A Kelly que nos levou até o cemitério para o velório/enterro da minha
mãe. Nós levamos o quadro com a foto da minha mãe (a mesma que ficou na entrada
do buffet, na festa de 80 anos dela) e o quadro de Nossa Senhora de Fátima.
Apesar da minha tristeza, eu fiquei feliz porque minha mãe faleceu no dia
de “Nossa Senhora de Fátima”. Sei lá, foi um conforto para mim. E acredito para
todos que são católicos, pois nos últimos 30 dias pedimos a intercessão de
Nossa Senhora pela minha mãe.
Outra observação, foi que minha mãe teve o AVC no dia 13/04 e faleceu dia
13/05. E ela falava que gostava do dia “13”. Quem ouve isso pode achar tudo uma
besteira, mas cada um se apega naquilo que acredita. Nas coincidências ou naquilo que pode trazer
conforto.
Voltando a Sala C do Cemitério das Aléias, que foi onde o corpo da minha
mãe foi velado... Eu e Nego entramos. Entreguei os quadros para o Marcos que
pediu um cavalete para a funcionária do cemitério. Os dois quadros foram colocados na
cabeceira do caixão.
Eu fiquei o tempo todo ao lado do caixão. Saí para ir ao banheiro. Ou
para pegar uma ou outra coisa na bolsa. Não queria perder um minuto da presença
da minha mãe. Sabia que ela não estava mais ali. Somente o corpo. Mas eu não me
importei.
O velório seguiu conforme o Marcos programou. E ele ficou rezando e
cantando o tempo todo. Como ele sabia que minha mãe gosta do André Rieu e que a
gente colocou para ela ouvir nos últimos 30 dias, pediu para eu deixar tocando
(que eu parava conforme a gente seguia o roteiro). Coloquei com o som bem baixinho,
perto da cabeça da minha mãe.
Achei que não ia conseguir, mas a pedido do Marcos, eu conduzi o “Terço
Mariano”. Hoje foram os Mistérios Gloriosos. Sandra fez o primeiro. Nilda o
segundo. Daniele o terceiro. Tia Janete o quarto. E o quinto pedi para fazermos
todos juntos.
No momento das “Histórias compartilhadas”, começou com o Sandro lendo um
depoimento do tio Roberto. A Sandra falou. A tia Janete falou. O Evandro (da
comunidade Dom Oscar Romero) falou. O Sandro falou. O Marcos falou. Esse foi um
momento de risos e lágrimas. Um pouco depois foi o momento da cerimônia das “Exéquias”,
que o Marcos celebrou.
Eu pouco olhei ao meu redor. Mas o pouco que olhei, vi muita gente. A sala
estava cheia. Além dos parentes, tinha vizinhos e conhecidos da minha mãe.
Amigos e conhecidos de cada um dos filhos dela. Pastores e padres. Cinco coroas
de flores.
Se a minha mãe pôde ver, ela deve ter ficado muito feliz com a
demonstração de amor de todos.
Foi uma pena que não conseguimos ficar todos os irmãos junto do caixão
para uma última despedida. Como fizemos ao lado da cama quando meu pai faleceu.
A Silvana nem viu minha mãe no caixão. E o Sergio está no Japão. O caixão
foi fechado na sala e não foi aberto antes de descer para o túmulo.
Após o enterro o Sandro me levou, a Silvana e o Nego para a casa da minha
mãe. Chegamos, esquentamos o almoço. Comemos e nos deitamos um pouco para
descansar.
Esse foi um dia que vai ficar para sempre na minha memória. O dia em que
um ciclo se encerrou. O ciclo de uma vida com a presença física da minha mãe. A
partir de agora ela vai viver “na minha memória e no meu coração”.
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