terça-feira, 27 de março de 2012

Hair


O musical “Hair” estreou em um pequeno teatro da Broadway em 1967. Depois de assistirem a celebrada remontagem da diretora Diane Paulus em Nova Iorque, em 2009, Charles Moeller e Cláudio Botelho concordaram que era hora de enfrentar o desafio, dar a visão da dupla para o musical e trazer o mito de “Hair” de volta ao Brasil.
A versão brasileira deste musical está sendo apresentado no Teatro Shopping Frei Caneca em São Paulo. Um espetáculo com duração de aproximadamente 2 horas e 40 minutos (com um pequeno intervalo), “Hair”conta com um elenco de aproximadamente 30 integrantes, homens e mulheres, jovens atores, afinadíssimos cantores, verdadeiros atletas, como dizemos nestes casos; “artistas completos”.
A peça se passa no ano de 1968. No enredo muita música, destaque para “Aquarius” e “Let The Sunshine In” (Deixe o Sol Entrar), muita dança, além do uso de palavras e gestos provocantes e somado à exuberante sensualidade dos componentes,“Hair” consegue transmitir o recado, pois leva o público à refletir, e alguns certamente a relembrar a época do Movimento Cultural e Comportamental que mudou o mundo, os “hippies”, admirados por uns, e odiados por outros (...”sexo, drogas e rock’n roll”, além dos dois dedos em “V”, símbolo do famoso “paz e amor!”).
Aborda também com muita ênfase o tema “Guerra do Vietnã”, que abalou, não só a juventude americana ao ser convocada para servir, mas também a própria “estrutura familiar” daquele país.
Destaco dois grandes momentos que não posso deixar de comentar: O primeiro em que o ator “principal”, semi-nu, se dirige a platéia e brinca com as pessoas, no caso, mulheres. E, no final da primeira parte os atores, enquanto cantam, tiram suas vestes ficando completamente nus diante dos olhares perplexos do público.
Um espetáculo contagiante, que nos faz querer dançar, cantar. Nos faz aplaudir e, para os mais sensíveis, até mesmo chorar.

Colaboração: Zé Olímpio.

2 comentários:

  1. Só para constar, esta postagem ocorreu no "Dia do Teatro". Não inseri no texto o intervalo entre Campinas/São Paulo. Pensei que poderia ficar longo, além de possivelmente desviar o foco. Mas não posso deixar de relatar...
    O ônibus que nos levou, saiu do Centro de Convivência às 15horas. Dois guias (muito simpáticos e atenciosos) que além de nos dar orientações, foram durante todo o trajeto (ida e volta) servindo bebidas (água/refrigerantes/vinho branco e tinto)e lanchinhos (patê com damasco e frango) e um docinho muito gostoso de chocolate com menta. Como chegamos um pouco antes do horário deu até tempo de dar uma voltinha no Shopping. Tudo isso organizado por uma agência. Como diz a frase: "O melhor da festa é esperar por ela", neste caso tanto esperar, como a festa em si foram inesquecíveis. Isso não tem preço!!

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  2. Eu, que também assisti à este musical, gostaria de enaltecer a minha percepção de que duas das mais importantes coisas pregadas pelos "hippies", ou seja, "sexo livre sem compromisso" e "uso indiscriminado de drogas", que prometiam alcançar a felicidade e a paz interior, desiludiram sobremaneira àqueles que as praticavam, tanto que a filosofia "hippie" não se sustentou por muito tempo. Sexo sem amor, e uso de drogas, NÃO ESTÃO COM NADA!

    Zé olimpio

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Olá. Ficarei muito feliz com seu comentário. Só peço que coloque seu nome para que eu possa responder, caso necessário. Obrigada!