E quase um ano depois, por causa da pandemia, eu
voltei a trabalhar em casa. As restrições começaram a ficar mais apertadas. Nada
de concreto ainda. Parece que até final de semana o Prefeito de Campinas deve
anunciar as medidas. Mas cogita-se os ônibus pararem de circular. Fala-se em
termos que andar com declaração que justifique o motivo de estarmos na rua. E
por isso, meu patrão falou que as meninas que utilizam ônibus podiam trabalhar
home-office. Dessa vez, por milagre ele perguntou para mim. Então disse que
iria para casa. Não estava mais me sentindo segura na rua. No prédio. E
principalmente dentro do escritório.
Agora uma coisa que ninguém entende é como pode,
depois de um ano, a situação estar do mesmo jeito. Ou pior.
Problema que dessa vez nem todos querem ficar em
isolamento. Já não acreditam mais em nada. Afinal, ficamos ano passado e o que
aconteceu? Pode ser que com isso seguramos o alastramento do vírus. Mas, toda
vez que tiver muitos casos vai ser assim? Isolamento. Lockdown. E sei lá mais o
quê.
Neste um ano não era para os governantes terem
preparado hospitais? Não era para terem investido em pesquisas para descobrir
um antibiótico eficaz contra o vírus. Um que impedisse o paciente precisar ser
entubado? Mesmo a vacina, para aqueles que acreditam que ela é a única solução.
Por que ainda não tem para todos? Por que a vacinação caminha a passos lentos?
São tantas as perguntas. E nenhuma resposta. Só “fique
em casa”, “use máscara”, “mantenha o distanciamento” e “evite aglomeração”.
E a gente que pensava que este ano estaríamos livres
desse mal. E pior que não temos nem ideia de quando poderemos respirar
aliviados.
Enquanto isso vamos aguardar os próximos capítulos
dessa novela que parece não ter fim.
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