quarta-feira, 18 de junho de 2025

A Janela dos Outros

Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche chorou, A cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu "Os desafios da terapia", em que ele discute alguns relacionamentos-padrão entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.

Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e a degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois essa mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, dessa vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o comentário de seu pai, que a essa altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.

Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida.

Martha Medeiros – 15 de julho de 2007

Do livro “Liberdade Crônica”, pág.104 e 105

terça-feira, 17 de junho de 2025

Presente Vintage: Vitrola Raveo Spazio

Veja só o que eu ganhei de presente do Zé. Como ele diz, um presente para nós dois.

Eu tenho um aparelho que era da Karen. Ele ficou um bom tempo na casa da minha mãe. Eu levei para o apartamento, porque um dia, em uma faxina na casa da minha mãe, o aparelho estava junto com outro, para ser doado.

O rádio dele funciona bem. Pensei que LP também, mas não funciona. Ele gira muito lentamente. Zé acha que pode ser rolamento. Estava vendo se encontrava alguém que consertasse. Mas, podia ficar caro e não ficar bom. Por isso decidiu comprar esse.

Nós testamos o Rádio, o LP, o CD e até o Bluetooh. Só faltou a Fita Cassete e o Pen Drive. Eu fui pegando meus LPs para ouvir. Não ouvi inteiro, pois a gente estava testando. Mas já deu para sentir o gostinho. Amei o presente. Meus CDs e LPs que me aguardem...

domingo, 15 de junho de 2025

Segundo Happy Hour do ano com as "Amigas pra Sempre"

Ontem tivemos mais um encontro das “Amigas pra Sempre”. O segundo neste ano. Estamos indo bem.rsrs

Como sempre, a Priscila que agitou. E depois sumiu. Mas a gente dá um desconto para ela. Sabemos que não é fácil trabalhar e cuidar de dois filhos pequenos.

Entre o dia do agito, até o dia do encontro, levamos 11 dias para decidir o local, data e o que comer e beber. O local eu já falei no primeiro dia, que poderia ser no meu apartamento. Como tem feito frio, não ia ter problema oito adultos e duas crianças em um espaço pequeno.

Combinamos para as 17h30min. A Tânia, o Edson e a Rose chegaram juntos.  Edson e Rose foram de Uber, porque ele ia beber vinho. Depois deles chegou a Pri e família, e por último a Patrícia.

Para comer o Edson fez pão de batata e levou um vinho chileno. Eu fiz canjica e café.  Zé comprou patês e bolacha salgada. E abriu um vinho italiano. A Tânia levou um bolo com gotas de chocolate. A Pri levou pão com frios (presunto e muçarela) e um guaraná. Paty levou uma torta de atum e bolo de Santo Antônio. Sei que a mesa ficou cheia. O apartamento também.rsrs

Conversamos bastante. Cada hora um pouquinho com cada. A gente revezava também para segurar o Theo. Ele é bem pesado. E muito bonzinho. Dudinha estava cansadinha. Tinha ido na festa junina da escolinha.



Aos poucos eles foram embora. Os últimos a ir foram a Rose e o Edson. Ele viu meus LPs e disse que vai me dar os que ele tem. Disse que a maioria são clássicos. Falei que quero. Nem sei se vou ouvir, mas já quero.rsrs

quinta-feira, 12 de junho de 2025

30 dias sem minha mãe

Hoje está fazendo 30 dias que minha mãe partiu. Foi no dia 13 de maio que ela descansou. Descansou dos 30 dias que batalhou pela vida. Não um “descansou” da vida em si. Porque por mais que ela tivesse 89 anos, se pudesse, se fosse escolha dela, ela continuaria aqui, por mais um bom tempo. Porque ela gostava de viver. E viveu com muita intensidade e alegria. Tinha um vigor e uma disposição que deixava as filhas “no chinelo”.

Ela partiu e nós aqui ficamos. Continuamos seguindo a vida. Precisamos seguir, afinal Deus deu a cada um uma missão. A dela terminou. A nossa ainda não.

Quando penso nela, sinto saudades. Muitas saudades! Dos nossos passeios. Das idas à casa dela. Das mensagens escritas e áudios que ela mandava no WhatsApp. Saudades de tudo que ainda queria fazer com ela, e por ela. Mas, o destino quis que ela se fosse.

Mas sei que, se for possível, ela vai continuar olhando e orando por mim. Por nós! E nós aqui, faremos o mesmo por ela!

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Sobre algumas decisões

Hoje, enquanto me arrumava para ir trabalhar, surgiu a conversa sobre vacinas. O Zé falou que “nunca” mais vai tomar vacinas. Eu falei que “nunca” é uma palavra muito forte.

Mesmo eu, que tenho aversão a vacinas, dias atrás comentei com ele que quando a vacina contra a Dengue estiver liberada, eu vou tomar. Já tive dengue. E sei que os estudos para a produção da vacina já existem há vários anos. Por isso tenho confiança em tomar.

Mas, voltando ao assunto de hoje, falei para ele que tem coisas que a gente precisa pensar muito. Porque uma coisa é você falar fora da situação. Outra é estar vivendo a situação. Que na hora da dor, a gente quer algo que alivie.

E falei para ele uma coisa que inclusive vou falar também para os meus filhos e irmãos. Se um dia eu parar no hospital e perguntarem, se algum dia eu falei sobre “ser entubada ou não”, que era para dizer que eles (médicos) devem fazer o que precisa ser feito!

Porque eu, Margareth, se tiver em sã consciência vou querer lutar pela minha vida, mesmo que para isso dependa de aparelhos. Se depois, mesmo fazendo uso deles, minha hora chegar, que seja.

Aproveitando o ensejo, também não sou doadora de órgãos. Tenho meus motivos.

Comer, Rezar, Amar

Como é bom sair do trabalho e ir direto para casa. E ontem eu fui! E estava fazendo um friozinho. Que combinou com um vinhozinho. E com um filminho.rsrs

Zé tinha pegado marmita no almoço, para nós jantarmos. Comemos acompanhado de um vinho. Não era nem 20h e a gente estava de boa. Foi então que o Zé sugeriu assistirmos um filme.

Ele falou “O Caçador de Pipas”. Eu já assisti (antes de conhecer o Zé). Falei que é bom, mas é triste. Deixamos para outro dia. Outra sugestão “Comer, Rezar, Amar”. Ele não lembra, mas já começamos assistir a esse filme duas vezes. Achamos muito parado e não terminamos. Eu conheço o enredo porque li o livro. Isso foi em 2008 e gostei demais. Por isso nem eu entendi como não consegui assistir ao filme. Ainda mais que a protagonista é a Julia Roberts. Mas hoje foi... Eu assisti até o fim. Só eu.rsrs

Título original: Eat Pray Love

Data de lançamento: 01 de outubro de 2010 | 2h 20min

Direção: Ryan Murphy | Roteiro Jennifer Salt, Ryan Murphy

Elenco: Julia Roberts, Richard Jenkins, Javier Bardem

Gênero: Drama

Sinopse: Em Comer Rezar Amar, Elizabeth (Julia Roberts) descobre que sempre teve problemas nos seus relacionamentos amorosos. Um dia, ela larga tudo, marido, trabalho, amigos, decidida a viver novas experiências em lugares diferentes por um ano inteiro. E parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de autoconhecimento.

Fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-121807/

Lis e Steven

Liz e David

Liz e Felipe

Vou tentar resumir em poucas linhas o enredo.

Após um casamento de pouco mais de um ano com Steven (Billy Crudup), sem muitos motivos Liz decide pedir o divórcio. E claro que Steven não entende e por isso não aceita. Pouco tempo depois Liz conhece David (James Franco) um jovem ator. Eles engatam um namoro que também não dá certo, porque Liz está perdida.

Cansada e querendo se reconectar com ela, com Deus e com as pessoas, ela decide viajar. A história se passa na Itália, na Índia e na Indonésia (Bali).

Na Itália Liz comeu. Tudo que tinha vontade e que era agradável aos olhos. Comer fazia parte da sua busca, uma vez que ela disse não estar mais sentindo gosto pelos alimentos. Ali ela fez amizade com Sofi (Tuva Novotny), que lhe apresentou Giovanni (Luca Argentero), professor de italiano. E durante o período que ficou na Itália ela fez alguns amigos, além de Sofi e Giovanni.

Na Índia ela meditou. Ficou em busca de si mesma. Conheceu Tulsi (Rushita Singh) uma adolescente de 17 anos que estava prometida em casamento. Costume do local. Conheceu também Richard (Richard Jenkins), um homem triste e solitário que buscava a paz consigo mesmo. Com ele Liz teve profundas e construtivas conversas.

E em Bali, onde ela foi encontrar Ketut Liyer (Hadi Subiyanto) um guru (que ela tinha visitado meses antes) e foi onde ela encontrou o amor em Felipe (Javier Bardem).  Ela conheceu Wayan Nuriasih (Christine Hakim) e sua filha Tutti (Anakia Lapae). Wayan é tipo uma curandeira. Divorciada ela luta para sobreviver e cuidar da filha. Liz escreve para seus conhecidos e amigos (de Nova Iorque, da Itália e da Índia) contando a história das duas e pedindo uma doação. Eles enviam cheques que somam 18 mil dólares. Liz entrega para Wayan e a filha que pulam de felicidade. No final vemos a casa delas em construção.

O romance com Felipe é um pouco conturbado, pois Liz tinha medo de que iria acabar como os outros. Mas, no final ela decide ficar com ele.


Após três tentativas consegui assistir ao filme até o final. Gostei! Mas não tanto, quanto gostei do livro. Que foi um dos melhores que li, na época.

O filme vale pela paisagem. Ver um pouco da Itália. E de Bali. Índia nem tanto. Muita pobreza, aquela bagunça e sujeira que é muito comum mostrarem nos filmes.

Algumas mensagens impactantes. Para refletir. Lembro que quando li o livro estava recém separada, então me ajudou bastante. Talvez, se eu ler hoje não seja tão tocada.

Artistas lindos e a história em si tornam o filme atrativo. Quem não viu, vale a tentativa. 

terça-feira, 10 de junho de 2025

As orações com e pela minha mãe

Ontem fiz uma postagem onde falei que uma coisa que me tranquiliza ao pensar na minha mãe, é que ela foi bem e está bem. E sabe por que eu tenho essa certeza? Pela confiança de que Deus nos atendeu, nas muitas orações que fizemos com ela. E pelas muitas orações que fizeram por ela.

Vou começar por mim. Nos dias que fiquei com a minha mãe, rezei com ela o “Terço Mariano”, o “Terço da Divina Misericórdia” e o “Rosário”. Fiz a novena das “Mãos Ensanguentadas de Jesus”, e quanto estava no nono dia calhou de ser meu dia de ficar com ela. Falei para ela que estava fazendo a novena (a mesma que fiz quando ela quebrou o braço) e fiz junto com ela. Nunca orei tanto na minha vida. Orei tudo o que podia e que sabia. E quando não estava orando com ela, eu colocava no YouTube essas orações (terços e rosários), missas e até músicas de louvores, para caso ela despertasse, nem que fosse por alguns segundos (o que os médicos falaram desde o início que não acontecia) pudesse ouvir.

O Sandro é da igreja Adventista. Sei que ele orou muito com ela. E por ela. O Marcos que é católico e diácono, além das orações, ele aspergia água benta na minha mãe e ungia com óleo. As vezes que fui depois deles para ficar com a minha mãe, vi que eles também colocavam fone de ouvido nela. Provavelmente com louvores e orações.

A Shirlei é da igreja do Nazareno. Sei que também orou com a minha mãe. E por ela. A Silvana e a Adriana se tiveram tempo, tenho certeza de que também oraram. Elas ficaram na linha de frente, os maiores sustos e as correrias recaíram nas costas delas. Sei que o amor que elas tiveram pela minha mãe, se bobear valeu mais que a oração de todos.

Falei dos filhos, mas sabemos que todos os parentes estavam orando. Cada um dentro da sua religião, da sua crença, da sua espiritualidade.

E além dos parentes, tinham os vizinhos da minha mãe. O pessoal da igreja que ela frequentava. Os pastores e irmãos da igreja da Shirlei e do Sandro. Os padres e irmãos da igreja do Marcos. Vi esse pessoal todo no velório.

Enfim, foi um mundo de gente orando. Por isso tenho essa certeza de que minha mãe foi muito bem amparada e preparada para fazer a “passagem”.  E saber disso me traz conforto.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

27 dias sem a minha mãe

Daqui três dias vai fazer um mês que minha mãe faleceu. E estou me estranhando. Não estou chorando como acho que deveria. E isso – em partes – me incomoda.

Mas acredito que “não chorar” se deve a vários motivos:

Carrego um sentimento de paz ao lembrar da minha mãe. Paz porque sei que fiz o que pude enquanto ela viveu, principalmente nos últimos anos. Paz porque nos trinta dias que ela ficou no hospital, nos momentos que eu estava com ela, eu conversei, eu chorei, eu agradeci, eu chorei, eu pedi desculpas, eu chorei, eu orei, eu chorei. Cada momento foi vivido com muita intensidade. Por isso, desde então sinto paz.

Outro motivo é porque estou convencida de que os trinta dias foram para preparar. A cada um de nós e a minha mãe também. Por isso eu acredito que ela foi bem e está bem. Continuo orando pela alma dela. E confiando na misericórdia divina. Para com ela e para com todos nós que aqui ficamos. 

E por fim, sei que pode não ser o mais “sensato”, mas procuro não pensar muito na minha mãe. Apesar do Sr.Google ficar trazendo lembranças dela quase todos os dias. Isso porque eu sempre tirava fotos quando estava com ela, seja nas comemorações, nos passeios e nas visitas à casa dela. Vejo a foto, o vídeo e desvio o olhar. A atenção. Um jeito que encontrei para não pensar e assim não acordar - ou sair - do mundo em que decidi me enfiar. Um mundo onde imagino que ela foi viajar. E enquanto ela não volta, vou me acostumando sem a presença dela. Assim, se - ou quando - eu despertar, o baque não vai ser muito grande.

E meus irmãos, como estão lidando com a dor? A gente não toca muito no assunto. Percebi que cada um está lidando da forma que acha melhor. E um respeitando o comportamento do outro. Ou a forma que escolheu para passar ou viver esse momento.  

domingo, 8 de junho de 2025

Festa Junina Igreja Nossa Senhora Auxiliadora - Liceu

Ontem fomos na primeira festa junina do ano. E se bobear a última.rsrs Não por falta de vontade, mas porque todas as igrejas fazem nos mesmos finais de semana. Nesse final de semana tinha em três que eu gostaria de ir.

Mas já tinha optado por ir à da Nossa Senhora Auxiliadora (Liceu). Tinha combinado com a Eliane, que na sexta-feira colocou no grupo de WhatsApp da família para agitar o pessoal. No fim quem foi foram os meus filhos, genro e neto.

Zé estava ansioso. Tanto que era 18h e ele já queria ir. Disse que a gente não ia conseguir mesa, se demorasse muito a chegar. Eu falei que ele estava exagerando. Chegamos um pouco antes das 19h. E para conseguir mesa... Zé não estava exagerando.rsrs Depois de muito circular conseguimos uma mesa.

Estava lotado. Mal dava para andar. Filas enormes. Fui mandando a localização da mesa para a Eliane e para os filhos. Eles chegaram e foram onde a gente estava. O Bruno e Victor ficaram entre a nossa mesa e a mesa onde estava a Cássia – amiga deles.

Fila que o Victor pegou

Zé esperou o Gabriel chegar para vermos o que a gente ia comer e beber. Eles também. E foram comprar. E depois, aos poucos iam buscando. Afinal Zé comprou três quentões para ele e dois para mim. Não dava para beber de uma vez. Eu comi um cachorro-quente e uma batata frita. Estava tudo muito gostoso.






A moçada ficou entre as barracas e a mesa. Henrique brincou nas barracas e ganhou bastantes brindes. Jogamos bingo também. Este ano não ganhamos nada.


O Danilo, Letícia e Henrique foram os primeiros a ir embora. Os cozidos.

Depois foram o Gabriel, Eliane e Felipe.

E por último, eu, Zé, Bruno e Victor. Fomos levar eles.


E vivemos um momento de tensão com emoção durante o trajeto. Quando a gente estava no Parque Industrial, o Logus começou a acender uma luz e a sair um cheiro de queimado. Zé parou o carro, abriu o capô e viu que algo estava bem quente e vermelho. Zé foi pegar o extintor de incêndio e não encontrou.

Nisso passou um motoqueiro. Ele viu a gente ali e deu meia volta. O Bruno estava filmando para mandar para o Rubens e para o Marquinhos, para ver qual dos dois podia nos ajudar. Ao virar, começou a pegar fogo. O desespero tomou conta. O motoqueiro tentou parar um carro que estava passando. O motorista parou e não parou. O motoqueiro deu um berro: Vai parar ou não vai! Tem extintor? O motorista falou que não e seguiu. Devia ter, né? Mas vai ser bobo de parar numa rua escura? Com um motoqueiro, um Logus e mais quatro pessoas. Melhor não arriscar. Zé apagou com água de radiador. Nisso o Victor encontrou o extintor que estava embaixo do banco do motorista. No nervoso, Zé não viu. Acontece!


Bruno não conseguiu falar nem com o Rubens nem com o Marquinhos. Então ele pediu para a Letícia ir nos buscar. Enquanto isso o motoqueiro aconselhou o Zé a desligar a bateria. Ao desligar a peça que estava vermelha e fervendo, apagou. Graças a Deus aquele motoqueiro parou.

Fechamos o Logus, empurramos para o Zé estacionar melhor, e fomos para o ponto de ônibus. A Letícia pegou o Bruno e o Victor. Eu e Zé voltamos de Uber. E foi assim o nosso final de sábado. Com muita emoção.

sábado, 7 de junho de 2025

Passagem do furacão Vera

Minha amiga Vera, de Londrina veio passear pela região. E lógico que eu fui me encontrar com ela para poder dar-lhe um abraço. Mas quase que não deu.

Eu tinha marcado cabeleireira – para retocar os fios brancos – para às 8h50min. Era o dia que eu podia. Era o horário que a Leninha tinha. E se os brancos não estivessem tão evidentes, eu deixava para outro dia. Mas não era o caso.

A Vera veio de surpresa e de passagem. O Alexandre, filho dela, que está morando em São Paulo, acabou de ser papai - pela terceira vez. E ela veio para conhecer o mais novo netinho.

Ela saiu de Londrina ontem no final da tarde. Chegaram tarde da noite em Campinas e se hospedaram em um hotel. E hoje foram visitar a Sandra e o tio Roberto. Mas não iam demorar, pois tinham combinado almoçar às 13h com o Alexandre e família.

Eu saí da cabeleira era 11h. Mandei mensagem para a Sandra perguntando se a Vera ainda estava lá. Ela falou que sim, e que era para eu ir. Zé me pegou e fomos.

Chegamos e estavam na casa da Sandra, a Angela e a Gina também. Elas são primas de primeiro grau da Vera. Eu que sou a intrusa.rsrs

Dei um abraço caloroso na Vera e nos sentamos para tomar café e conversar. Todos juntos. Foi bem gostoso. Zé e Cesar (marido da Vera) falaram bastante sobre moto e viagens.




No fim a conversa se estendeu mais do que o programado - ou esperado. Mas mesmo assim tivemos tempo para as fotos. E para o tio Roberto sentar no carro deles para "sentir"´o conforto. E assim eles foram em direção à São Paulo, e eu para a manicure, pois tinha horário às 13h.

Foi muito bom rever a minha amiga, que cada vez mais está deixando de ser "somente" virtual. 

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Dreamgirls em Busca de um Sonho

Nós chegamos da academia e comecei a procurar algo nos streamings, para assistir. Perguntei para o Zé, o que ele queria ver. Ele não opinou. Perguntei o que ele achava de nós assistirmos esse filme. Ele gostou da ideia e pegou o DVD na prateleira. O DVD eu ganhei de presente de aniversário, do Bruno. 

Segunda vez que assisto a esse filme. A primeira foi em outubro de 2013. Tempo, hein! Mas vi que escrevi um pouquinho, então se puder dar uma espiada AQUI antes, eu agradeço, assim me poupa o trabalho de escrever a mesma coisa. 

Como se passaram doze anos, O que eu lembrava do filme era isso: que tinha a Beyoncé no elenco, que o compositor era pouco valorizado e reconhecido e que o filme tem músicas lindíssimas (créditos ao compositor). 

O compositor é C.C.White (Keith Robinson), que observando melhor, ele não só compôs as músicas, como também criava as coreografias. E não lembrava do papel do James Early (Eddie Murphy). 

Dessa vez chamou minha atenção, é que não sabemos como os outros personagens viviam. Se tinham uma boa casa. Como estavam financeiramente.  

Pelo que podemos ver, quem se deu bem foi a Deena (Beyoncé) e o Curtis (Jamie Foxx). A Effie (Jennifer Hudson), pelo jeito foi morar com o pai, após ser excluída do grupo. Ah, ela teve uma filha, fruto do envolvimento com Curtis.

As letras das músicas são muito interessantes. Verdadeiros desabafos ou declarações de amor, cantados. 

E para finalizar, pesquisei na internet e vi que o filme é baseado na história das "The Supremes" (que lançou a grande artista, de quem sou fã, Diana Ross) e da Motown Records. 

Filme muito bom. Talvez eu assista novamente, para comparar com o musical que vamos assistir, em setembro, no Teatro. Não sei se é uma boa ideia, afinal o filme é estrangeiro e o musical, brasileiro. Mas também não sei se vou conseguir. O tempo voa! 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Momento Princesa

Como a Tati diz: tivemos um momento princesa. Fomos fazer "massagem relaxante" no "Spa Kalmma". Merecemos!

Nós compramos o voucher no dia 21 de março. Ela viu a promoção na internet e ficou na minha orelha, para eu comprar. O nome da massagem é "Kalma Week-Massagem Kalmma". Comprei. Paguei R$ 125,00.

A gente tinha o prazo de três meses para usar o voucher. Então iria vencer dia 21 deste mês. Tempo voou. E foi no início da semana passada que nós marcamos a data.

A Tati tinha comprado dois vouchers. Um de “massagem relaxante” e o outro de "massagem dorsal e pés”. Como a Claudete (mãe dela) está passando uns dias em Campinas, a Tati deu o outro voucher para ela usar.

A gente ia direto do trabalho, mas a Claudete estava na cidade e quis tomar banho antes de ir. Ela encontrou com a gente ao sairmos do prédio (trabalho) e fomos para a casa da Tati. Estava um trânsito danado. Tati estava tentando fazer a Claudete desistir da ideia de tomar banho. Mas deu tempo. Chegamos no Spa uns cinco minutos antes do nosso horário, que era às 19h. Logo chamaram a gente. Eu fui a primeira. Cada uma foi atendida em uma sala. Poderia ser as três em uma sala, mas a Tati preferiu separadas. Disse que a mãe dela não ia parar de conversar.rsrs

A Vanessa - moça que fez a massagem em mim – me levou até a sala. Ali ela fez algumas perguntas e deu algumas explicações. Uma sala aconchegante. Luz baixa. Musiquinha suave. Cheirinho de óleo essencial. E uma massagem maravilhosa. Foi quase uma hora com meu corpinho sendo massageado, da ponta dos dedos dos pés, até o rosto. Que sensação maravilhosa! Eu até suspirava. Só pensava que meu corpo merecia aquele cuidado.

Depois que terminou a Vanessa perguntou se eu ia querer um chá. Falei que sim. Ela começou a falar os sabores, mas já escolhi o primeiro: camomila com mel. O chá ela deixou pronto na recepção.

Quando cheguei na recepção a Claudete já estava sentada. O Zé também estava sentado, me esperando. A Tati chegou uns minutos depois.

Eu gostei bastante da massagem. Mas do espaço eu gostei mais do “Azahar Spa”, onde estive em março com a Tati e a Cintia. Falei AQUI sobre ele.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Jantar para fechar a viagem para Rio Quente. SQN.

Semana passada o Gabriel comentou com o Zé que eles estão pensando ir para Rio Quente – Goiás, no mês de julho. E convidaram a gente para ir junto. Como a Cintia vai tirar uns dias de férias, e quando isso acontece, eu dou cobertura no financeiro, não vou poder me ausentar. Então falei para a Eliane que não vai ser dessa vez. Mas o Zé está pensando ir. Vai de moto e encontra com eles lá. E para acertarem isso, eles marcaram um jantar hoje.

Eliane mandou mensagem no final da tarde falando que estava fazendo “escondidinho de frango” e salada. Tinha comprado sobremesa. E Zé ficou de levar os vinhos.

Pergunta se eu quis treinar? De jeito nenhum.rsrs Zé me pegou no final do expediente e fomos direto para o apartamento deles.

Chegamos e enquanto a Eliane preparava o escondidinho, ficamos conversando. E bebendo.

Ela fez arroz também. Nos sentamos para comer. Jantamos e depois comemos sobremesa: Torta Raffaello. Tudo estava muito delicioso. Ficamos na mesa por horas. Conversando de tudo. Agora pergunta se fecharam a viagem? Gabriel abriu o site do hotel no celular, para mostrar para o Zé. Porque o Zé estava pensando que era outro. Mas não decidiram nada.

Logo a conversa mudou para colchão, travesseiro e chuveiro. Tudo começou porque falei do chuveiro maravilhoso do hotel Mercure, que ficamos hospedados no último final de semana. Então a Eliane falou que o chuveiro deles não fica atrás dos chuveiros de hotel. Nem o colchão e travesseiro. Que hoje eles preferem o deles. E nós fomos nos deitar um pouco no colchão do Felipe e depois no deles, para sentir como são confortáveis. Antes que pensem que eu e Zé somos abusados... Eles que falaram pra gente testar.rsrs

E os colchões são bons mesmo. Nem sei qual dos dois gostei mais. Por mim, já dormia lá mesmo.rsrs

No fim a gente já estava rindo à toa. Também, foram duas garrafas de vinho. Pelo jeito, até eles fecharem essa viagem deverá ter mais um encontro. Ou dois...

terça-feira, 3 de junho de 2025

Não superproteja

Segredo nº 86

Ninguém quer que suas pessoas queridas sofram qualquer mal, mas é preciso deixá-las viver suas vidas e passar por suas experiências. Ficar o tempo todo se preocupando e tentando impedir que façam aquilo que desejam é um risco: aqueles que protegemos não desenvolverão seus próprios recursos e mecanismos de defesa, não crescerão aprendendo com as experiências, e nós ficaremos incessantemente preocupados.

😃😃😃

Na rua onde moro vivem duas famílias com crianças pequenas. O comportamento de cada uma em relação aos filhos ilustra bem o que quero falar sobre superproteção. Na primeira, as crianças são cuidadas, protegidas de perigos, mas têm espaço para criar seus próprios jogos, inventar suas brincadeiras, convidar os amiguinhos de escola, às vezes ir dormir na casa de algum deles. São crianças alegres, soltas, comunicativas, capazes de achar graça nas pequenas diversões. Se acontece algum problema, o pai conversa com os filhos, procurando fazê-los entender o que aconteceu e, se for preciso, colocando limites.

Na segunda, as crianças são sufocadas pela superproteção: seus horários são absolutamente preenchidos pelos pais com aulas de todo tipo, não são deixadas sozinhas em nenhum momento, não podem frequentar a piscina dos vizinhos, as roupas que usam em qualquer ocasião são escolhidas pela mãe e em hipótese alguma dormem fora de casa. São fechadas, desconfiadas, e eu as vejo olhando as brincadeiras das outras com visível desejo de participar, mas sem ter coragem ou permissão para fazê-lo.

😃😃😃

Pesquisas realizadas com milhares de pais e mães mostraram um menor nível de felicidade nos que tinham um comportamento superprotetor. A energia e o tempo gastos por causa das preocupações os tiravam de outras atividades prazerosas e causavam um nível mais alto de estresse, além de prejudicar seus filhos.

Voydanoff e Donnelly, 1998

domingo, 1 de junho de 2025

Hotel Grand Mercure

Primeira vez que ficamos hospedados nesse hotel. Acho que hotel parecido, fiquei no Maksoud Plaza. Pelo menos no quesito: recepção na entrada. Zé parou com o carro e um senhor de terno e gravata veio e abriu a porta. Logo apareceu um rapaz, igualmente vestido, perguntando se a gente ia precisar de ajuda para carregar as bagagens. Coisa chique! E eu de jeans e tênis. Confesso que fiquei um pouco envergonhada😊



Zé escolheu esse hotel porque fica bem perto do Shopping Vila Olímpia, onde iríamos assistir o musical com o Falabella.

Pegamos a mala e entramos. A recepção é outro desbunde. Enorme. Chique. Enquanto o Zé fazia o check in, eu fiquei tirando fotos. 




No fundo tem um bar e o restaurante. Na frente dos elevadores, uma prateleira com lindos objetos que estavam em exposição.




Nosso quarto ficava no 12° andar. Quarto 1112. O quarto é padrão dos hotéis Mercure e Íbis. Mas dá um close no tamanho da cama. Normalmente a gente percebe que juntam duas camas de solteiro. Ali acho que juntaram duas camas de casal. Só pode! 





Fiquei boquiaberta com o nível do sabonete e do shampoo. Tudo L’occitane. Muito luxo. E o chuveiro. Meu Deus! Que delícia. Água quente e com pressão. É mais que um banho. É uma massagem no corpo. Eu não queria sair debaixo dele. Falei para o Zé que quero um chuveiro igual.rsrs





À noite, após voltarmos do Teatro, fomos ao restaurante do hotel, que funciona até às 23h. Fiquei com receio porque era 22h40min., mas fomos muito bem atendidos pelos dois funcionários. Pedimos porção de pastéis e refrigerantes. 



Só não dormi muito bem. Não consegui me ajeitar com os travesseiros e com o lençol e edredom. Colocava. Tirava. Ainda bem que a cama era enorme, pois o Zé nem percebeu a minha agitação noturna 🤭

No mais, devo dizer que fiquei encantada com os detalhes e com os mimos: água saborizada na recepção, garrafa de água no quarto.





Nós não tomamos café da manhã no hotel, mas fomos informados no check in que estava R$ 92,00 por pessoa. O estacionamento é pago. Quanto a diária, não sei quanto ficou. Até perguntei para o Zé, mas ele não soube me dizer. Ou não quis. Não insisti. Não deve ter sido barato, pelo nível do hotel. E da localização. 
Eu amei a estadia, um hotel para ficar mais dias, pois sei que ele possui piscina, academia e provavelmente outros espaços que não tivemos tempo de conhecer.