quarta-feira, 14 de maio de 2025

Velório e Enterro da minha mãe

A Kelly que nos levou até o cemitério para o velório/enterro da minha mãe. Nós levamos o quadro com a foto da minha mãe (a mesma que ficou na entrada do buffet, na festa de 80 anos dela) e o quadro de Nossa Senhora de Fátima.

Apesar da minha tristeza, eu fiquei feliz porque minha mãe faleceu no dia de “Nossa Senhora de Fátima”. Sei lá, foi um conforto para mim. E acredito para todos que são católicos, pois nos últimos 30 dias pedimos a intercessão de Nossa Senhora pela minha mãe.

Outra observação, foi que minha mãe teve o AVC no dia 13/04 e faleceu dia 13/05. E ela falava que gostava do dia “13”. Quem ouve isso pode achar tudo uma besteira, mas cada um se apega naquilo que acredita. Nas coincidências ou naquilo que pode trazer conforto.

Voltando a Sala C do Cemitério das Aléias, que foi onde o corpo da minha mãe foi velado... Eu e Nego entramos. Entreguei os quadros para o Marcos que pediu um cavalete para a funcionária do cemitério. Os dois quadros foram colocados na cabeceira do caixão.

Eu fiquei o tempo todo ao lado do caixão. Saí para ir ao banheiro. Ou para pegar uma ou outra coisa na bolsa. Não queria perder um minuto da presença da minha mãe. Sabia que ela não estava mais ali. Somente o corpo. Mas eu não me importei.

O velório seguiu conforme o Marcos programou. E ele ficou rezando e cantando o tempo todo. Como ele sabia que minha mãe gosta do André Rieu e que a gente colocou para ela ouvir nos últimos 30 dias, pediu para eu deixar tocando (que eu parava conforme a gente seguia o roteiro). Coloquei com o som bem baixinho, perto da cabeça da minha mãe.

Achei que não ia conseguir, mas a pedido do Marcos, eu conduzi o “Terço Mariano”. Hoje foram os Mistérios Gloriosos. Sandra fez o primeiro. Nilda o segundo. Daniele o terceiro. Tia Janete o quarto. E o quinto pedi para fazermos todos juntos.

No momento das “Histórias compartilhadas”, começou com o Sandro lendo um depoimento do tio Roberto. A Sandra falou. A tia Janete falou. O Evandro (da comunidade Dom Oscar Romero) falou. O Sandro falou. O Marcos falou. Esse foi um momento de risos e lágrimas. Um pouco depois foi o momento da cerimônia das “Exéquias”, que o Marcos celebrou.

Eu pouco olhei ao meu redor. Mas o pouco que olhei, vi muita gente. A sala estava cheia. Além dos parentes, tinha vizinhos e conhecidos da minha mãe. Amigos e conhecidos de cada um dos filhos dela. Pastores e padres. Cinco coroas de flores.

Se a minha mãe pôde ver, ela deve ter ficado muito feliz com a demonstração de amor de todos.

Foi uma pena que não conseguimos ficar todos os irmãos junto do caixão para uma última despedida. Como fizemos ao lado da cama quando meu pai faleceu.

A Silvana nem viu minha mãe no caixão. E o Sergio está no Japão. O caixão foi fechado na sala e não foi aberto antes de descer para o túmulo.

Após o enterro o Sandro me levou, a Silvana e o Nego para a casa da minha mãe. Chegamos, esquentamos o almoço. Comemos e nos deitamos um pouco para descansar.

Esse foi um dia que vai ficar para sempre na minha memória. O dia em que um ciclo se encerrou. O ciclo de uma vida com a presença física da minha mãe. A partir de agora ela vai viver “na minha memória e no meu coração”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Ficarei muito feliz com seu comentário. Só peço que coloque seu nome para que eu possa responder, caso necessário. Obrigada!