Teria segurado mais uns minutinhos a mão do meu pai.
Mas como saber que aquele seria o último aperto de mão?
Eu fui no Sábado na casa dos meus pais. Como "quase" sempre, meu pai estava em pé, embaixo da árvore que tem em frente da casa.
O Zé parou o carro ao seu lado. Ele brincou comentando sobre o possante - Logus.
Cumprimentei-o, minha mãe e a Adriana e entramos. Ele ficou ali fora. Entrou depois.
Ficamos lá dentro, tomando café e conversando.
Em um momento, ouvindo o periquito do meu pai cantarolando sai e comentei com meu pai - que já estava sentado na área - sobre o periquito.
Depois fomos embora. Tinha que estar às 17hs na casa da mãe do Zé, para passar a noite com ela.
Despedi de todos. Despedi do meu pai, como sempre faço. Um simples aperto de mão! Um simples tchau!!
No carro senti um aperto no peito. Tinha me esquecido de ir ao quarto me despedir do Álvaro.
Hoje eu fico tentando lembrar se meu pai falou alguma coisa diferente. Se ele fez algum gesto diferente. Se algum sinal me foi dado, e eu não dei conta.
Mas, se seu soubesse...
Com certeza não teria "somente" segurado mais tempo a sua mão. Teria dado um abraço apertado, caloroso. E diria: Pai eu te amo!
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