Sem um objetivo, tudo perde o sentido. Você pode trabalhar quarenta horas
por semana, arrumar a casa, brincar com os filhos, divertir-se, tomar
resoluções para o novo ano. Entretanto, se você não tiver uma razão para estar
fazendo tudo isso, nenhuma dessas coisas terá qualquer sentido.
Digamos que você é um estudante. Para que estudar para uma prova? Para
sair-se bem no curso. E que importância tem sair-se bem no curso? É importante
para conseguir um diploma. Mas para que serve um diploma? Para ajudar a obter
um bom emprego. É verdade que o emprego só virá daqui a vários anos, mas é ele
que alicerça todo o seu esforço. Sem o objetivo final, todos os passos
intermediários viram passatempos e perdem o sentido. Para que se dar ao
trabalho de fazer todas essas coisas se elas não conduzirem você até algo que
deseja? Se não houver um objetivo, é preferível ficar à toa do que estudar para
a prova.
É muito mais fácil dedicar-se a qualquer atividade, seja ela para a
família ou para o sucesso pessoal, se tomarmos consciência do que queremos.
Caso contrário, viramos autómatos que repetem comportamentos sem conhecer a
razão. Saber qual é o objetivo que queremos alcançar com determinada atividade
nos permite avaliar se estamos avançando em sua direção e nos possibilita mudar
de rumo se for necessário.
Em uma pesquisa realizada com estudantes universitários fez-se uma
comparação entre os estudantes que gostavam da vida que levavam e de seus
estudos e os estudantes que se sentiam insatisfeitos. Constatou-se uma
diferença significativa: os estudantes do primeiro grupo tinham consciência do
que desejavam da vida, enquanto os outros simplesmente iam tocando.
Rahman e Khaleque, 1996