para a cozinha, lavar a louça do almoço.
Consegui passar pano na área da
churrasqueira e próximo da cozinha. Estava lavando uns panos quando o Henrique
acordou. Já tinha dormido quase uma hora e meia. Eu peguei ele no colo e
sentei. Ele continuou dormindo mais um pouco. Minha mãe fez pastel. Comemos e
tomei café.
Ele acordou de vez. Eu não tinha guardado os brinquedos dele, porque imaginei que ele ia acordar e querer brincar mais um pouco. Ele brincou mas como estava escurecendo ele quis guardar. Guardamos tudo e por último ficou o Skyline. Aí o Henrique perguntou do retrovisor (de lego). Eu falei que não tinha ido "com" o retrovisor. Ele insistiu que tinha "sim". Fui procurar no chão da área, onde ele tinha espalhado os brinquedos, logo que chegou. Não encontrei. E continuei insistindo que o carrinho foi "sem" o retrovisor. E ele insistindo que foi "com". Aí ele falou para eu olhar dentro da mochila de roupa. Para ver se eu não tinha colocado lá dentro. Então comecei a tirar todas as roupas. Mas só para ele ver que não tinha nada. E não é que o retrovisor estava lá dentro!!! Como foi parar lá, não sei. Peguei e dei para ele que ficou todo feliz e quase me dizendo "não falei!". Esse menino me surpreende. Quando tem certeza de uma coisa, nada o convence do contrário.rsrs
Depois de arrumarmos as duas mochilas dele, eu o
chamei para varrermos a calçada. Ele inventou que queria tirar uma folha da
árvore para levar pra mãe dele. Falei que tinha um monte no chão. Mas ele quis
tirar uma do pé.rsrs
Eu nem dei banho nele porque imaginei
que ele ia brincar mais na casa dele, afinal tinha dormido bastante.
Danilo passou pra pegar ele era quase 19h, então peguei carona até o terminal, pois sabia que tinha um ônibus que estava prestes a sair. E estava mesmo. Vi que o motorista estava entrando no ônibus. Danilo parou o carro do lado do terminal e eu saí correndo. Só escutei o Henrique falando “tchau vó”. Pelo jeito devia estar pendurado na janela do carro.rsrs
👉A hora que a gente estava construindo a casinha (eu dando os brinquedos para o Henrique colocar do jeito que ele queria) eu resolvi ouvir uns áudios que a colega do trabalho compartilhou no grupo do Whatsapp. Eram áudios de um bafafá que estava acontecendo na faculdade da filha dela. Eu dei play no primeiro áudio e uma mulher estava muito brava e não demorou ela soltou um palavrão. Eu olhei para o Henrique. Ele olhou para mim. Ela falou mais um pouco e soltou outro palavrão. Henrique olhou para mim. E eu para ele. A mulher continuou falando e soltou outro palavrão. Aí não dá. Parei na hora. E a cada palavrão eu falava para ele que aquilo era feio. Que não era para ele repetir. Que vergonha que eu passei.
👉Teve uma hora que o Henrique falou: Vovó, quando a gente vem aqui não é pra você limpar a casa da bisa? Eu falei que sim. Aí ele falou que hoje eu não tinha limpado. Eu falei que tinha sim. Que fiz algumas coisas enquanto ele estava dormindo. Na escolinha, a hora que eu falei que a gente ia na bisa e ele falou que não queria, eu falei que não ia para limpar. Que ia ficar brincando com ele e conversando com a bisa.
👉E para finalizar, pelo menos
umas três vezes, do nada o Henrique falou: _Vovó, eu te amo! É essa espontaneidade
dele que me encanta. Não tem como não amar esse anjo de Deus!💓💗😇
Nice post thank you Stacey
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