Terminei de ler este livro ontem. Comecei a leitura alguns
dias após o Zé ir viajar. Como o livro é dividido em 19 capítulos, tinha noite
que eu lia um, às vezes dois, dependendo até três capítulos. Por isso acabou
rapidinho.
O que vou escrever abaixo está na “orelha esquerda” do
livro:
“Qual é a tua obra? Quando você se for, o que vai ficar?
Como nada vamos levar, o que vamos deixar que não estrague, não apodreça e não
seja objeto de disputa odiosa? Porque tem muita gente que deixa coisas que
geram fratricídio.
É por isso que Benjamin Disraeli disse e eu repito sempre
para mim e para outros: “A vida é muito curta para ser pequena”! Já basta que
ela curta seja para que nós a apequenemos. O que apequena a vida? O desperdício
de convivência, a incapacidade de ter algo que não seja superficial, a possibilidade
de esquecer as noções importantes de vida que são: fraternidade, solidariedade,
amorosidade.
Aquilo que eu sou, a minha capacidade humana de conviver,
ela precisa do ter. Mas o ter não é decisivo. O ter é como uma escada. Ninguém
tem uma escada para ficar em cima dela ou grudado nela. Você tem uma escada
para ir a algum lugar. E o lugar que o ter deve nos levar é o ser. Se ele não
nos leva a sermos solidários, a sermos fraternos, a sermos amigos, a sermos
decentes, então para quê?
É preciso pensar nisso e fazer-se importante, para viver e
morrer em paz...”
Como falei no início que este livro é dividido em capítulos, um e outro chamou (mais) a minha atenção. Dois em especial. Um deles é o 11 – A Sociedade da Exposição. Mais
propriamente, este trecho “(...) para não serem esquecidas, as pessoas fazem
músicas, escrevem livros, tatuam o corpo, participam de comunidade virtuais,
mergulham no Twitter, criam blogs. O que é manter um diário senão um desespero
contínuo, um pedido silencioso e desesperado para que alguém o leia? Ninguém,
em sã consciência, faz um diário para si mesmo – isso seria um exercício
psicopata. O grande desejo de quem faz um diário é ser lido.” (p.98)
Juro que eu li e reli um monte de vezes esse trecho.
Eu não sou assim! Não escrevo querendo desesperadamente que alguém leia,
pensei. Primeiramente eu escrevo porque gosto. Isso não quer dizer que eu sei escrever.rsrs
Escrevo também porque quero deixar a minha vida (ou
boa parte dela) registrada, assim quando eu ficar mais velha e não lembrar muita
coisa eu terei onde consultar. Se já faço isso hoje, quem dirá daqui uns 20
anos.
Outro motivo para eu escrever é para os meus netos,
bisnetos... Caso algum dia eles queiram conhecer um pouco sobre mim, saberão
onde encontrar.
Enfim, após explicar as razões pela qual eu mantenho esse blog, cheguei à conclusão que, além de fazer um exercício psicopata (segundo o autor), pois, escrevo para mim mesma, no fundo também tenho o desejo de que ele seja lido, Se não for hoje... Que seja futuramente!
Enfim, após explicar as razões pela qual eu mantenho esse blog, cheguei à conclusão que, além de fazer um exercício psicopata (segundo o autor), pois, escrevo para mim mesma, no fundo também tenho o desejo de que ele seja lido, Se não for hoje... Que seja futuramente!
O outro trecho está no capítulo 17 – Felicidade como Vitalidade “(...) Gosto de livro e, portanto,
gosto do cheiro de livro novo, do livro a ser aberto, despaginado, violado,
profanado, ao ser manchado pela água que derrubei ou a comida ou a gota de
azeite que caiu ali, ou os riscos, grifos e comentários que acrescentei.”
(p.159)
Muito eu! Ah, na página anterior o autor fala também que ele comprou livros que ainda não leu, ou que leu só um pedaço, e livros que comprou somente porque queria ter. Que bom... Achei que eu tinha um problema.rsrs
O interessante deste livro é que, em cada capítulo tinha algo que me fez pensar. Eu gosto quando um filme, um livro tem esse efeito sobre mim.
E a melhor parte eu achei que está no último capítulo. Falo disso em uma próxima postagem...
O interessante deste livro é que, em cada capítulo tinha algo que me fez pensar. Eu gosto quando um filme, um livro tem esse efeito sobre mim.
E a melhor parte eu achei que está no último capítulo. Falo disso em uma próxima postagem...
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