Segredo nº 31 |
Passamos tanto tempo correndo atrás de dinheiro,
preocupando-nos com dinheiro e contando dinheiro. Talvez seja surpreendente
saber que a satisfação com a vida não é mais frequente entre os ricos.
😀😀😀
Pense nisso: nos Estados Unidos, jogar na loteria é mais comum do que votar. Todos nós queremos ser ricos. Ou ao menos todos pensamos que queremos ser ricos. Mas é comum verificar que os ganhadores da loteria muitas vezes descobrem, passada a primeira euforia, que o dinheiro não trouxe a felicidade que fantasiavam.
Existe a famosa história de alguém que saiu com a
incumbência de trazer para o rei a camisa de um homem feliz. Correu mundo
afora, pesquisando, entrevistando, buscando incansavelmente, até que encontrou
um pastor que cuidava de seu rebanho no meio de uma paisagem bucólica. Sentado
no meio de um campo, contemplando o pôr-do-sol, este homem descreveu sua vida
de tal maneira que o enviado do rei concluiu ter encontrado finalmente o homem
feliz que procurava. Havia apenas um problema: o homem feliz não usava camisa.
Há nos Estados Unidos um novo movimento dos chamados “minimalistas”.
São pessoas que decidiram viver com menos dinheiro. Elas compram menos, gastam
menos, ganham menos e têm menos coisas. Também passam menos tempo no trabalho e
mais tempo com seus amigos e sua família. Os minimalistas chegaram à consciente
conclusão de que o dinheiro não podia comprar-lhes a paz e alegria que
desejavam.
Isso não significa que quem é rico não é feliz. Poder
satisfazer seus desejos e necessidades é certamente fator de satisfação. Mas de
nada vale o dinheiro se os valores fundamentais de amor, compaixão e
solidariedade não são atendidos. De nada vale o dinheiro se o nível de
exigência é tão alto que não há nada que o preencha. De nada vale o dinheiro se
a competição faz com que alguém se compare sempre com quem lhe parece acima. De
nada vale o dinheiro se acharmos que são os bens materiais que fazem a
felicidade.
Uma pesquisa realizada acerca da satisfação na vida
examinou vinte fatores diferentes que podem contribuir para a felicidade. Os
cientistas chegaram à conclusão de que dezenove fatores examinados eram
importantes e um não era. O único fator que não tinha importância era a
situação financeira.
Hong e Giannakopoulos, 1995
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