Ontem eu e Zé fomos para São Paulo assistir ao
musical: Kiss me Kate, o Beijo da Megera. Quando o Zé falou de irmos assistir a
essa peça, isso foi em meados do mês de Junho, o que fez com que eu concordasse
de cara foi por ter no elenco o Miguel Falabella. Confesso que a peça eu não
conhecia. Outro motivo foi quando soube que a gente ia pela Trondi Turismo. Já falei em outras postagens
sobre a Trondi. O serviço de bordo, com destaque para os lanches que a Roberta
(dona da empresa) faz, nunca comi igual.
Só que, para esta postagem não ficar muito longa e
cansativa, vou postar sobre o musical na próxima postagem. Nesta preciso contar sobre algo que aconteceu durante a viagem. Vamos
lá...
Chegou o sábado tão esperado. Meio dia eu e Zé saímos
de casa. Fomos de Uber até o Cambuí. Tínhamos programado de almoçar no Restaurante
Espaguetti (conhecido como Bar do São Paulo ou São Paulino), que fica na rua de
onde o ônibus iria sair. A saída estava marcada para às 14h30min. Uma hora
antes a gente estava almoçando.
Terminamos de almoçar e nos dirigimos ao ônibus.
Entramos e ficamos aguardando todos chegarem para sairmos. Uns dois minutos
antes do horário de saída vi o Wagner (novo guia) correndo em direção ao Centro
de Convivência. Até comentei com o Zé, que achava que ele foi buscar algum
passageiro, que podia ter se confundido achando que o ônibus iria sair de lá.
Antes da pandemia o ônibus saía de lá, então normal alguém não prestar atenção
no novo local de saída.
Deu o horário e vi o Felipe (filho da Roberta) correndo em direção de onde o Wagner tinha ido. E o ônibus começou a sair. Circulou uns metros e virou a rua. Vi o Felipe atravessando a rua. O ônibus parou. No semáforo estava o Wagner apoiando uma mulher. Estranhei porque ela parecia que estava bêbada, ou sei lá.
Porque parecia que estava andando nas nuvens. Eles entraram no ônibus. Ele a
colocou ao lado de outra passageira uns 4 bancos na frente do nosso. A gente
estava no número 32 e 33 (ou 33 e 34). Lembro do 33.rsrs
Começamos a seguir viagem. Logo a Roberta começou a falar no microfone. Se apresentou e também os guias, e falou a programação até Dezembro. Percebi que a mulher resmungava junto e ficava meio que se levantando. Algo não estava bem. A Roberta falou para o Wagner que era para ele cuidar da mulher, porque ele que a levou. Estranhamos ela falar isso. Será que a mulher era conhecida dele?
O clima
começou a ficar tenso dentro do ônibus. A mulher começou a se debater. A
passageira que estava do lado dela pediu para tomarem providências. Pegaram a
mulher e a levaram para o último banco.
Vi que a Roberta já estava ao telefone. Felipe e
Wagner próximos da mulher. Comecei a escutar muito barulho vindo de trás. Olhei
e vi que a mulher se debatia. O Wagner tentava segurar para ela não bater a
cabeça.
Paramos em um posto logo depois de Jundiaí. Juntaram
o Wagner, o Felipe e começaram a levar a mulher pra fora. Ela era pequena e
magra, mas eles não conseguiam segurar ela direito de tanto que ela se debatia.
Tanto que na hora que passaram no corredor perto da gente ela chutou o Zé. E foi batendo em outros passageiros. Conseguiram levar ela pra fora, tentaram colocá-la sentada em um banco, do lado de fora da Loja de Conveniência. Mas ela ficou no chão e eles
tentando segurar. A Roberta tinha ligado para o Samu. Ficamos ali por uns 20
minutos, ou mais. O ônibus ligado. Tinha passageira que estava dando “piti” porque era
perigoso o ônibus ligado e a gente lá dentro. Enfim chegou a Guarda Municipal e o Samu, juntos.
Colocaram a mulher na maca. Foi ela e o Wagner para o hospital. O Felipe,
Roberta, o motorista e alguns passageiros que estavam fora, voltaram para o
ônibus e continuamos a viagem.
A Roberta então começou a explicar o que tinha
acontecido. Bom, pra começar, a mulher é cliente dela, ou seja, não é a primeira
vez que estava fazendo viagem com a Roberta. Segundo a Roberta, quando a gente
ainda estava parado no local de saída, o dono do estacionamento que fica no
Centro de Convivência ligou para ela dizendo que tinha uma mulher no
estacionamento, que estava muito desorientada (pensando aqui, com meus botões, como a mulher conseguiu dar o número da Roberta se estava tão desorientada?). Foi então que o Wagner foi até lá para
saber direito o que estava acontecendo. Quando ele falou do estado da mulher, a
Roberta falou que era para ele deixar ela, e a gente seguiria viagem sem ela. O
Wagner insistiu levar e disse que se responsabilizaria pela mulher. A Roberta
explicando e alguns passageiros batendo boca com ela. Dizendo que ela não
deveria ter levado a mulher. Outra disse que a obrigação da Roberta era ter
levado a mulher no hospital. Outra que a Roberta tinha que ter ligado para
algum parente ir buscar a mulher. Os ânimos estavam a flor da pele.
Enfim, seguimos viagem. A Roberta ficou completamente
perdida. Percebemos no serviço de bordo. Na ida eles servem um pacotinho de
amendoim e normalmente água. Estranhei que serviram vinho. Se não serviram
errado, acho que serviram para acalmar os passageiros.rsrs
Chegamos no Shopping Villa Lobos, a Roberta falou
para quem quisesse ir ao banheiro, para fazer isso e depois pegar o ingresso
com ela perto da bilheteria do Teatro. Passamos no banheiro e quando chegamos
no andar do teatro, a Roberta e o Felipe estavam entregando os ingressos. Uma
confusão que não é normal dela. Zé estava inconformado. Enfim pegamos os
ingressos e entramos. Quando nos sentamos era exatamente 17h – horário do
início do espetáculo.
hora de pegar o ingresso |
Que correria! Mas deu certo! Chegamos em tempo! E o
espetáculo começou!
No final do espetáculo descemos e após o banheiro,
fomos para o local de encontro. O bom é que os clientes da Roberta são bem disciplinados. Combinou e estavam todos ali. Voltamos para o ônibus.
A Roberta contou que a mulher estava bem e já tinha
sido liberada. Inclusive a própria mulher ligou e falou com a Roberta. O
diagnóstico foi que ela teve hipoglicemia. Eu já acho que foi outra coisa.
Na volta ainda tivemos o serviço de bordo que são os
deliciosos lanches feitos pela Roberta (pão e patê) e docinhos. Vinhos,
frisantes, refrigerantes e água. Quer dizer, os docinhos quase passaram batido.
A Roberta estava esquecendo. Lembrou quando a gente já estava perto da
rodoviária.
Eu fiquei assustada com o que vi. Dessa vez a viagem
com a Trondi foi com emoção. Uma emoção que espero não precisar presenciar
novamente.
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