E nas últimas horas deste ano atípico, encerro com alguns aprendizados e algumas observações. Sobre a Covid-19 e o ser humano.
Deu para perceber que o vírus não escolheu sua vítima pela faixa etária (no início eram só os idosos), pela cor de pele (teve uma fase que diziam que as pessoas de pele negra eram mais suscetíveis), pelo tipo sanguíneo (não lembro o tipo, mas falou-se de que um dos tipos sanguíneos estavam fora de risco), gênero sexual, ateu ou religioso, rico ou pobre, analfabeto ou doutor, pessoa medrosa ou corajosa. Com certeza os mais idosos e os que possuíam comorbidades foram os mais atingidos, mas, no geral, não houve e não há regras.
No início disseram que o vírus veio para mudar as pessoas. Para melhor. Para o bem! Não foi bem isso que aconteceu. Quem tinha - bens e dinheiro - e não dividia com os outros, continuou assim. Quem era pessimista, continuou assim. Quem só sabe criticar tudo e todos, continuou assim. Com raras exceções, foram muito poucas as mudanças para melhor.
Vi muita hipocrisia, muitos julgamentos, muitas críticas e muitas incoerências sem fundamento:
- Uma colega disse que a irmã vive a criticando porque ela vai à igreja, mas a irmã viaja e passeia para todo lugar.
- Vi gente criticando quem viajou nas férias do trabalho, ou mesmo para desestressar... Mas não falou nada quanto a pessoa ir trabalhar. Às vezes pegando coletivo lotado.
Aqui vale aquele velho ditado: muitos veem as pingas que você toma, mas não veem os tombos que você leva.
- Pessoas não podem (não querem) receber os parentes e amigos para jantar ou tomar café na sua casa... Mas podem sentar nos restaurantes. Com os mesmos?
- Foi um ano complicado, não só pelo vírus em si, mas pela confusão entre governantes e população. Cada um querendo saber mais que o outro. E as brigas nas redes sociais continuam. Cada hora é um assunto. No momento é a vacina.
Apesar de tudo eu termino este ano feliz e muito grata a Deus por ter sobrevivido a este vírus. Ele não me afetou totalmente. As consequências dele sim. Fiquei um pouco irritada e amarga. Porque não dá para ser totalmente alheia aos acontecimentos.
Enfim... Foi um ano difícil, mas poderia ter sido pior se eu me entregasse ao medo. Ao desânimo. As críticas. As notícias ruins.
E assim me despeço de 2020... Um ano inesquecível, mas que não deixará saudades!
E para 2021 só peço muita saúde e paz! Para mim e para todos!!
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