segunda-feira, 28 de março de 2022

Segunda-feira com Henrique

Ao chegar na porta da sala do Henrique, vi ele sentado. Quietinho. Estranhei. Perguntei se tinha acontecido alguma coisa. Ele disse que nada.

Quando ele chegou na porta, a professora falou que ele almoçou bem. Duas vezes. A primeira, só arroz. Na segunda, arroz e feijão.

Nós descemos e ele foi conversando. Não falou nada de entrar no bazar.  Na frente da entrada do condomínio ele quis parar para ver um caminhão passando.



A gente estava para entrar no bloco e vimos o mesmo caminhão, manobrando dentro do condomínio. Foi retirar uns galhos que tinham cortado. Henrique quis ficar olhando.

Nós entramos. Ele tirou a roupa, como sempre. E pediu para eu pegar a caixa com os robôs, que fica em cima do guarda-roupa. Perguntei para o Danilo se podia. E peguei.

Henrique ficou muito feliz, pois dentro da caixa tinha também a maletinha com Lego. Ficamos sentados no chão, montando os robôs.


Depois o Henrique falou: _E o meu leitinho? Como eu tinha colocado feijão para cozinhar, o almoço ia demorar. Então dei o leitinho. Isso era 12h18.

Continuou brincando com os robôs. Montando Lego. Foi para a cama e ficou jogando videogame no meu celular. Depois assistindo desenho. Rolava pra cá e pra lá, na cama. Agora vai dormir, pensei. Que nada! Quis ir para a sala. Almoçamos e depois de uma hora fomos para a quadra.



Henrique vestiu o uniforme do Barcelona, chuteira CR7 e pegou a bola pequena. Falei se não seria melhor a bola do Barcelona. Mas ele não quis saber. Henrique é assim. O que ele decide. Tá decidido! Raras vezes ele volta atrás.




Estávamos brincando, Henrique suou até tirar a camiseta. Logo chegaram o Pietro, o Júnior e a Sofia. Eu deixei o Henrique brincando com eles. Para eu descansar um pouco.














Eles começaram a brincar de procurar gravetos, pra simular uma fogueira. Não iam tacar fogo, porque não tinham fósforo. E porque eu já fui avisando que não era para eles fazerem isso.






A Manu e a Ana Laura chegaram também. Ficaram sentadinhas, fazendo arte. Literalmente. A Manu fez uma espada de papel para o Henrique. Engraçado que ela fez com tanto carinho e foi entregar para ele. Ele não quis pegar. Não sei se ficou sem graça.

E quando eu falei que ela tinha até escrito o nome dele na espada, ele foi olhar. E falou para mim, que ela tinha escrito errado. Não colocou o “H”.

Eu estava querendo ir embora, pois o tempo estava fechando. Muitas nuvens escuras no céu. E a criançada querendo brincar. Quiseram montar time. Complicado. Só brigavam. O Henrique que não entende como funciona. O Júnior ficava prendendo a bola. O Pietro queria correr, mas as meninas ficavam bravas com ele, porque ele tem asma. Falaram que a mãe dele tinha proibido ele de ficar correndo.


Uma hora o Junior chutou a bola forte e alta. Por ser pequena, ela vazou pela tela e caiu pra fora do condomínio. A nossa sorte foi que uma mulher estava passando. Pegou a bola e jogou pra gente. Se não fosse ela, até a gente dar a volta no condomínio, provavelmente não ia conseguir recuperar a bola.

E para finalizar a brincadeira, em uma corrida com a bola, o Júnior derrubou o Henrique. Ele começou a chorar. Não machucou nem nada. Na verdade o Henrique já estava cansado. Devia estar com sono. Falei isso para as crianças. Para não se sentirem culpadas. Peguei o Henrique no colo. Peguei a bola e fomos embora.

Chegando no apartamento, coloquei ele para tomar banho. Depois dei leite. Achei que ia dormir, mas o Danilo chegou e ele estava acordadão.

Apesar de o Danilo ter demorado, eu não estava com muita pressa, pois fui dormir na casa da minha mãe. Parece que Henrique estava adivinhando, porque falou para eu dormir lá.rsrs

domingo, 27 de março de 2022

Visita minha mãe


Hoje fomos visitar minha mãe. Ver como ela está na nova casa. Ver se já está acostumando. Se a cada dia está gostando mais. Ou menos.

Chegando lá só estava ela e o Nego. Ela falou que o Marcos e a Silvana tinham ido no sábado. Se eu soubesse tinha ido no sábado também.

Deveria pensar que é bom que (sem querer) a gente vai em dias diferentes, para não tumultuar, não é? Mas eu não! Eu gosto de tumulto. Aglomeração.rsrs

A gente estava conversando e a Shirlei e o Marquinhos foram lá também. Ficamos conversando.

Minha mãe falou que está sendo um pouco difícil acostumar com essa coisa de aluguel. Contou que há mais de 50 anos ela adquiriu o cantinho próprio dela. Esse cantinho é o terreno do Jardim Campos Elíseos. Deve ter comprado em prestações "a perder de vista", pois eu me lembro de já estar no Patrulheiros e ir algumas vezes com ela pagar a prestação. O escritório ficava no Edifício Mesbla.

Essa eu sabia que essa seria uma das dificuldades dela. 

Penso também, e cheguei a comentar com o Zé, que ela poderia talvez sofrer interiormente, involuntariamente - por causa da Adriana, afinal foram muitos anos de convivência, quase que diária. Seria quase como uma criança pequena, que os pais levam para algum lugar e a deixa lá. A sensação de abandono deve ser inevitável. E até que a criança perceba, que os pais voltarão para vê-la, ou para busca-la, pode existir um pouco de ansiedade. Gerar um pouco de estresse. Pra mim, idoso é igual uma criança, pois necessita de carinho. De atenção. Sei que a Adriana não abandonou minha mãe. E minha mãe também sabe disso. Pode ser que tudo isso seja besteira da minha cabeça, mas me ocorreu. 



Aparentemente minha mãe está bem. A Shirlei está se fazendo presente todos os dias. Vai ajudar. Vai tomar café. Vai conversar. Elas estão caminhando na quadra. E minha mãe fazendo as fotos com as flores que vê pelo caminho. Faz check-in nas mercearias, hortifrúti, farmácia e demais comércios por perto.rsrs Estão indo fazer aula de Lian Gong - perto do Terminal. Minha mãe está se mantendo ocupada, isso é muito importante. E assim, aos poucos ela está desbravando os arredores. E a casa.

As perspectivas são as melhores. Vamos torcer para que ela e o nego realmente se adaptem. Porque vai ser o melhor, para todos!

sábado, 26 de março de 2022

Começar de novo!

Quem me conhece sabe que quando me proponho a fazer alguma coisa, vou até o fim. Claro que algumas vezes, falho. Isso acontece muito com regimes. Ou algo que vai mexer com coisas que gosto, como comer. Dormir.

Fico chateada se não consigo cumprir o propósito. Se for alguma coisa que vou ter que me entender comigo mesma, ainda vai, mas... E quando esse propósito tem a ver com Deus? Fico mais que chateada.

Como estou tentando cuidar melhor da minha vida espiritual e também seguir os preceitos da igreja católica, este ano, mais precisamente na quaresma decidi começar a fazer jejum na sexta-feira. Escolhi fazer, entre os quatro tipos (aqui diz quais), o de “pão e água”. Estava indo bem até ontem.  Aconteceu que, ao chegar em casa, peguei a outra metade da marmita que tinha em casa e esquentei.  Estava comendo quando me toquei que estava comendo panqueca. De carne! Parei na hora!!

Fiquei chateada. Triste. Decepcionada comigo mesma. Que bobeada eu dei. Como pude distrair a tal ponto? 

Hoje levantei e fui fazer fisioterapia. Voltei para casa e passei o dia inteiro no sofá. Prostrada. Não fiz minha oração matinal. Não li a bíblia. Não tinha vontade de nada.

Sabe quando dá vontade de desistir? Por um momento pensei dessa maneira. Depois me toquei que essa era só uma pedra no meu caminho. Que eu tinha que levantar e começar de novo. Vou até mais longe... Pensei até mesmo que, talvez isso tenha acontecido para eu me desviar das coisas de Deus. Ah, mas eu sou persistente. Desanimei de início, mas vou continuar tentando.

E que Deus me ajude!

sexta-feira, 25 de março de 2022

Sexta-feira com Henrique (e minha mãe)

Hoje, quando cheguei na escolinha, o Henrique estava no parquinho. Se divertindo muito. Ultimamente ele nem fica olhando para mim. Quer mais é escorregar e correr. Só quando quer fazer alguma estripulia, aí pede para eu ficar olhando. Como hoje. Que subia no escorregador e pulava. 










Ele ficou meio enrolando para sair da escolinha. Tinha falado para ele que agora, sempre na sexta-feira, a gente vai para a casa da bisavó. Assim eu consigo dar uma forcinha (lavar banheiro, no mínimo).





No caminho passamos em uma loja de utilidades, que tem brinquedo e ele escolheu um boneco.


Chegando na minha mãe, ele já pegou a mochila e arrastou para a área. Tirou os brinquedos de dentro. Acho que ele gosta da área porque tem uma corrente de ar bem fresquinha. E ele é calorento.

Ele comeu Nescau ball com leite. Almoçou. A Shirlei foi no mercado e deu bolacha para ele. E assim ele passou a tarde toda brincando. Ele brincava ou me chamava para brincar com ele. Aliás, ouvi a palavra vó, no mínimo umas cinquenta vezes.rsrs Me lembrou quando eu tinha os filhos pequenos. O dia inteiro era mãe, mãe, mãe.





Eu procuro dar atenção para ele, afinal ele estava acostumado que eu ficava o dia inteiro, brincando com ele. E agora, fico fazendo “coisas” e ele fica brincando sozinho. Se continuar assim ele vai perder o gosto de ficar comigo. O que eu não quero de jeito nenhum. Então preciso saber dosar a atenção para com ele e a minha mãe.


Quanto a minha mãe, ajudar mesmo, eu só consegui lavar a louça e o banheiro. E enquanto eu lavei o banheiro, coloquei o Henrique sentado na porta, assim eu o via. Apesar do portão ficar trancado, eu tenho receio de deixar ele fora da minha vista.


Parece o bisavô Manoel - sentado no banquinho...

Ele não dormiu e no final da tarde o Danilo passou para pega-lo.