“Um amigo me chamou pra
cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso.
E fui.”
Clarice Lispector
Lembrei-me
da frase acima, depois de presenciar minha mãe, guardando a dor dela no bolso e
se preocupando com o próximo.
Por
dois momentos ela fez isso.
O
primeiro foi durante o velório do meu pai. Quando a Adriana – minha cunhada -
foi cumprimentar minha mãe, ela perguntou pelos pais da Adriana.
E
mais tarde, depois do enterro, já em sua casa, minha mãe disse para o Zé não esquecer,
que no dia seguinte ele tinha que fazer uma simpatia, que ela ensinou.
Essa
é a minha mãe! Mesmo com o coração partido, se lembrando dos problemas dos
outros.
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