14 de abril, segunda-feira:
Dormi daquele jeito! Fui trabalhar, afinal não tinha outra opção, a não
ser esperar após o horário da visita, onde a Silvana traria mais informações
sobre o quadro da minha mãe. Ontem o Marcos falou que ia tentar entrar no
hospital para fazer visita religiosa. Ele foi logo às 8h, mas não conseguiu
entrar. Explicaram que era por causa do local que ela está (emergência
vermelha) e por causa do horário (troca de plantão). Falaram para ele tentar a
partir das 10h, que veriam se teria como. Mas o Marcos tinha reunião nesse
horário, então precisou ir embora.
Continuamos ansiosos, aguardando. Sei que trabalhei de olho no whatsapp. Quando
foi 11h41min, a Silvana mandou mensagem, dizendo que ligaram da Unicamp, e a
assistente social falou que o médico, Dr.Gustavo queria conversar com um
familiar da mãe. A Adriana passou para buscar a Silvana e foram.
Depois disso eu não conseguia mais me concentrar em nada. Mal deu meio-dia eu saí para almoçar. Fui buscar minha marmita. Eu tremia,
e comecei a sentir náuseas, tamanho o nervoso. Consegui comer um pouquinho.
Trabalhei (daquele jeito) de olho no celular. As horas passando. Silvana conseguiu entrar
minutos antes das 14h. Marcos entrou um pouco depois para fazer visita
religiosa. Eles se encontraram lá dentro e ficaram aguardando o médico chamar. No
horário de visita, a Adriana entrou e foi ver a minha mãe. Marcos e Adriana
disseram que minha mãe estava dormindo.
Os três saíram do hospital às 17h10. Foram embora e pediram para todos
nos reunirmos na casa da minha mãe.
Zé me pegou no final do expediente e fomos. Quando cheguei na casa da
minha mãe a Silvana foi me falando a conversa com o médico. Logo depois o
Marcos chegou e todos nós nos sentamos para orar e pedir à Deus discernimento. A
gente tinha uma decisão a tomar.
O médico descreveu o quadro clínico da minha mãe, e queria saber da gente “qual seria a vontade da minha mãe” com relação a entubar. Confesso que nunca cheguei a falar com ela sobre isso. Mas todos nós chegamos à conclusão que ela não ia querer. E nós também não!
Silvana falou que o médico pediu para que todos os filhos fossem ao hospital o quanto antes. Para falar com ele sobre a nossa decisão. Combinamos de nos encontrar no hospital às 10h, do dia seguinte.
Em casa desabei a chorar. Medo
de não estar fazendo a coisa certa. Preocupada com a minha mãe, sozinha no
hospital. Mandei mensagem para a Tati, dizendo o que estava acontecendo e que
não ia trabalhar no dia seguinte. Mas não fui a semana inteira. Sem condições!
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