Chegou o dia tão esperado! Letícia está de volta!! Ela ficou um pouco mais de oito meses no Japão.
Foi
para trabalhar, mas sentiu falta da família, dos amigos. Sentiu falta do calor
humano que só tem aqui, no meu/nosso Brasil.
Mas ela
não resolveu da noite para o dia. A conversa comigo foi no domingo, dia 12
de novembro, logo pela manhã (aqui do Brasil).
Eu já estava percebendo que ela não andava bem. Coisas de mãe! Ela
mandava foto todo dia, antes de ir para o trabalho. E a gente conversava no grupo,
onde estou com os filhos. Mas nos últimos meses vi que ela andava quieta. Olhar triste.
Respondi para ela: Claro que não vou ficar chateada.
Por mim, você não teria nem ido. A convivência com as pessoas é mais importante
que o dinheiro. E por aí vai...
Mas fiz alguns pedidos: para ela terminar de pagar a
passagem, que é descontado do salário por seis meses. E para não deixar nada
para trás. Para ela ver a questão de cumprir aviso. Até mesmo para não
prejudicar quem foi avalista dela, no caso a Andressa. E principalmente, deixar
tudo em ordem para não sujar o sobrenome da "vó".
Depois desse dia começamos a pesquisar o preço da
passagem. E para isso a gente precisava de uma data.
Dia 17 de janeiro seria descontado a última parcela
da passagem de ida. Depois ela poderia avisar que iria sair do trabalho, e
cumprir o aviso. Terminado o aviso, teria que ter uns dias livres para resolver
as partes burocráticas (Prefeitura, esvaziar o apartamento, despachar caixa,
etc).
E assim chegamos na data de 26 de fevereiro.
A princípio a Letícia estava
pesquisando para depois do dia 20 de março. Ela falou que estava vendo para
março, porque ia tentar ficar o máximo possível, para conseguir pelo menos
comprar a passagem. Mas, seria muito contragosto, por isso quando ela viu que
eu comecei a ajudar a resolver essa questão, ela ficou aliviada. E assim seu retorno
ficou mais eminente.
Nós ficamos pesquisando preços. Letícia viu alguns
valores pelo site "Kayak" (nunca tinha ouvido falar). Eu nunca
comprei passagem desses sites - Maxmilhas, Decolar, etc - então achei melhor
ver com a Valéria, colega da academia que tem uma agência de viagens. Como a
agência dela só trabalha com pacotes (não sabia até então), ela me direcionou
para a Rejane (amiga dela) que atua no ramo de passagens aéreas.
Eu já tinha uma ideia do valor. Média de R$ 5.300,00.
Nas pesquisas, nos sites acima citados, dizia que fazia em 12x. Para saber se
era verdade teria que preencher os dados, até chegar no pagamento. E o medo!😥
Por isso decidi ver com a Rejane. Contei minha
história (da Letícia) e passei os dados da Letícia e data de retorno. Ela
começou a cotar os preços.
Enquanto isso, do outro lado, a Letícia mandando
mensagem querendo saber se eu já tinha alguma informação. Alguma novidade. Acho
que nem dormia direito. Eu ficava daqui com um aperto no peito. Quem é mãe deve
me entender.
E no final do dia 06/12 chegou a mensagem abaixo:
No dia seguinte eu fiquei aguardando o bilhete. Só o vendo eu iria acreditar. Acho que a Letícia também.rsrs E a Rejane enviou minutos antes do meio dia.
Eu compartilhei no grupo. Os meninos fizeram a maior
festa. Todos estavam ansiosos.
O Bruno estava acompanhando a "saga",
inclusive disponibilizando um pouco do limite do cartão de crédito dele, pois
só o meu não daria.
No fim a Rejane fez em 5x sem juros, no PIX que farei
todo dia 10, começando em janeiro.
O combinado é a Letícia enviar o que ela puder,
enquanto estivesse no Japão. E, no Brasil, quando começar a trabalhar, o mesmo
esquema. Fizemos uma planilha para controlarmos essas contas.📝
Não vou dizer que foi tudo tranquilo. Foi um período
que minha cabeça ficou a mil. Sobre as passagens não podia ver com minhas irmãs. Se pudesse ia pedir sugestão, principalmente para Silvana que vai e volta do Japão. Pode até ser que teria opções melhores. Mas a Letícia pediu para não falar com
ninguém da família. Porque a maioria incentivou muito ela a ir para o Japão.
Ela acha que vão criticar. Não posso garantir que isso não vai acontecer. Por
isso respeitei a decisão dela. Pelo menos estando aqui vai ser mais fácil ela
encarar.
Fiquei preocupada também porque não tenho reservas
financeiras para bancar a passagem.
Mas, sem saber, Deus já estava cuidando de tudo. Eis
aqui mais um testemunho: no dia anterior, que a Letícia me falou que não estava
feliz e queria vir embora, eu tive o encontro das "Mansuretes". E
nesse dia a Tatiane perguntou se eu poderia cobrir a licença maternidade da
Cíntia. Ela vai se afastar em março. E antes disso, se eu poderia ir fazer a
contabilidade do ano de 2023, que o escritório não fez. Na hora eu já falei que
poderia sim. Para fazer os dois! Mas iria três vezes na semana. Os outros dois
continuaria na Ômega.
Então a Tati falou que ia falar com a Rosana, dona da
empresa.
E assim, nos dias que se seguiram, após a notícia da
Letícia, fiquei aguardando ansiosa a decisão da Rosana. Confesso que tive receio
de ela não querer porque eu só poderia três vezes na semana. Tivemos uma
reunião e ficou tudo acertado. Comecei no dia 04 de janeiro.
Por isso, mesmo não tendo reservas, sei que, o que
vou ganhar trabalhando esses três dias, consigo pagar a passagem da Letícia.
Melhor seria se esse trabalho fosse para fazer uma reserva, pensei. Mas não
posso reclamar.
Tenho mais é que agradecer a Deus por ter cuidado de
tudo! Foi ou não foi providência divina?