Um lagarto costumava matar a sede numa fonte de água cristalina. Mas uma serpente tinha feito seu ninho junto dela e decidiu proibi-lo de frequentar a nascente:
_ Agora, quem manda aqui sou eu. Faça como os ratos: procure outro lugar.
A briga foi tal, que decidiram passar das ameaças à pancadaria, e marcaram uma data para o confronto. Chegado o dia da luta, os ratos, que também tinham sido expulsos, foram até o lagarto para incentivá-lo; e garantiram que se uniriam a ele para juntos enfrentarem a serpente.
Começou o combate. Enquanto o lagarto se atracava com a cobra, os ratos faziam uma barulheira terrível: discutiam os golpes do seu aliado e criticavam seus ataques, numa guincharia que não acabava mais. O que, de fato, conseguiram com isso foi desanimar o lagarto e prevenir a serpente:
_ Não acredito que ele vai atacar pela direita outra vez! Olha lá! Que estúpido!
Tendo vencido a batalha, o lagarto, indignado, partiu para cima dos ratos: "Vocês me deram sua palavra de que atacariam ao meu lado. Em vez disso, nada fizeram, além de guinchar críticas contra mim!".
"Mas foram críticas construtivas, companheiro", eles responderam, "é apontando os erros e as fraquezas que nós ajudamos nossos parceiros".
Há três verdades preciosas nessa história. A primeira é que palavras não adiantam, quando o que se precisa é de atitudes. A segunda é que palavras negativas, por mais bem-intencionadas que sejam, desanimam a pessoa criticada e encorajam seus adversários a atacá-la. E a terceira é que, em geral, os que menos se dedicam a "fazer" são os mais empenhados em "criticar".
Quem sabe fazer não critica; mostra como se faz. Quem é bom no que faz, ensina quem não sabe fazer; e não o ridiculariza por isso. O crítico se limita a apontar deficiências e falhas, mas o mestre é quem, pacientemente, ensina a superá-las.
Extraído do livro "Sorrindo pra Vida" - págs. 55 e 56
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