Eu tinha pensado em postar um episódio que aconteceu
na quinta-feira, depois desisti. Até porque se eu for colocar tudo que vivo
aqui, vai virar um diário mesmo.rsrs
Mas, depois de cair no “conto do vigário” que não foi
por um vigário, mas foi dentro da igreja, resolvi escrever.
Eu anuncie umas sandálias para vender. Uma moça de
nome Célia ficou interessada. Queria saber como faria para pegar. Falei que, na
minha hora do almoço (e passei o horário) eu poderia ir à praça que fica bem
próximo. Ela falou que o ônibus passava por ali também. Combinamos para
quinta-feira. Na hora do almoço fui à praça e fiquei esperando mais de meia hora.
Como ela não apareceu, voltei para o escritório. Chegando ao escritório acessei
as mensagens para ver se ela tinha escrito algo. Ela escreveu que tinha
chegado. Ou seja, virei as costas e ela chegou. Perguntei se ela poderia ir na
frente do prédio. E em menos de 5 minutos ela disse que estava me esperando.
Desci.
A gente se cumprimentou. Enquanto ela olhava as sandálias, perguntei
se ela trabalhava. Ela disse que está desempregada e por enquanto está fazendo bolos
e doces.
Na hora de pagar, ela me deu 100 reais. E como era 45
reais eu tinha levado 05 reais, achando que ela me daria 50 reais. Ela
perguntou se eu conhecia alguém que poderia trocar os 100 reais. Eu não conheço
quem poderia fazer isso. Ou teria esse dinheiro. E hoje em dia também, todo
mundo desconfia de uma nota de 100 reais.
Ela perguntou em que banco que eu tinha conta. Como
ela tinha na Caixa falou que faria transferência. Ali mesmo. Agora pergunta se
eu sabia o número da conta? E eu não queria ter que ir ao escritório, pois meu
patrão estava lá. Não pode ficar saindo assim... Ainda mais para resolver
assuntos pessoais.
Bom... Ela perguntou se eu confiava deixar as
sandálias com ela e, assim que eu passasse os dados da conta ela faria a
transferência. Falei que tudo bem. Ia confiar. Ela me adicionou no whatsapp e cada uma foi
para um lado.
Eu fiquei meio ressabiada. Assim que cheguei à minha
mesa, passei os dados da minha conta para ela. E rezei. Triste pensar assim...
Mas no fundo eu confiei, desconfiando.
Passados 40 minutos ela mandou a foto da
transferência. E eu respirei aliviada. Nem tanto pelo dinheiro. Mas por ter
podido confiar em alguém que nunca tinha visto antes.
Agora faço a pergunta para mim mesma: _ E se fosse
depois de saber da “sacanagem” do Sr.Reinaldo, eu teria confiado na Célia?
Realmente não sei. Infelizmente as vezes um acaba
pagando “o pato” pelos erros dos outros.
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