sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A Menina que Roubava Livros

Na última quarta-feira, vivi “dois momentos” de grande felicidade.
"O primeiro" foi assistir ao filme “A menina que roubava livros”. Não imaginava que fossem produzir o filme baseado no livro. Até que, quando soube - há alguns meses atrás - fiquei feito boba. Falava pra todo mundo. _Olha que maravilha! Vai estrear o filme tal. Alguns nem sabiam do que eu estava falando.rss Desde esse dia fiquei ansiosa. Não via a hora de ele estrear, o que aconteceu no dia 31 de Janeiro. No fim acabei demorando a ir assistir (já está quase saindo de cartaz) por vários motivos. Um deles é porque queria combinar de ir com aqueles que “sabia”, leram o livro e se tornaram fãs. Provavelmente iriam querer assistir – o Bruno e a Letícia eram alguns deles. Outro motivo é que a expectativa era tão grande que fiquei com medo de me decepcionar. Por último é que andei lendo por aí alguns comentários – críticas - sobre o filme que me desanimaram.  
"O segundo" foi conseguir reunir os filhos para essa programação. São poucas as ocasiões que estamos todos juntos. Natal e Ano Novo são algumas delas. Ultimamente nem nos aniversários estamos conseguindo. Quando não é um, é o outro que tem compromisso. Ou trabalha. Foi difícil, mas conseguimos.
Até chegar ao cinema foi tudo muito corrido. Depois do meu expediente, passei no trabalho do Bruno. No caminho para casa encontramos com a Letícia. Chegando, corre tomar banho, se arrumar. Esperamos o Zé chegar e tomar banho. Saímos de casa passava das 19 horas. O Danilo foi se comunicando com a Letícia. No fim decidiu encontrar com a gente no Shopping.
Chegamos ao shopping faltando 20 minutos para o início da sessão. Enquanto o Zé foi comprar os ingressos (tinha fila) eu e o Bruno fomos comprar os lanches. A Letícia tinha ido ao antigo trabalho dela pegar um dinheirinho – diferença de acerto de contas.
Engolimos o lanche enquanto esperávamos o Danilo. Acredita que eu me esqueci de comprar lanche pra ele? Também, as informações se ele estava realmente indo nos encontrar estavam tão confusas que cheguei a pensar que ele não ia.
Comendo
Entrando no cinema
 Entramos na sala alguns minutos antes da sessão começar. Sentamos de um jeito, e ao começar o filme, mudamos. O Nilo na ponta, do lado a Letícia, o Bruno, eu e o Zé. Coitado... O Bruno ficou no meio das duas choronas.rss
Segundo ele, o filme começou e a Letícia já começou a chorar. Eu chorei mais no final.
Bom, o filme, apesar de ter tido cenas cortadas do livro, o que é óbvio, foi muito parecido com tudo que tinha lido. Os personagens, cada um interpretou o papel com muita perfeição. Ouvi comentários sobre a escolha da atriz que interpretou a Liesel. Que ela era muito gordinha pra quem passava fome. Que ela era isso. Que ela era aquilo. Eu não achei nada disso. Apaixonei-me – mais uma vez – por ela.
Não vou falar muito sobre o filme. Aconselho quem quer que seja que passar por aqui que assista ao filme. Também sou muito detalhista, se começar a falar acabo contando o final.rss
Melhor ainda, se puderem ler o livro. Não tem como não se apaixonar.
Só para constar. Quando li o livro pela primeira vez, tinha pegado emprestado. Gostei tanto que comprei para mim. Li novamente. Assistir ao filme foi só para constatar o quanto a história é tocante, marcante, emocionante, apaixonante. Quem ler. Quem ver. Não vai se arrepender.
Final da história... Letícia com a cara inchada. O Danilo que disse não ter entendido o filme. O Zé pensativo e dizendo ter gostado. O Bruno e eu criticando quem criticou o filme.rss
Após o filme

Abaixo um pouco sobre o filme relatado por Meire Kusumoto da Veja-cinema.

A Menina que Roubava Livros, o filme, começa em 1938 na Alemanha, mostrando Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma garota deixada pela mãe comunista, que precisa fugir do avanço nazista. Ela é adotada pelo casal alemão Hans (Geoffrey Rush) e Rosa (Emily Watson). No caminho para a nova casa, Liesel se depara com a morte pela primeira vez: seu irmão mais novo não resiste à viagem de trem. Durante o enterro, feito à beira da ferrovia, um dos coveiros deixa cair no chão um manual da sua profissão e é prontamente resgatado pela menina, que, em vez de devolver, toma para si o pequeno volume, mesmo sem saber ler.
Após sofrer bullying na escola por ser iletrada, ela pede a Hans que a alfabetize. A dupla usa o manual como cartilha e Liesel logo apresenta progresso. Ela rouba então o seu segundo livro, de forma mais ousada: resgata um volume de uma das fogueiras feitas para queimar obras consideradas subversivas por Adolf Hitler e o Partido Nazista. Outros livros serão roubados da mulher do prefeito, Ilsa Hermann, que abre as portas de sua ampla biblioteca para Liesel. Na vizinhança, a menina tem um amigo, Rudy (Nico Liersch), garoto divertido e dado aos esportes que sonha em ser como Jessie Owens, o americano negro que se destacou nas Olimpíadas de Berlim de 1936, em plena Alemanha nazista, ao receber quatro medalhas nas provas de atletismo. A tranquilidade vivida por Liesel na casa de Hans e Rosa é abalada, como não poderia deixar de ser, pelo estouro da Segunda Guerra Mundial. Além da tensão que a família compartilha com os vizinhos durante ataques aéreos e outros momentos, o trio se vê em situação delicada quando passa a esconder em sua casa o judeu Max (Ben Schnetzer), filho de um soldado que havia salvado a vida de Hans durante a Primeira Guerra Mundial.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-salada-de-temas-em-a-menina-que-roubava-livros 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Josh Groban - Brave

Hoje Josh Groban completa hoje 33 anos. Meus parabéns! Se é que faz alguma diferença os meus cumprimentos.rss
Conheci-o no ano passado. Não sei como - ou por que - deixei de falar sobre ele aqui.
Nem mesmo coloquei a música. Que coisa!
Quando ouvi a música Brave pela primeira vez, já senti o coração bater mais forte. A princípio achei que era o Andréa Bocelli. Passou um tempinho – e usando todos os meios disponíveis – descobri quem era o cantor e o nome da música. Ver o vídeo só aumentou minha admiração, por vários motivos que não me cabe cita-los - até porque vou começar e terminar dizendo que o Josh é lindo. Então melhor não!
Bom, sem mais delongas deixo o vídeo para quem quiser conferir e ver que não estou mentindo.rss

Mais sobre ele aqui.

Cadê meu sapato?

Eu fui e o sapato ficou. Simples assim.
Sempre ouvi uma ou outra mulher falar que “um dia” o salto do sapato ficou preso na calçada ou na rua. Pelo jeito sempre tem uma primeira vez. E a minha foi hoje.
Estava voltando do médico. Estava atrasada - hoje a consulta foi mais demorada que as outras vezes.
Já passava das 14h30min. Eu ainda nem tinha almoçado.
Caminhava muito rapidamente na calçada quando. Oooops... Cadê o meu sapato?
Olhei para trás – primeiro queria ver se alguém tinha visto. Não tinha ninguém. Ainda bem. Depois olhei para baixo e vi o sapato – ali no chão, preso.
Dei um passo para trás, coloquei o pé dentro do sapato e o puxei do buraco. Dei uma olhada para verificar se não tinha arranhado muito o salto e continuei a caminhar. Agora um pouco mais acelerada e rindo da vergonha que passei.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

De onde surgiu aquele caminhão?

Foi um loongo começo de madrugada. A rotina silenciosa do nosso prédio foi um pouco alterada por um caminhão que surgiu... Do nada.
Nós já tínhamos ido dormir, porém eu ainda não tinha pegado no sono – milagre.
Vi o Zé na janela olhando pra fora e exclamando:
_Que barulheira é essa?
_ O que esse caminhão enorme está fazendo aqui na rua?
Diante de tantas perguntas e do barulho que começou a ficar mais forte, levantei-me e fui espiar.
Lá embaixo tinha um caminhão ENORME – a gente não conseguia imaginar como ele chegou ali. Estava ali, no meio da rua, ligado e parado.
Do lado de fora o motorista, um outro homem e o Senhor Domingos - porteiro do nosso prédio.
Eles circulavam em volta do caminhão. Falavam, gesticulavam e olhavam para cima.
Olhei mais atentamente e vi que o postinho de ferro (com os fios de telefone, energia, etc) do nosso prédio, tinha sido quebrado e estava tombado em direção da rua. Os fios enroscados em cima do caminhão.
O motorista do caminhão subiu atrás da cabine e com uma vassoura tentou desenroscar os fios. Achou que tinha conseguido. Desceu e começou a andar com o caminhão. O Melbi – ex-síndico do nosso prédio que estava na sacada vendo tudo avisou que o fio continuava enroscado, e se o caminhão fosse pra frente mais um pouco, poderia estourar tudo.  O motorista bem que tentou prosseguir mais um pouco.
No nosso prédio e no da frente, a maioria dos moradores já estavam na sacada, observando o acontecimento. Eu que até então estava na janela, resolvi ir na sacada para ver melhor.
Lá embaixo era só zum zum zum. Já estavam lá, alem do motorista do caminhão e o Senhor Domingos, o Daniel - síndico. O Melbi. O rapaz do 1º andar. O Tadeu “MacGyver”.
O Daniel ligava para algum lugar. Não sei se no bombeiro, ou na CPFL.
O rapaz do 1º andar tirava foto da placa do caminhão. O Senhor Domingos com um papel e caneta anotava alguma coisa. O Melbi e o Tadeu conversavam na esquina com mais algumas pessoas.
Ouvi quando o Daniel falou que teriam que dar um jeito porque ninguém viria para resolver o problema. 
Começaram as tentativas. O Daniel subiu no muro para puxar e tentar voltar o poste no devido lugar – e assim os fios liberariam o caminhão. O poste não voltou totalmente.
Eis que aparece e entra em ação o Tadeu MacGyver. Ele chegou com um rodo e um outro pedaço de pau – cabo de alguma coisa. Passou fita adesiva, amarrando-os e foi na lateral do caminhão suspender os fios.
O motorista ligou o caminhão e foi saindo devagar. O Daniel em cima do muro segurando o poste. O rapaz do 1º andar na frente sinalizando e direcionando o motorista. Os moradores dos prédios torcendo pra tudo dar certo. Que situação!rs
E o caminhão foi sendo escoltado pelo rapaz do 1º andar e do vizinho do 6º andar - que desceu uns minutos antes. Deve ter levado uns 20 minutos para percorrer (+/-) 100 metros. Enfim, ele foi embora sem fazer maiores estragos.
E o Daniel continuava lá, em cima do muro, segurando o poste. Minutos depois o Tadeu chega com uma corda. Foi nessa hora que nomeamos ele de MacGyver.rss
Amarraram essa corda ao poste e prenderam-na nas grades da sacada do térreo. Era o que dava para ser feito até o dia amanhecer.
Bom, todo esse alvoroço durou cerca de uma hora. Apesar de, em alguns momentos a gente ficar preocupado - afinal eram fios de alta tensão que estavam enroscando - ver toda aquela bagunça generalizada e cada um fazendo uma coisa chegou a ser engraçado. Sem dúvida nenhuma, dormir diante de tudo isso era impossível. Não tínhamos outra opção senão ficar olhando, aguardando o desenrolar da história.rss
Após toda essa agitação o sono demorou a voltar. Eu ainda escutava lá longe os homens conversando. E o barulho foi sumindo... Sumindo... Sumindo.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Não acredite em tudo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.

Buda

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

E no meio do (meu) caminho tem uma goiabeira.


Que cheiro bom. É cheiro de goiaba.
Todo dia tem um tantão delas caídas no chão, estão esmagadas. Ou pela queda. Ou pelos pneus dos carros.  E são goiabas vermelhas.
Inacreditável que elas cheguem a cair. Vejo as ali, exalando aquele cheirinho bom e me pergunto: _Será que os moradores de rua não gostam de goiaba?... Porque se gostassem elas nem chegariam a cair do pé. Eles as colheriam. Não é verdade?
E o pé está ali, na calçada, onde ninguém é dono. Pelo menos é o que parece. Se eu gostasse de goiaba talvez arriscasse esticar a mão e colher uma do pé.
É, mas eu não gosto de goiaba. Não mais. Comi muito quando era pequena. Está certo que não eram vermelhas. Subia no pé e ficava ali comendo. Minha mãe dizia: _Desce desse pé e pára de comer menina. Vai ficar entupida de tanto comer. Devo ter ficado.rss
Hoje, mais uma vez a cena se repetiu. Senti o cheiro das goiabas. Vi-as ali no chão. O que mudou no cenário foi que quis olhar para o pé de goiaba. Pensei que não devia ter mais frutos, de tanto que caem. E para minha surpresa, o pé está abarrotado delas.
E a goiabeira está ali... No meio do caminho. No meio do vai e vem das pessoas. Algumas precisam até mesmo desviar dela. Não é possível que não percebam aquele pé de goiaba, vermelha, bonita e cheirosa.  De duas, uma. Ou ninguém gosta de goiaba. Ou as pessoas ficam com receio – talvez vergonha de colher uma do pé. Não deveria. Acho que ela está só esperando isso.
Ah, se a goiabeira pudesse falar. _Acho que diria. _Ei, vocês! Olhem para mim. Estou aqui, cheia de frutos. Podem pegar. 
É, mas ela não fala. Então não resta outra opção para as pobres goiabas senão a de se atirarem ao chão. Triste fim.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014


Será a fé vazia ou ela é uma força vital? Fides, em latim, é aquilo que leva a acreditar em algo. Fala-se muito, nos tempos atuais, sobre o papel da fé. Até se dia às pessoas “Acredite, tenha fé”. Vez ou outra, isso aparece de modo meio mágico, dando a entender que basta acreditar para que as coisas aconteçam. Claro que não. Sabemos da dificuldade que é ter uma crença sem um movimento, sem uma ação. Mas, de fato, ela é força vital em várias situações.
Pode alienar, em alguns casos, pode desviar em outros casos, mas a fé, quando colocada como a possibilidade de realizar algo em que se acredita, tem um movimento que ultrapassa o mero campo da Religião – que é importante, mas é apenas um deles.
Em um ensaio sobre a fé, o escritor espanhol Miguel de Unamuno diz algo que nos ajuda a pensar: “Fé não é crer no que não vimos, mas é criar o que não vemos.” Isto é, a capacidade de elaborar, de construir, de edificar aquilo que pareceria ausente ou até inexistente em nosso cotidiano.
Ir com fé, não aquela fé tola, da mera entrega, da crença sem nenhuma base, mas a fé que seja um movimento de inclinação em que alguém se debruça sobre uma ação, acredita na sua possibilidade e cria o que não se vê, em vez de apenas crer naquilo que não vê.


Mario Sergio Cortella (Pensar bem nos faz bem! vol.1)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Aniversário Eliane

Hoje é aniversário da Eliane. Minha sobrinha e afilhada. Ela está fazendo mais de 30 anos. Nem parece, pois, pra mim, ela continua sendo uma menina.
Lembro pouco do seu nascimento, apesar de que estava por perto. Como a Shirlei teve a Ellen e a Eliane bem próximo uma da outra, eu ficava na casa dela. Devia ficar ajudando. Pelo menos minha mãe me mandava pra lá com essa intenção.rss
Depois da separação a Shirlei veio morar em casa com as duas. Isso depois de ter ido morar um tempo no Ceará. A Eliane é a nossa segunda sobrinha, então era bastante paparicada. Lembro dela, gordinha, loirinha - usava uma franjinha, aqueles olhos arregalados meio esverdeados. Tinha uma carinha de sapeca. Ela sempre foi muito geniosa. Quando apanhava, encarava quem batia e falava: _Não doeu!
Meu pai falava que ela tinha sangue ruim.rss Aliás meu pai era o que mais paparicava ela. Teve um dia que eu encontrei os dois dentro do ônibus. Ele estava todo orgulhoso. Contou-me que ela havia caído e precisou levar uns pontos na testa. E falou: _ Ela não deu um pio. E nem teve anestesia - essa menina é porreta! Ela estava com um curativo na testa.
Outro que a mimava era o Álvaro. Quase todo Sábado ele as levava na feira que tinha na Vila Perseu, bairro vizinho ao nosso. Comprava pastel e docinhos. Quando não ia com elas, ele trazia pastel, pra elas e pra gente. Hummm
Fiquei sabendo que elas apanhavam bastante também. Um pouco, ou talvez mais do meu pai, afinal era ele quem cuidava delas. Apanhava dos meus irmãos mais novos também. Isso quem me contou foi o Sandro. Ele disse que o “bicho pegava” na hora de ajudar elas com a lição de casa. Deviam dar trabalho.rss
Quando eu a batizei – juntamente com o Álvaro, a Eliane ela já estava grandinha. Não sei exatamente a idade. O batizado foi em uma tarde de Domingo, na Catedral Metropolitana de Campinas.
O tempo passou. Eu casei e vieram os filhos. Lembro das tardes em que a Eliane ia nos visitar. Geralmente a gente pegava o ônibus e ia para a cidade... Dar de comer para os pombos.rss E então era ela que ajudava eu com os filhos. Hoje ela está casada com o Gabriel e já tem um filhinho, o Felipe.
Pena que eu não posso compartilhar muito dos momentos dela. Vejo que ela é uma esposa - e mãe,  dedicada, cuidadosa e amorosa.
O que mais posso falar da Eliane além de que ela é muito inteligente, esforçada, batalhadora, guerreira. Como profissional deve ser muito competente. Lembro quando ela entrou na Embratel, se não estou enganada como Patrulheira. Lá ela foi recebendo promoção. Ela ia trabalhar toda elegante. Calça social, salto alto. Eu ficava toda orgulhosa. Ela chegou a começar cursar “Direito”, mas parou quando decidiu ir trabalhar no Japão.
Outra característica da Eliane é sua sinceridade. Ela não é de mandar recado não. Bateu... Levou.rss
Também é bastante companheira, amiga pra todas as horas. É bastante faladeira. Gosta de falar e de ouvir também. Está sempre de bom humor, sempre com um sorriso estampado no rosto. Sua presença ilumina os ambientes. Digo isso porque ela faz falta quando não comparece em algum evento.rss  E como se não bastasse... É muito linda. Ela lembra a Carolina Dieckman.
Bom, essa é a minha sobrinha e afilhada Eliane. Uma menina – mulher mais que especial e que hoje está comemorando mais um ano de vida. 
Anos com certeza bem vividos!!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Reciprocidade


Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra...

Luís Fernando Veríssimo

O lugar da Filosofia


É comum se ouvir que Filosofia é algo que não se compreende bem. Qual o impacto, o significado dela? Alguns perguntam: “O que é Filosofia?”. Há uma clássica anedota para defini-la. Dizem que “a Filosofia é um gato preto, num quarto escuro, onde não tem gato nenhum”. Portanto, veja-se como até na forma humorada e sarcástica de perceber a Filosofia, ela vem como algo que para nada serve ou que é marcada pela impossibilidade.
Ora, a Filosofia é um olhar sistemático, metódico e programado sobre as razões das coisas. As ciências em geral lidam com os “comos”; a Filosofia é capaz de se debruçar sobre os “porquês”, as “razões”. As ciências, Física, Química, Biologia, outras áreas do campo científico, lidam diretamente com a ideia de qual é o modo de funcionamento de uma coisa, qual a origem de algo, no sentido de funcionamento operativo ou teórico. A Filosofia, por sua vez, costuma se perguntar sobre as razões, indaga sobre o que é o sentido de algo.
Nesse ponto de vista, a Filosofia não tem aplicabilidade imediata, tal como se tem dentro de outras áreas, mas, por outro lado, serve para que, ao questionarmos sobre as razões daquilo que fazemos, pensamos e olhamos, ela nos ajude a não ter uma vida automática, marcado por um pensamento pouco crítico, ou até por uma alienação em relação ao mundo objetivo.
Tem sim a Filosofia um lugar no campo dos nossos conhecimentos e saberes. Serve para pensarmos melhor.

Mario Sergio Cortella (Pensar bem nos faz bem! vol.1)

Pensar bem nos faz bem!


Filosofia, Religião, Ciência e Educação são os temas abordados neste Volume 1 do livro Pensar bem nos faz bem!
 O Bruno ganhou o livro acima do autor durante a bienal do livro do Rio de Janeiro em Setembro de 2013.
Ele me emprestou, sendo assim - um dia, terei que devolver.rss
Para fixar melhor, pensei em copiar os textos aqui, no meu blog. Assim posso sempre que puder ou precisar, reler e refletir. 

O trecho abaixo está na última folha do livro.
Pensar bem nos faz bem! Pensar de maneira nova o que vivemos nos propõe a Filosofia, indagar sobre as razões daquilo que fazemos, pensamos e olhamos, de forma a não ter uma vida automática, marcada por um pensamento pouco crítico, ou até por uma alienação em relação ao mundo objetivo.
A Filosofia tem um lugar especial no campo dos nossos conhecimentos e saberes: serve para pensarmos melhor.
O professor e filósofo, Mario Sergio Cortella, conhecido pelas suas inúmeras palestras, participações em debates e em programas no rádio e na TV, nesta obra faz este provocativo convite: pensar grandes temas a partir de pequenas reflexões.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Entre um aniversário e o chá de bebê, surgiu um velório

O aniversário estava programado há mais de um mês. O chá de bebê o convite chegou há 13 dias. E o velório surgiu no meio. Coisas da vida. Ou da morte. Ela é assim. Chega sem avisar e a gente ora está feliz, ora fica triste e daqui a pouco está feliz novamente. Nessas horas percebo que no fundo somos atores nessa grande peça, que é a vida.
Ficamos sabendo da morte do tio do Zé no fim da tarde do Sábado. Ficamos tristes, porém não dava pra deixar de ir comemorar o aniversário da Suzana. Ela já tinha reservado lugares. Ano passado eu já tinha pisado na bola com ela. Mesmo chateados fomos à pizzaria, brindar com ela mais um ano de vida. 
Hoje fomos ao velório. Ficamos um pouquinho. Cumprimentamos a tia Neide, a Mônica e a Márcia. Demos um tempinho e voltamos pra casa. A intenção era voltar para o enterro. Não voltamos.
Também tinha confirmado minha presença no chá de bebê da Érika. Ela é minha prima. Muito querida, por sinal. Pedro Henrique é seu primeiro filho. Primeiro neto da tia Nice. Primeiro sobrinho do Claudinho, Bruce e Karen. Todos estão muito felizes. Uma criança é sempre motivo de muita alegria!
Então a gente dá um jeitinho. Vai um pouquinho aqui. Fica um pouquinho ali. Procura estar em um lugar - sem estar no outro. Viver cada momento como deve ser. Afinal, assim é a vida. Nascer, crescer e um dia... Morrer.  

Declaração do meu filho

Mãe, obrigado por ser tão batalhadora e tão guerreira, obrigado por sempre estar ao meu lado e por me ensinar tudo que eu sei, obrigado por sempre me dar os melhores conselhos, e acima de tudo sempre querer me ver feliz. Obrigado por me aguentar, sei que sou chato e dificil de lidar, mas a Sra. me entende e mesmo sem paciencia sempre me escuta. Não tenho palavras para demonstrar tudo que sinto por ti. "Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo, minha mãe." Eu te amo muito. Danilo Henrique



P.S. A mensagem acima o Danilo escreveu no facebook na sexta-feira. Fiquei muito emocionada. Não esperava. Ainda mais dele. Que eu saiba, ele não gosta muito de ler. Quem não gosta de ler geralmente não gosta de escrever. Pelo jeito ele está mudando. 
Eis minha resposta:

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alguns homens incompetentes


Não sei nem definir os meus sentimentos.
Raiva. Inconformismo. Decepção. Indignação.
Os outros homens que me perdoem. Não estou querendo generalizar... Mas estou rodeada de homens incompetentes. Folgados. Preguiçosos.
Homens que falam aos quatro cantos que são isso. Que são aquilo.
E a cada dia mostram que não são Nada. Que não são capazes de fazer a sua obrigação.
Não vou citar nomes ou a posição de poder que ocupam. Não precisa. Esses com certeza ficarão na minha memória.
Afinal, nessa vida a gente não esquece as pessoas boas que passaram por nós. Porém, infelizmente, também não nos esquecemos daquelas que, de uma forma, ou de outra – voluntária ou involuntariamente - nos fizeram mal.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sobre Bancos e seus funcionários

O desabafo abaixo é do dia 19 de Agosto de 2013. Estava nos rascunhos. Talvez não fosse postar, porém, ontem me estressei com outro Banco, que tive que abrir conta por exigência do patrão. Mas isso é outra história...

***
Eu fico indignada com tamanha falta de caráter de certas pessoas. No momento estou me referindo à atendente do Banco onde tenho conta. Essas pessoas abusam de nós, correntistas que vamos procurar uma solução e saímos com uma preocupação.
Minha vontade é de chegar à agência e esfregar o papel na cara dessa moça e perguntar a ela se não tem vergonha na cara. Sei que ela precisa ganhar seu salário. Mas que faça isso sem enganar os outros.
Já acho uma sacanagem – desculpem a expressão – você ter que dispor da sua hora de almoço para resolver problemas como o que vou relatar. 
Consegui ficar e esperar para ser atendida depois de três tentativas. Entrava e saía da agência. Esperava um dia que não tivesse muitos clientes aguardando atendimento. Ou então um dia que tivesse mais de um funcionário atendendo.
Precisava fazer algumas alterações na minha conta como: sobrenome, endereço, mudar a conta para universitária e também, como estou no negativo há algum tempo, solicitar o resgate do PIC (tinha aplicado 15 parcelas de R$ 60,00). Pensei... Adianta eu ter uma aplicação e estar no vermelho? Melhor resgatar e deixar de ter esse saque da minha conta todo mês.
A moça, funcionária muito simpática, prestativa, atenciosa. Ela fez todos os procedimentos que solicitei. E os que não também!
Sei que os funcionários têm uma quota de serviços para vender para os clientes, sendo assim eles tentam encaixar, ou melhor, “enfiar” uma proposta no cliente.
E foi assim que essa mocinha - prestativa, atenciosa, etc.- perguntou se eu não estaria interessada em baixar a taxa de juros. Disse que eu pagaria por isso R$ 40,00. Perguntei: _ Quantas parcelas? Ela disse 1 (uma). Frisei bem a pergunta: _Uma? Ela confirmou. Então concordei.
No dia seguinte vi que foi debitado na minha conta esse valor com o histórico “Seg Vida 1/12”. Muito estranho esse 1/12. Ela não faria isso – pensei. 
Pedi o resgate porque não tinha condições de ficar pagando R$ 60,00 por mês, sendo que no futuro receberia de volta. Por que pagaria R$ 40,00 mensais de um seguro?
Então... Ela fez. Hoje consultando meu extrato, vai ser debitada a parcela 2/12 deste tal “seguro”. Minha vontade é de ir lá à agência e “esganar” aquela moça. Desse jeito não tem como manter a pressão estabilizada.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Monte Verde... Estamos de volta!

Não conseguindo dormir direito, por causa do calor, resolvemos ir para Monte Verde. Pelo menos dormiríamos uma noite bem. Dessa vez, de moto. Saímos bem cedinho. 


Já fomos direto à pousada que ficamos na semana anterior. E por sorte, o mesmo quarto estava livre.



Como a intenção era descansar, foi o que mais fizemos.
Lógico que passeamos na rua principal. Paramos para almoçar em um restaurante com música ao vivo. Voltamos na tia Nata para comprar geleias.




Monte Verde está se tornando nosso refúgio nos dias quentes. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

As sandálias trocadas

Toda Terça-feira a gente se reunia. Ou seria na Quarta-feira? Talvez Quinta-feira.
Ah, o dia pouco importa. Era em “um” dia da semana.
O horário? Nem vou arriscar... Não lembro. Sei que era à noite.
Não ia muita gente. Sempre as mesmas pessoas. D.Delmira, D.Expedita, D.Conceição, D.Dirce, D.Rosa, Maria e Margareth (eu).
Tinha também uma moça. O nome dela não me vem à mente, de jeito nenhum. Ela devia ter um pouco mais de 30 anos. Era baixinha como eu. Tinha cabelos bem curtinhos. Ela era fundamental nos nossos encontros, pois tocava violão. Um grupo de oração – de louvor, sem músicas, sem instrumentos musicais, não funciona.
De todas essas mulheres, somente a Maria e a “do violão” trabalhavam fora. 
A Maria que tinha maior dificuldade para conseguir chegar no horário.
Chegava quase sempre esbaforida na igreja. Já era de se prever. Tanta correria um dia não ia prestar.rss
Como o grupo era pequeno, a gente se acomodava no primeiro banco. Certa noite, enquanto a gente rezava o terço, a Maria deu uma esticada na perna. 
De repente ela começou a rir e me cutucou. Mostrou-me seus pés.
Em cada um deles, uma sandália diferente. Não me contive e comecei a rir também. Logo todas estavam rindo muito. Misericórdia era a palavra que uma ou outra proferia, seguida de risos. Ninguém mais conseguia prosseguir o terço.
Entendemos que, pela correria ao chegar do trabalho e se aprontar para ir à igreja, ela não percebeu que calçou sandálias diferentes. Até aí, tudo bem. 
Só não entendemos como ela conseguiu andar e não sentir o desconforto, pois as sandálias eram “um pouco” diferentes: uma era rasteirinha e a outra tinha salto. Misericórdia.rss
Sei que nunca mais esqueci esse episódio. Sempre que lembro – com muitas saudades dessas mulheres – dou muita risada.

Pais & Filhos

Topázio Cinemas - Prado Sala 3 - Data: 06-02-14 - Sessão: 20:25
Combinei com a Dinda durante o dia, inclusive de pegá-la para irmos juntos. Chegamos ao Shopping e só deu tempo de comer um lanche e tomar um suco.
Estava uma noite muito quente. Dentro do elevador o termômetro marcava 35 graus.
Eu fui de bermuda e camiseta de alcinha. Mesmo assim levei uma blusa de frio. A última vez que fomos àquele cinema quase congelamos.rss
Como ficamos sabendo do filme...
... Um dia passeando pelo Shopping resolvemos dar uma olhada nos filmes que estavam em cartaz. Vimos o folder desse filme e ficamos interessados O Zé gosta de filmes estrangeiros. Ele gosta também desse cinema... As salas geralmente estão vazias. 


Sinopse:
Pais e Filhos é a história de um grande homem de negócios, obcecado pelo dinheiro e pelo sucesso. Sua vida sofre uma grande transformação quando ele descobre que está criando o filho de outro homem há seis anos, já que seu filho biológico foi trocado por engano na maternidade.
Direção: Hirokazu Koreeda
Elenco: Lily Franky, Machiko Ono, Masaharu Fukuyama, Yôko Maki
Drama
Classificação: Livre - Soshite Chichi ni Naru, Japão, 2013 - 120 minutos

***
Não citarei os nomes dos pais e das crianças porque não lembro - não são nomes comuns, então fica difícil. Porém darei uma breve descrição de cada família.
Primeiro casal - São de classe média alta. Eles moram em um apartamento que mais parece um hotel. O pai tem um bom emprego. Um bom carro. A mãe fica em casa cuidando do filho único.
Segundo casal – São de classe média. Eles moram em uma casa onde também funciona a loja de materiais elétricos – trabalho do pai. Possuem uma perua meio velha. A mãe trabalha fora. Eles têm três filhos. Dois meninos e uma menina.
O filme começa com primeiro casal fazendo uma entrevista na escolinha onde queriam matricular o filho. Na entrevista o filho mente dizendo que o pai é amigo, companheiro. Que fazem coisas juntos. Na verdade o pai vive mais para o trabalho e quase não tem tempo para brincar com o menino.
Tudo ia bem até que eles são procurados por advogados. Ficam então sabendo que o filho que estão criando não é filho deles. Para confirmar fazem os exames.
Em seguida eles são apresentados ao outro casal. Depois cada um conhece o filho verdadeiro.
No decorrer da história eles também conhecem a enfermeira que fez a troca dos bebês na maternidade. Ela conta que fez a troca propositalmente, por despeito.
Bom, os pais são muito diferentes um do outro. Um é sério, autoritário. Muito trabalhador. Acha que o mais importante é o futuro do filho.
O outro é do tipo que vive o momento. O tempo todo está atirado ao chão, brincando com os filhos. Para ele o mais importante é o tempo que se passa com os filhos e não o que você vai deixar para eles.
As famílias começam se encontrando em lanchonetes até que chega o momento de começarem a trocar os filhos.
Não foi fácil ver a cena do primeiro casal deixando o filho que criaram por 6 anos na casa do segundo casal. Fiquei com o coração partido. O coitadinho do menino vendo os pais irem embora o deixando e levando o outro. Acho que isso deve fazer um estrago na cabecinha deles.
Eu já virei para o Zé e falei: _Eu jamais deixaria meu filho - 6 anos não são 6 dias, 6 horas. 
_Eu tentaria ficar com os dois - ou então combinaria com o outro casal de esperar o tempo passar, eles crescerem e decidirem. Mas é claro que estaria sempre acompanhando o crescimento do filho biológico.
No filme, bem que o pai rico tentou – insinuou ao outro pai, ficar com as duas crianças. Só que o outro pai não gostou. Brigaram. Por fim, em um outro momento, ele mesmo acabou cogitando ficar com os dois.
As mulheres não opinavam muito. Sofriam caladas. Cultura japonesa!
Enfim, a cada tentativa de convivência entre filhos e pais verdadeiros - houve até fuga - era só sofrimento. Dos pais. Das mães. Das crianças. Dos telespectadores.
No geral, o filme foi muito bom. Mostrou-nos alguns lugares do Japão e um pouquinho da sua cultura. Não tinha como não sair tristes e pensativos da sala. Tristes pois sabemos que aconteceu e acontece histórias como essa. E pensativos em como agiríamos ou reagiríamos se estivéssemos na mesma situação. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O calor, o violão e...

A noite está quente. Muito quente. Os termômetros marcam 34 graus.
Ela está no computador, absorta, navegando entre um site e outro.
Ele ao lado, abraçado ao seu violão, ensaia algumas músicas.
Com o calor que tem feito é só o violão que está dando para dar uns abraços mesmo.
O suor escorre pelos ombros dela. Ele arrisca um beijo e diz que ela está salgada.
Dormir mais cedo é bobagem, pura perda de tempo. É ficar rolando de um lado para o outro.
E não tem ventilador. Não adianta janelas abertas. Nada alivia a sensação de estar dentro de um forno.
Ele parou de tocar. Deve ter cansado. Esse calor nos deixa cansados mais facilmente.
Ela ainda continua navegando... Nesse calor melhor seria navegar em águas claras e fresquinhas.
Ele pega novamente no violão. Não tinha parado, tinha somente dado uma pausa para relaxar. Talvez se refrescar um pouco.
E nesse intervalo um bilhete ele trouxe para ela. Nele está escrito:
Divido meu mundo com você...
Para multiplicar os momentos felizes de minha existência.
Te amo!
E então... Ela parou de navegar.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

As Pontes de Madison

Fazia um bom tempo que eu queria ver esse filme e por sorte tinha ele na pousada. Só não sei se foi uma boa pedida assisti-lo quando se está comemorando aniversário de casamento.rss
Estou falando isso porque quando terminou o filme, começou o debate. É assim que funciona quando o Zé e eu vemos um filme. Em um ou outro derrubamos algumas lágrimas. Nesse eu não chorei – já não posso dizer o mesmo do Zé. Fiquei emocionada sim, porém, já estava anestesiada com a história da Rose, e do Senhor Renato com a tia Nata.
Sei que o filme é velho, e pelo jeito não tive o menor interesse de assistir na época que foi lançado. O interesse surgiu um dia, quando o Zé comentou que tinha assistido e era bonito. Não contou detalhes.
Esses dias procurando no YouTube por um vídeo da música “Rain and Memories”, encontrei um que mostrava cenas do filme. Fiquei emocionada ouvindo a música que gosto tanto e vendo as cenas. Gosto muito da Meryl Streep e do Clint Eastwood.
Ah, aí não teve jeito. Falei para o Zé que tinha visto e fiz alguns questionamentos tipo: _ Eles não ficam juntos no final? – foi o que pareceu no vídeo.
O Zé disse que não. Eu retruquei: _ Por quê? E ele falou: _ Ela era casada. – e falou que se não estava enganado o marido dela não era um “bom marido”.
Bom, isso não me bastou. Queria saber mais. Então (como presente de aniversário de casamento) vejo o filme à disposição na pousada. E não era pra assistir?

O filme começa com um rapaz – acompanhado da esposa, chegando a uma fazenda.
Ali ele é recebido por uma moça e um senhor. Bom, o rapaz é Michael e a moça Carolyn, filhos de Francesca. O senhor é o advogado. O encontro é para tomar conhecimento do inventário deixado pela mãe. O advogado fala das escrituras e do desejo de Francesca de ter o corpo cremado, e as cinzas jogadas em uma das pontes de Madison. Michael fica inconformado. Como assim? E o túmulo que o pai havia comprado para eles?
Porém, sua irmã encontra uma carta que muda o rumo da situação. Essa carta os leva a um baú onde estão alguns diários, revistas, objetos pessoais. Assim, aos poucos, ele e a irmã passam a conhecer o passado da mãe, levando-os a compreender o desejo tão inconcebível dela.
Enquanto liam os sentimentos se confundiam. Revolta, dúvidas, empatia. Eles mal sabiam que, o que iam ler mudaria o rumo de suas vidas.
Um pouco receosos, porém curiosos eles começam a ler e em flashbacks passamos a conhecer a história de sua mãe que aconteceu em 1965...
... Francesca é uma jovem dona de casa, muito bonita, que demonstra ter um desejo enorme pela vida. Ela é casada com Richard, um homem “limpo” como ela mesma define. Bom marido, porém totalmente alheio aos desejos dela. A vida de Francesca se resume em cuidar da casa, do marido e dos filhos adolescentes. Eles moram em uma fazenda que pertencera aos pais de Richard - no condado de Madison, em Iowa. Francesca, apesar de ter uma vida tranquila, estabilizada, se sente sozinha.
Um dia seu marido e os filhos fazem uma viagem de quatro dias para Illinois. É quando Francesca conhece Robert, um fotógrafo da revista National Geographic. Ele se perde, tentando encontrar uma das pontes de Madison e acaba parando na fazenda de Francesca para pedir ajuda.  Ela tenta explicar o trajeto, como não consegue se oferece para levá-lo até lá. Francesca o convida para um chá gelado, depois para um jantar e assim, aos poucos os dois vão se conhecendo e o envolvimento é inevitável.
Na noite anterior ao retorno da família, Francesca tem que decidir: Ficar e continuar amargurada por não viver a vida que sonhou. Ou fugir com Robert para um futuro incerto, uma vez que ele viaja muito. Eles conversam, discutem, choram.
Ela argumenta com Robert seus medos: Como o marido vai sobreviver perante a vergonha que vai passar por ter sido abandonado? E os filhos... O que vai ser deles?
Ela diz a Robert que sabe que ao partir levaria tudo e todos com ela. Que com o tempo viver com ele poderia se tornar insuportável. Será que o amor ia resistir a tudo isso?
A família de Francesca retorna e ela os recebe com lágrimas nos olhos. Ao ir a cidade comprar algumas coisas para a fazenda Francesca vê Robert, na chuva, parado, olhando-a. Percebendo que ela não vai com ele, entra no carro. O marido de Francesca chega e ao manobrar, os dois carros param no semáforo – Robert no da frente – ela com o marido no carro, logo atrás. Ela em um momento de desespero, segura o puxador para abrir a porta do carro (e assim partir com Robert). Tenso... Fiquei com o coração na mão. Mesmo sabendo que eles não ficavam juntos, fiquei apreensiva. Robert vai embora... De vez. Francesca retoma a rotina. Só que agora seu coração, seus pensamentos estavam ligados a ele, para sempre.
Richard morreu em 1982, depois disso Francesca desejou muito reencontrar Robert. Ela ia todo o ano ao local onde eles passaram o dia juntos. Ele nunca apareceu. Anos depois ela recebe uma caixa com alguns pertences de Robert – dentre eles o crucifixo que ela lhe deu, e um livro onde ele conta o que aconteceu com eles naqueles quatro dias, inclusive com as fotos que ele tirou. Esse livro ela deixou com uma amiga que entrega aos filhos, quando os mesmos vão à ponte jogar as cinzas de Francesca.

Minhas considerações:
Não tem como ver um filme desse e não ficar comovida, envolvida, emocionada. Foi assim que fiquei.
Não tem como ver um filme desse e no final, não querer discutir os prós e contras com o companheiro.
A princípio pensamos: _Que pena os dois não terem ficado juntos. Porém, acredito que Francesca ter decidido ficar com o marido e os filhos, foi a decisão mais sensata. Acredito também, que se ela tivesse deixado tudo e todos para ficar com Robert, eles não teriam sido felizes e essa história de amor não teria um fim tão lindo – apesar de triste.
E outra... Por que Robert não voltou outras vezes? Será que, se tivesse retornado a história não poderia ter tido outro fim. Mesmo que fosse o fim desse amor. Pelo menos, não teria duas pessoas “sobrevivendo” amarguradas, por terem renunciados ao que seria “o amor da vida”. 

P.S. Vou querer ver o filme novamente, em outra oportunidade. Vale a pena! E quem sabe terei outra opinião.rss

As HQs na minha vida

Estava eu, mais uma vez passeando pelo site Educar para Crescer e me deparei com a matéria “O incrível poder das histórias em quadrinhos”.
Lembrei-me de quando tomei gosto por esse tipo de leitura e por consequência, gosto por livros. Isso foi em 1981, quando entrei no Patrulheiro. Aos 13 anos de idade, meu primeiro emprego foi em um escritório de contabilidade. A contadora Yochie Kitauchi - uma pessoa que eu admiro muito e que jamais esquecerei - era sócia do escritório, juntamente com o contador Valdir Marques.
A Yochie era bastante exigente. Ela se preocupava muito com o “conhecimento”. Todos os dias a gente tinha que ler IOB ou o DCI. É claro que eu não gostava. Nem entendia metade do que estava escrito ali. Porém, acho que o intuito da Yochie, era nos educar para que pegássemos gosto ou pelo menos reservássemos algumas horas - ou minutos por dia – para ler alguma coisa.
Não sei se foi diretamente pra mim, ou se foi geral, mas lembro claramente de ela, falar para lermos gibis. Isso mesmo... Gibi.
Ali começou minha história com as HQs. Adorava “Fantasma”, “Riquinho”, “Luluzinha”, “Pato Donald”, “Turma da Mônica” e por aí vai.
Com o passar do tempo, já mais familiarizada com as palavras, com a leitura, comecei a me aventurar com os livros.
Cheguei até a ser assinante do Circulo do Livro. Mas isso é uma outra história.rss
Mas minha história com as HQs não terminaram ali. Sempre que podia estava lendo um gibizinho. Com a chegada dos filhos, tentei passar esse gosto para eles. Talvez não tenha sido tão convincente como o Yochie, mas... Tentei. Sempre que podia comprava para eles lerem. Um dia o Bruno veio me dizer que queria fazer uma assinatura das revistinhas de HQ. Fiquei muito feliz. Hoje, os três gostam de ler. Não sei se os gibis contribuíram para que eles tomassem esse gosto. Quem sabe? Se não foi, valeu a tentativa. 
Acredito que, se é bom, se nos faz bem, devemos sempre passar pra frente. E foi o que fiz com o que aprendi com a Yochie.
Enquanto fui escrevendo, foi me dando uma vontade louca de ler um gibi. Acho que vou fazer isso logo que chegar em casa. Sei que tem alguns na estante... Dividindo o espaço com os livros.rss

Monte Verde - Tia Nata e Sr.Renato

D.Donatila é tia Nata. Arnes Luca é Sr. Renato esse casal que fez com que meu coração chorasse por ver um amor tão grande, tão incondicional, tão sincero, tão inexplicável.
Eles moram em uma casinha, cercada de verde, de pássaros, de beija-flor, de esquilo. Tudo ali parece um sonho. Conhecemo-los por acaso. A gente estava indo almoçar. A casa deles fica no caminho entre a pousada Village de Minas (onde ficamos) e a rua do centrinho comercial. Quando o Zé viu a placa – e se deslumbrou com a visão, já falou: _Ah, depois quero ir aí, ver essa casa linda e comprar geléia.
Zé no portão
Após o almoço, já voltando para a pousada, paramos e tocamos a campainha. Dava para ver que tinha um pessoal. Um senhor veio abrir o portão. Ele nos mostrou o Sr.Renato. Logo que ele nos viu, falou – apontando: _ Vai ali conhecer o pé de kiwi, os esquilos. E complementou: _ O esquilo come na sua mão. Vai lá.

Zé e Sr.Renato
Dando comida para o esquilo
Eu que até então não tinha visto um esquilo, fui descendo em direção ao quintal. Enquanto isso o Sr. Renato continuou conversando com aquele pessoal. O Zé eu, ficamos ali no quintal, vislumbrando, admirando e fotografando tudo. Depois subimos para conhecer a tia Nata e as suas geléias.
Beija-flor pousado - coisa rara!
Tia Nata é uma senhora que deve ter mais ou menos 70 anos. Ela é bem magrinha, provavelmente devido à doença. Ela tem Alzheimer. Ela fica andando de um lado para o outro. De vez em quando vem e segura – puxando - a mão do Sr.Renato.  Ele deve ter a mesma idade que ela. Um homem forte – tem que ser, pois é ele quem cuida da tia Nata. Gosta de falar, de contar suas histórias. Contou-nos sobre a árvore que plantou e o raio quase derrubou. Mostrou-nos fotos deles e de Monte Verde em 1960.  Vi também fotos dele e da tia Nata em cima dos móveis. Ela era tão linda. Robusta. Um casal muito lindo. Ele falou que estão juntos há mais de 50 anos.

tia Nata
A gente percebe o carinho, o cuidado, a atenção, o amor que ele tem por ela. Um casal, exemplo.  Conhecê-los deixou-nos muito emocionados. Que exemplo de união!!
Ir para Monte Verde e não visitar tia Nata e Sr. Renato é como ir em um aniversário e não comer bolo. Fica a dica!rss