O Zé não ficou para o enterro da mãe. Ele estava com viagem programada - as malas prontas. Queria chegar antes de escurecer em Bom Despacho. No dia
seguinte iniciaria a viagem para o Acre e de lá começariam a “Expedição Peru”.
Quando recebemos a ligação da Adriana, eu não consegui mais dormir. Fiquei preocupada. Lógico que pensei no
que as pessoas iam falar. O único filho não está presente. Mas, por outro lado,
sei que, depois que a pessoa morre nada mais faz diferença. O que tinha para
ser feito era enquanto ela estava viva. E isso ele fez! Cuidou dela quando foi
preciso e despediu dela no hospital.
O velório e o enterro seriam mais para cumprir
formalidades. E ele saiu para a sua viagem às 6 horas da manhã. Fiquei eu para dar a notícia para
a minha família – e dizer que ele não estaria presente - e ir ao velório e
enterro.
O velório começou a partir das 11 horas. E o enterro seria às 16 horas. Eu fui às 14 horas com a Eliane e a Adriana. Eu estava muito nervosa.
Não sabia como seria.
Chegando na capela, logo na entrada estavam a Adriana Rangel
(companheira da Adriana), a Simone, a Paola, a Adriana e a Beth (prima do Zé). Cumprimentei-as.
A Adriana falou que estava encantada com a minha família. Não entendi, mas
quando olhei nos primeiros bancos, estavam ali minhas tias: Suzie, Janete e meu
padrinho Roberto. Estavam também a Shirlei e o Marquinhos. Então entendi o que ela quis dizer.
No banco, ao lado e conversando com as minhas tias
estava a Maria Inês (ou Marinês – nunca soube direito como é), namorada do Zé
Carlos – primo do Zé. Depois chegou o Sandro e a Kelly. O Marcos. E por último
o Sergio e a Karen. Quando eu ainda estava em casa, o Marcos tinha ligado, para
saber se iam fazer a celebração das exéquias. Falei para ele que não tinha “liberdade”
o suficiente para falar sobre isso com as irmãs do Zé. Falei para ele levar os
paramentos e caso fosse necessário ele faria. Então, quando ele chegou, foi
conversar com a Adriana. Ela falou que sabia que iam fazer, mas não sabia mais
nada. E falou para ele ficar a vontade para ver. Às 15 horas ele convidou os
familiares e amigos para a celebração.
Ele ficou do lado direito (da dona Odete) e ao lado
dele a ministra. Em seguida, ele pediu para os familiares ficarem do outro lado. Ficaram a Adriana,
Simone, Paola e Carolina. Eu e Rangel ficamos em frente aos bancos.
Ele explicou que, quando não tem padre ou diácono
disponível quem faz a celebração é um ministro ou ministra. No caso ia ser a
ministra. E quando, no recinto tem algum padre ou diácono, eles devem assumir e
conduzir a celebração. E por isso ele estava ali.
Eu estava preocupada. Com receio das irmãs (mais a
Simone) chiarem porque ele é meu irmão. Mas elas tinham que entender que naquele momento ele estava representando Deus. Não a mim! Nem ao Zé! Foi uma cerimônia abençoada. Depois vi algumas pessoas cumprimentando o Marcos e dando os parabéns pelas “belas palavras”. Eu
estava tão preocupada com a reação das irmãs que não guardei o que ele falou.
Além dos meus familiares, conversei um pouco com a
Rosa, a Luzia, tio Delei e tia Nair. O Carlos da Miami me cumprimentou. Em
outro momento, a Sandra – prima do Zé.
Vi por ali o Zezito (marido da Sandra), o Eninho
(irmão da Sandra), a Mônica (prima do Zé). Vi que tinha muitos amigos e amigas
da Adriana. E outras pessoas que já não sei se eram amigos da Simone, ou
parentes.
Eu estava amparada pela minha família, mas não foi
fácil ficar ali. Clima hostil*. Por isso
entendi perfeitamente o motivo do Zé não fazer questão de estar presente. Afinal, da parte dele, a única pessoa que ele tinha certeza absoluta que amava ele... Estava dentro do
caixão.
* Na próxima postagem vou tentar explicar porque fiquei nervosa e achei que o clima era de hostilidade.
* Na próxima postagem vou tentar explicar porque fiquei nervosa e achei que o clima era de hostilidade.
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