domingo, 13 de agosto de 2023

Trondi Turismo - Uma viagem com emoção

Ontem eu e Zé fomos para São Paulo assistir ao musical: Kiss me Kate, o Beijo da Megera. Quando o Zé falou de irmos assistir a essa peça, isso foi em meados do mês de Junho, o que fez com que eu concordasse de cara foi por ter no elenco o Miguel Falabella. Confesso que a peça eu não conhecia. Outro motivo foi quando soube que a gente ia pela Trondi Turismo. Já falei em outras postagens sobre a Trondi. O serviço de bordo, com destaque para os lanches que a Roberta (dona da empresa) faz, nunca comi igual.

Só que, para esta postagem não ficar muito longa e cansativa, vou postar sobre o musical na próxima postagem. Nesta preciso contar sobre algo que aconteceu durante a viagem. Vamos lá...

Chegou o sábado tão esperado. Meio dia eu e Zé saímos de casa. Fomos de Uber até o Cambuí. Tínhamos programado de almoçar no Restaurante Espaguetti (conhecido como Bar do São Paulo ou São Paulino), que fica na rua de onde o ônibus iria sair. A saída estava marcada para às 14h30min. Uma hora antes a gente estava almoçando.

Terminamos de almoçar e nos dirigimos ao ônibus. Entramos e ficamos aguardando todos chegarem para sairmos. Uns dois minutos antes do horário de saída vi o Wagner (novo guia) correndo em direção ao Centro de Convivência. Até comentei com o Zé, que achava que ele foi buscar algum passageiro, que podia ter se confundido achando que o ônibus iria sair de lá. Antes da pandemia o ônibus saía de lá, então normal alguém não prestar atenção no novo local de saída.


Deu o horário e vi o Felipe (filho da Roberta) correndo em direção de onde o Wagner tinha ido. E o ônibus começou a sair. Circulou uns metros e virou a rua. Vi o Felipe atravessando a rua. O ônibus parou. No semáforo estava o Wagner apoiando uma mulher. Estranhei porque ela parecia que estava bêbada, ou sei lá. Porque parecia que estava andando nas nuvens. Eles entraram no ônibus. Ele a colocou ao lado de outra passageira uns 4 bancos na frente do nosso. A gente estava no número 32 e 33 (ou 33 e 34). Lembro do 33.rsrs

Começamos a seguir viagem. Logo a Roberta começou a falar no microfone. Se apresentou e também os guias, e falou a programação até Dezembro. Percebi que a mulher resmungava junto e ficava meio que se levantando. Algo não estava bem. A Roberta falou para o Wagner que era para ele cuidar da mulher, porque ele que a levou. Estranhamos ela falar isso. Será que a mulher era conhecida dele?

O clima começou a ficar tenso dentro do ônibus. A mulher começou a se debater. A passageira que estava do lado dela pediu para tomarem providências. Pegaram a mulher e a levaram para o último banco.

Vi que a Roberta já estava ao telefone. Felipe e Wagner próximos da mulher. Comecei a escutar muito barulho vindo de trás. Olhei e vi que a mulher se debatia. O Wagner tentava segurar para ela não bater a cabeça.

Paramos em um posto logo depois de Jundiaí. Juntaram o Wagner, o Felipe e começaram a levar a mulher pra fora. Ela era pequena e magra, mas eles não conseguiam segurar ela direito de tanto que ela se debatia. Tanto que na hora que passaram no corredor perto da gente ela chutou o Zé. E foi batendo em outros passageiros. Conseguiram levar ela pra fora, tentaram colocá-la sentada em um banco, do lado de fora da Loja de Conveniência. Mas ela ficou no chão e eles tentando segurar. A Roberta tinha ligado para o Samu. Ficamos ali por uns 20 minutos, ou mais. O ônibus ligado. Tinha passageira que estava dando “piti” porque era perigoso o ônibus ligado e a gente lá dentro. Enfim chegou a Guarda Municipal e o Samu, juntos. Colocaram a mulher na maca. Foi ela e o Wagner para o hospital. O Felipe, Roberta, o motorista e alguns passageiros que estavam fora, voltaram para o ônibus e continuamos a viagem.

A Roberta então começou a explicar o que tinha acontecido. Bom, pra começar, a mulher é cliente dela, ou seja, não é a primeira vez que estava fazendo viagem com a Roberta. Segundo a Roberta, quando a gente ainda estava parado no local de saída, o dono do estacionamento que fica no Centro de Convivência ligou para ela dizendo que tinha uma mulher no estacionamento, que estava muito desorientada (pensando aqui, com meus botões, como a mulher conseguiu dar o número da Roberta se estava tão desorientada?). Foi então que o Wagner foi até lá para saber direito o que estava acontecendo. Quando ele falou do estado da mulher, a Roberta falou que era para ele deixar ela, e a gente seguiria viagem sem ela. O Wagner insistiu levar e disse que se responsabilizaria pela mulher. A Roberta explicando e alguns passageiros batendo boca com ela. Dizendo que ela não deveria ter levado a mulher. Outra disse que a obrigação da Roberta era ter levado a mulher no hospital. Outra que a Roberta tinha que ter ligado para algum parente ir buscar a mulher. Os ânimos estavam a flor da pele.

Enfim, seguimos viagem. A Roberta ficou completamente perdida. Percebemos no serviço de bordo. Na ida eles servem um pacotinho de amendoim e normalmente água. Estranhei que serviram vinho. Se não serviram errado, acho que serviram para acalmar os passageiros.rsrs  

Chegamos no Shopping Villa Lobos, a Roberta falou para quem quisesse ir ao banheiro, para fazer isso e depois pegar o ingresso com ela perto da bilheteria do Teatro. Passamos no banheiro e quando chegamos no andar do teatro, a Roberta e o Felipe estavam entregando os ingressos. Uma confusão que não é normal dela. Zé estava inconformado. Enfim pegamos os ingressos e entramos. Quando nos sentamos era exatamente 17h – horário do início do espetáculo.

hora de pegar o ingresso

Que correria! Mas deu certo! Chegamos em tempo! E o espetáculo começou!

No final do espetáculo descemos e após o banheiro, fomos para o local de encontro. O bom é que os clientes da Roberta são bem disciplinados. Combinou e estavam todos ali. Voltamos para o ônibus.

A Roberta contou que a mulher estava bem e já tinha sido liberada. Inclusive a própria mulher ligou e falou com a Roberta. O diagnóstico foi que ela teve hipoglicemia. Eu já acho que foi outra coisa.

Na volta ainda tivemos o serviço de bordo que são os deliciosos lanches feitos pela Roberta (pão e patê) e docinhos. Vinhos, frisantes, refrigerantes e água. Quer dizer, os docinhos quase passaram batido. A Roberta estava esquecendo. Lembrou quando a gente já estava perto da rodoviária.

Eu fiquei assustada com o que vi. Dessa vez a viagem com a Trondi foi com emoção. Uma emoção que espero não precisar presenciar novamente.

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