Domingo, dia 02 de Agosto de 2015. Esse foi o pior dia da minha vida.
Dia em que meu pai se foi.
Tanta coisa passa pela minha cabeça. Pensamentos
desordenados.
O pesadelo começou às 11hs58min, quando,por incrível que pareça, estou com o celular na minha frente. Ele começou a tocar. Vi que era a Karen. Atendi.
_Marga. Sua mãe ligou para o Sergio. Disse que seu pai está
gelado. Estamos indo para lá.
Desliguei o telefone. Chamei o Zé e saímos. Sensação?
Medo... Desespero.
O caminho para a casa da minha mãe durou uma eternidade.
Razão e coração entraram em conflito. No coração, a
esperança. A razão pedia para eu acordar.
Chegando perto da casa da minha mãe, vi muita gente nas
ruas, olhando em direção à casa dos meus pais. Aí o desespero aumentou.
O Alvaro estava em frente ao portão. Vi o carro do SAMU e
muita gente. Entrei correndo. Eu tremia.
Na sala, o Sergio desolado. Na copa Karen, Adriana e minha
mãe, chorando. Ouvia pessoas falando (e barulhos dos equipamentos) no quarto. O
Henrique estava lá. Eu também queria ir. A Karen fez sinal que não.
Começaram a sair. Eu, assim como os outros só sabia chorar.
Não tinha mais o que fazer. Tentaram, mas, meu pai já tinha
falecido há algum tempo.
Meus irmãos foram chegando. Um a um. Sandro, Shirlei,
Silvana, Marcos.
Antes que a Setec chegasse, fomos todos até o quarto e tivemos
nosso último momento com o nosso pai. Ele ali, na cama. E nós em sua volta. Ali
agradecemos a Deus pelo tempo que nos permitiu ter a presença dele conosco.
Agradecemos por tê-lo levado sem sofrimentos. Temíamos uma doença prolongada,
com sofrimentos para ele e para a família.
Não estávamos preparados. Essa é a verdade. Porém, vamos ter
que aceitar e lutar para continuar vivendo... Mesmo sem a presença dele.
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