A noite está quente. Muito quente.
Os termômetros marcam 34 graus.
Ela está no computador, absorta,
navegando entre um site e outro.
Ele ao lado, abraçado ao seu
violão, ensaia algumas músicas.
Com o calor que tem feito é só o
violão que está dando para dar uns abraços mesmo.
O suor escorre pelos ombros dela. Ele
arrisca um beijo e diz que ela está salgada.
Dormir mais cedo é bobagem, pura perda
de tempo. É ficar rolando de um lado para o outro.
E não tem ventilador. Não adianta
janelas abertas. Nada alivia a sensação de estar dentro de um forno.
Ele parou de tocar. Deve ter
cansado. Esse calor nos deixa cansados mais facilmente.
Ela ainda continua navegando... Nesse
calor melhor seria navegar em águas claras e fresquinhas.
Ele pega novamente no violão. Não tinha parado, tinha somente dado uma pausa para relaxar. Talvez se refrescar um pouco.
E nesse intervalo um bilhete ele
trouxe para ela. Nele está escrito:
Divido meu mundo com você...
Para multiplicar os momentos
felizes de minha existência.
Te amo!
E então... Ela parou de navegar.
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