Apesar de todos seus defeitos, o meu pai sempre foi o
meu grande ídolo.
Certa vez, quando cursava o grupo escolar, a Tia Cida
precisou se ausentar, e pediu para que o meu irmão Alexandre a ajudasse tomando
conta dos seus alunos.
Assim que ela saiu da sala de aula, as crianças
solicitaram ao Alexandre para abonar as suas faltas no diário escolar em troca
de alguns trocados.
Naquele dia o Alexandre chegou em casa com um montão
de dinheiro e foi logo correndo emprestar para o nosso pai, que não estava lá
com as suas finanças em dia.
Logicamente o nosso pai quis saber a origem daquelas
moedas. E Alexandre acabou revelando, contra a sua vontade, a fonte de toda
aquela sua riqueza.
Bastante preocupado, o nosso pai então colocou
Alexandre sentado em um banco no alpendre e lhe fez a seguinte proposta:
_ Filho, você quer ser um alguém falso ou um ninguém
verdadeiro?
_ Sendo falso, você sempre será reconhecido. Será
famoso pelas suas travessuras, terá notoriedade, mas não terá amigos por que
você não será confiável.
_ Sendo verdadeiro, a sua presença não precisa ser
anunciada. Você será honesto, humilde e será uma fortaleza em que todos
poderemos confiar.
O Alexandre pediu desculpas ao nosso pai e à
professora, além de reconhecer e corrigir o seu erro na escola perante os
colegas.
Aquela situação havia nos revelado uma das maiores
lições de aprendizado.
Aulus Di Toam
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