Teria chorado se não estive em local público. Esta foi minha reação ao ler as últimas páginas de “Tempo de Esperas” este livro do Pe.Fábio de Melo.
Sobre o livro: Um velho professor que resolveu se esconder do mundo e um estudante de filosofia que sonha com as glórias da vida acadêmica que o professor abandonou trocam cartas. Os dois debatem sobre um dos maiores desafios humanos: compreender o tempo das esperas.
Obcecado pela fama e o sucesso acadêmico, Alfredo não consegue compreender por que Clara, a mulher de sua vida, o trocou por um simples florista. Ao mesmo tempo, o professor de filosofia Abner, que possui toda a fama e respeito que Alfredo almeja, decide se isolar do mundo após a morte de sua esposa Flora.
A experiência de Abner passa a guiar o crescimento interior de Alfredo e a cura do abandono da sua amada Clara se transforma na busca da sabedoria. O professor dá ao jovem ferramentas para compreender questões que intrigam a todos nós: amor, perda, o que é a felicidade, sucesso profissional e vaidades. Quando seus caminhos se cruzam nada mais será o mesmo.
Por se tratar de cartas trocadas, a cada uma que lia ficava ansiosa, como se eu as tivesse escrito. Esperava uma resposta e a cada uma delas me encantava. Como é gratificante quando fazemos uma leitura que nos enriquece, que nos enobrece, que nos satisfaz plenamente. Foi assim com esse livro. Demorei mais que o costume para ler pois desta vez, diferentemente das outras leituras não tive pressa. Olhei e apreciei cada “palavra” como quem aprecia uma “flor”. E concordando com o meu raciocínio eis que encontro na pag.130 este trecho: “O grande problema é que olhamos depressa demais para tudo isso. Não sabemos demorar no que vemos. É triste. Quanto milagre acontece ao nosso redor, mas nossa pressa com a vida nos cega para esta percepção.”
Diante do que considero “uma obra” como essa, fico sem palavras. Somente lendo para se ter uma noção. Sou um pouco suspeita para falar dos escritos do Pe.Fábio. Quem quiser conferir pode ler as postagens “Quando o sofrimento bater a sua porta” e “A donzela e a luz roubada”. Poderia citar outros trechos que sublinhei mas não, afinal o que me tocou pode não tocar outra pessoa. Portanto se consegui aguçar a curiosidade de alguém, deixo um conselho... leiam, não vão se arrepender.
A pressa sem fundamento, pura sensação tola de que se pode perder alguma coisa, muitas vezes nos faz "olhar sem ver", e "escutar sem ouvir". Até um "abraço" na maioria das vezes é "mecânico", "insensível", abraçamos sem sentir a "energia positiva" da outra pessoa. E, pior ainda, é "beijar alguém" pela pura sensação carnal, sem "entregar o coração", sem "doar-se", sem troca de "carinho e amor".
ResponderExcluirDa forma como este livro te "tocou", percebo o quão "sensível" você é. Use esse seu "dom" para "abolir" de sua vida tudo o que pode te fazer sofrer (ou que já te fez sofrer), e valorize cada vez mais o que (ou quem) te faz feliz, que te traz... paz!
A pressa sem fundamento, pura sensação tola de que se pode perder alguma coisa, muitas vezes nos faz " olhar sem ver", e "escutar sem ouvir".Até um "abraço" na maioria das vezes é "mecânico","insensível", abraçamos sem sentir a "energia positiva" da outra pessoa. E, pior ainda,é "beijar alguém" pela pura sensação carnal, sem "entregar o coração", sem "doar-se",sem troca de "carinho e amor".Se essas palavras te "tocou", percebo o quão "sensível" você é.Use esse seu "dom" para "abolir" de sua vida tudo o que pode te fazer sofrer(ou que já te fez sofrer),e valorize cada vez mais o que (ou quem) te faz feliz,que te traz..Paz!
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