Sabe quando você está dentro de um pesadelo, que você dorme, você acorda,
você dorme, você acorda, e ele não acaba? É assim que estou me sentindo desde a
semana passada.
Cabeça à mil. Sono agitado. Sem vontade de comer. Sem vontade de muita
coisa. Fazendo o que precisa ser feito, mas sem muita energia e alegria. Porque
a gente precisa continuar, independente do que está acontecendo. E o que está
acontecendo? O que eu sabia que ia acontecer um dia. Mas lá no fundo, não
queria ter que ver esse dia chegar. Minha mãe está internada. Desde o dia 13
(domingo de Ramos).
Nos primeiros dias estava na condição (diagnóstico do médico) de
"dormência", devido a um AVC que afetou uma área que mantém a pessoa acordada. Ou seja, minha mãe não ia mais acordar. Não sabemos a data certa que
aconteceu. Após ver a tomografia, o médico disse que o AVC já tinha acontecido
há um tempo. Imaginamos que deve ter sido no dia 04 (aniversário dela) que ela
se sentiu mal e foi levada à UPA por duas vezes. Foi medicada com medicamento
para labirintite e à noite com sedativo para ansiedade. Mas não entendemos,
pois ela estava razoavelmente bem no dia da festa de comemoração do aniversário
dela, que foi no domingo, dia 06. E no sábado seguinte ela foi com a Silvana,
no apartamento da Adriana para tomarem um café da tarde.
Ela ainda acordou no domingo e fez café. Tomou e voltou para a cama. E não acordou mais. Nego que percebeu, pois foi chamá-la e ela não reagiu. Ele chamou a Silvana, que também foi chamá-la, mas ela não reagia. E por isso a Silvana chamou o SAMU que a levou à Unicamp. E
onde ela está até hoje.
Mas o quadro inicial mudou. No sábado o médico que avaliou minha mãe,
informou a Silvana - que estava de acompanhante - que a minha mãe está "em
coma". Foi um choque para todos nós! Não sei dizer ao certo o meu
sentimento diante desse diagnóstico. Porque nos últimos dias, como falei a
cabeça está à mil.
Tem hora que fico aliviada, pois ouvi dizer - e andei pesquisando - que a
pessoa em coma, não sente dor. Por outro lado, saber disso a esperança de ter
minha mãe de volta, com "todos" os sentidos restaurados, diminuem.
Esperamos que o médico que falou com a gente no terceiro dia, Dr.Gustavo
Freitas nos comunique sobre esse diagnóstico. Somente ouvindo dele, vamos ver
se acreditamos. Porque ainda estamos orando e crendo na recuperação da minha
mãe.
Nas próximas postagens vou escrever (tentar) o dia a dia desse pesadelo...
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